sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

“Esmeralda vai aguardar em recato”

Do que parece ter-se passado na Conferência no Tribunal de Torres Novas, onde esteve presente a Dra. Ana Vasconcelos e do que as televisões mostraram, pode-se fàcilmente analisar o entendimento de cada uma das partes:

- Baltazar Nunes, o pai biológico, de tão feliz que estava, até falou directamente para as câmaras de televisão. Justificou a recentemente atribuída guarda da criança e o adiamento das visitas aos outros intervenientes no processo, com informações sobre a felicidade que Esmeralda revela por estar a viver com ele, na alegria por poder frequentar uma nova escola e nas amiguinhas que até já fez.

- Aidida Porto, a mãe biológica, mostrou-se visivelmente preocupada e limitou-se a dizer que agora era preciso esperar, pelo BEM DE ESMERALDA.

- Luís Gomes e Adelina Lagarto, os pais afectivos, mostraram-se empenhados em respeitar os conselhos técnicos, para no futuro poderem voltar ao convívio com Esmeralda. Pareciam até, como que confiantes, na certeza que o futuro e o tempo, trarão “ao de cima” tudo o que realmente importa ao bem estar de Esmeralda.

Desta forma, Esmeralda vai ter que deixar “lamberem-lhe as feridas” que lhe foram feitas.

Esmeralda, que num mês foi obrigada a crescer alguns anos, saltando muitas etapas importantes, recatadamente, vai ter que esperar que o seu futuro se decida.

Esmeralda, que foi cerceada dum passado próximo, de sempre, está obrigada a deixar de recordar, como dum afago bom na memória, a vida tranquila e feliz que sempre lhe foi proporcionada.

Não podemos acreditar que Esmeralda tenha perdido todas as memórias, como:

- As coleguinhas da escola;
- As amiguinhas com quem brincava em casa umas das outras;
- As peças de teatro que regularmente ensaiava com as amiguinhas,
- O quarto e a caminha onde todas as noites repousava;
- Os pratos favoritos e as guloseimas preferidas que a mãe lhe fazia;
- Os avózinhos que regularmente visitava;
- Os animais de estimação que tinha;
- Etc.

Enfim, todas as experiências que contribuiram para o seu crescimento normal e o seu amadurecimento precipitado, estão a ser “arrumadas”. Esperemos que num lugar seguro do seu cérebro, que mais tarde, pela vida fora, lhe sirva de referência.

VIVA A ESMERALDA!

6 comentários:

Anónimo disse...

Acabei de ler no “regiaodeleiria”, que o médico Cândido Ferreira já publicou um livro e esta com outro na calha para sair sobre o caso Esmeralda, e que no blog criado por iniciativa deste mesmo médico e pelo advogado do Senhor Baltazar, o Sr. José Pereira dos Santos, está publicitada uma conta bancária para quem quizer contribuir para Esmeralda.
Telefonei hoje dia 16 de janeiro às 14,15 para o tel 91 631 1202, falei com D. Eunice Galvão para saber deetalhes desta conta e:
Fui informada que a conta na CGD estava em nome dela e de uma outra pessoa (amigas do senhor Baltazar).
Questionei a finalidade da conta e:
É para ajudar o Sr. Baltazar na vida familiar dele, para tambem ajudar a comprar roupas e outras coisas para a menina.

Perante isto fiquei indignada.
Então o pai não tem rendimentos que lhe permitam sustentar a menina? (e o tribunal passa a tutela da menina para ele?)
Ou será que pretende já “custear” os estudos universitários?
O que me parece mais lógico é que o dinheiro seja para pagar ordenados e comissões quer ao médico quer ao advogado.
Desculpem esta interpretação, mas não posso aceitar a criação desta conta bancária.
Estes casos existem sim, para emergências de uma cirurgia, de um tratamento em que as familias não podem suportar tais custos para salvar vidas.

Parabéns aos criadores deste blog, aqui ao menos tudo é feito com sinceridade de sentimentos, não se criaram contas bancárias, nem ninguém vai publicar livros contrapondo os outros, sim porque aqui também muito haveria a contar do que realmente se passou ao longo destes anos com esta menina. E aí muitos rendimentos poderiam advir e que muito bem seriam entregues ao pai afectivo que afinal teve que pagar uma indemnização choruda por ter criado Esmeralda.

Anónimo disse...

Eu não posso acreditar que uma menina de 6 anos se esqueça de tudo o que se passou anteriormente na sua vida. É algo que é impossível de fazer, por mais que agora lhe tenham feito uma lavagem ao cérebro.
Continuo a não acreditar que a menina esteja bem como eles dizem, só dizem isso para bem parecer e mudar a opinião das pessoas. Infelizmente para a menina, muitas coisas se tem dito agora na televisão (Hernani Carvalho) que está a dar a volta às pessoas, e todos nós sabemos que é mentira.
É a justiça que temos cá em Portugal...

m@jc disse...

Olá
Só para saberem sou o n.º 602 na petição pela Esmeralda... Força...

Anónimo disse...

Recebi hoje o pedido de assinatura da petição e assinei.

Assinei não por ser a favor dos Pais afectivos, mas pela própria Esmeralda.

Sinceramente acho que toda esta situação foi mal gerida.... Não tenho dúvida que os Pais afectivos fizeram o melhor que souberam pela Esmeralda, mas ao protelarem a situação foram inconsequentes.

A (minha) verdade é que, à data de hoje, uma ruptura cria um sofrimento e uma destabilização difícil de podermos avaliar e por essa razão não deveriam ter retirado a Esmeralda aos pais afectivos.

Anónimo disse...

Claro que a menina não se esqueceu de tudo, seria de todo impossível.
A menina começou por se mostrar bem para proteger o "Paizinho" como ela própria disse (para o meu paizinho não ir preso eu chamo pai e mãe a quem a juíza quiser) e esse paizinho é o srº Luís Gomes e não o srº Baltazar como nos quiseram fazer acreditar. Se alguém já foi preso foi o srº Luís. Por isto se vê o amor incondicional que a menina sente pelos pais afectivos.
Lita

Anónimo disse...

Podem por favor dizer onde está a petição?
Alguém está a organizá-la como deve ser?
Era urgente fazer uma petição para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Esta história está a lembrar-me um filme que vi há um tempo e que se chamava "voando sobre um ninho de cucos" e só espero que a Dra. Ana vasconcelos não seja a enfermeira que "tratava" dos pacientes e nomeadamente do Jack Nicholson e recordo a figura do índio. A criança foi entregue para umas férias, ficou para sempre e há mais de 1 mês que não vê aqueles que são de facto os seus pais. Defendo o contacto regular com o pai biológico mas não desta forma bruta que maltrata a criança. A criança não percebe nada do que se está a passar e ainda tem que tomar medicamentos. Então é ela que diz que não quer ver a Adelina e o Luís? Ah então agora já a menina tem direito a ter opinião? Esta criança está em sofrimento. Como é possível ser o Estado o seu próprio carrasco? É preciso agir e recorrer dos instrumentos que a lei disponibiliza nomeadamente uma petição séria e responsável assinada por pessoas influentes que no início se interessaram pelo caso.

Mafalda