sexta-feira, 26 de março de 2010

SEMPRE A PENSAR NA PRINCESA



NOS SILÊNCIOS DA ALMA


Princesa,


Quase sempre os silêncios guardam segredos, alimentam sonhos, espreitam outro futuro.


Por vezes faço desses silêncios uma canção da alma, onde consigo adivinhar o que gostaria que acontecesse nos teus voos que vais fazendo por tantos canteiros.


Logo, amanhã, depois e depois, outros sentirão este silêncio, de várias formas. Alguns esperarão pelo seu trabalho e com o seus colegas, cantarão as canções das suas almas, corações ou mentes, outros procurarão nas dúvidas, os segredos que encobrem esses silêncios, e na contemplação tranquila, vão acreditando que a serenidade há-de acontecer e alimentar esses sonhos.


Quando se alcança esse sossego, é porque os sons do Mundo à nossa volta se apagam e aquietam. Talvez seja o que procuro e desejo hoje e agora, a pensar nos teus desejos, nos teus sonhos, nos teus silêncios, nos teus segredos.


Penso em TI, minha pequena Princesa, que aqui me trazes tantas vezes e vou meditando nas tantas coisas que de ti disseram.


Parecia? Parece que já não havia lutas, nem dor, nem preocupação. Para alguns, apenas conta o que julgam da sua experiêbcia aprendida nos livros, e ali formulada a troco de quê?


Será que tudo FEZ SENTIDO?


E TU? E TU ONDE ESTAVAS?


Onde te colocaram, ou onde te encontras, cada vez que cada testemunha pronuncia o seu saber, a sua verdade, as tuas atitudes vistas por cada um?


EM SUMA, O TEU NOME TANTA VEZ PRONUNCIADO... ESMERALDA.


AH, minha pequena pérola... Com perfumes de amor, muita atenção, ciência apurada, intuição viva, afinal tens sido tão violentada...


Quem dera que pudesses RESPIRAR EM CADA FLOR, VOAR COMO UMA BORBOLETA, encontrar a beleza e a sabedoria, que os outros julgam ter, mas que só tu conheces e sentes. Sim! Mas és tão pequena ainda, para poderes afirmae e denunciar como vives a tua... Sim, a tua verdade inquestionável, na forma como te obrigaram a viver a vida que não pediste, que não escolheste.


Cegos os que não querem ver, como à tua maneira, tu derramas AMOR, desentendido por quase todos os que, com mais ou menos sabedoria, foram convidados a te proteger.


Como se nessa super protecção, ou como alguém saliebtou a "sobrepsiquiatrização" e os seus riscos que só agora foram abertamente denunciados, TU PUDESSES RESPIRAR LONGA E PROFUNDAMENTE sem o peso dessa protecção que não te soube proteger.


Não quiseram, não souberam, ou não puderam tentar, lenta e suavemente, respirar contigo, a suave e doce simplicidade da vida que não te foi facilitada, nem ta deixariam viver...


Aqui no meu canto, longe de ti fìsicamente, tento respirar profundamente e na saudade e na ternura que sinto por ti , pela tua querida mãe Aidida, e pelos teus pais de coração, sinto-me pequena e fico triste por sentir como tem sido possível, deixarem uma criança como tu, linda, doce, maravilhosa, sofrer tanto assim.


AI Princesa, amo de forma especial as crianças porque ALGUÉM as pôs no meu caminho e tu entraste na minha vida sem eu esperar, mas no meu coração, tens e terás sempre, um terno lugar, bem como a tua família alargada e alguns amigos que tornaram o meu MUNDO maior e mais rico.


Os "meus meninos" tornaram-se teus amigos. Tu sabes isso, já vivemos um pouco essa experiência, mas porque não poderás sentir esse experiência mais vezes?


Os grandes sabem que os meninos sózinhos não podem caminhar, se os mais crescidos que zelam por eles, não proporcionarem, motivarem e incentivarem mesmo, essas caminhadas que podem ser desejos vividos a medo, em silêncio, porque num lugar onde a criança seja ELA PRÓPRIA, ela será capaz de mover montanhas para chegar onde gosta. Isto foi falado em Tribunal. Será que os entendidos perceberam? E será que hoje mesmo, enviaste um beijinho pelo telefone à tua mãe, ou aos teus pais de coração, bem como aos teus amigos mais distantes do Cabeçudo?


Será que a Sra. Profesora teve a lembrança de levar consigo, um desenho teu, para o mostrar como prenda para todos, e como a PRESENÇA DA ESMERALDA, ali falada, tão presente no discurso, mas talvez ignorada nos mais pequenos pormenores de quem se considera educadora.


Saberão elas? Conhecerão elas a verdadeira Esmeralda que eu tenho a felicidade de conhecer? A que docemente e em momentos de intimidade, acorda a mãe Aidida com beijinhos que quando cansada pelo trabalho adormece antes dela? E que quando se sente solta, é capaz de se mostrar sem medos e viver os fins de semana em família e em harmonia?


Que terás tu de fazer, para que pensem em ti a sério e para que analisem os teus sentimentos e aquilo que tu queres e gostas?


Que terás tu de fazer, para que todos te amem de verdade, e para que não tenhas de mentir ou fazer de conta, jogando a tua forma de não quereres fazer sofrer os que te amam?


Há uns dias, sem talvez terem alcançado o forte e verdadeiro alcance do termo, apelidaram-te de "cuidadora dos adultos".


Têm receio que sejas ouvida informalmente e permitiram que conscientemente sejas "cuidadoras dos adultos para não os magoar". Mas há quanto tempo tu tens essa missão?


Que dureza esta ao deixarem inverter os papéis na tua vida. Quem serão verdadeiramente os teus cuidadores?


Os verdadeiros sabem-no, os outros Não!


Porque se percebessem a crueldade dessa missão para um criança, não deixariam sequer que alguém o pronunciasse.


Recordo ainda o primeiro dia em que te conheci, naquela tarde quente de verão. Os teus olhinhos eram doces e profundos, a tua naturalidade surpreendeu-me. Meses depois, creceste tanto... O teu olhar tornou-se mais adulto. O teu cansaço faz-se notar. Os teus olhos profundos sugeram alguma interrogação, e sem dares por isso, mesmo em silêncio, interrogas o mundo à tua volta, não sabes como, nem qual foi a tua culpa, nesta espera ...


Volto a referir aqui o meu cantinho, pequeno é certo, mas onde saboreámos a tua presença e os teus momentos de descontracção, junto dos amigos e da tua família materna.


Por isso, dou Graças, sempre serás pertença desta casa, onde te vi sorrir, conversar e partilhar um pouco da intimidade que para alguns soa talvez a silêncio, ou talvez à grande capacidade de seres afinal uma valente Cuidadora de Adultos.


Aqui Não! Há muito que aprendi com outros meninos como tu, como é belo saber escutá-los e receber as suas maravilhosas lições de vida. Talvez por isso o meu coração de mãe, avó, amiga, sente à distância e consegue escutar o teu silêncio.


Muitas noites, no silêncio do dia que passpu, o meu pensamento voa através da brisa e do vento e enquanto o sono não chega, sinto o aconchego e a ternura que tenho para te oferecer, mais dias, outros dias.


Unir-te-ei:


A todos os meninos do Mundo que em sofrimento estão sós ...


Aos que como tu roem as unhas, para que não dês mais esse trabalho e para que alguém tente perceber as razões porque o fazes ...


Aos que como tu não gostam de peixinho ... Não esse um dos teus gritos de rejeição?


Mas recordo com graça os teus gostos e a forma como te deliciaste. Esses não os vou dizer aqui.


Ai quantas coisas tu guardas nas caixinhas de surpresas ... Mas só tu, cheia de força e coragem, UM DIA ... mais perto ou mais longe, serás capaz de contar a tua história. E se esse tempo estiver quase, tu serás capaz, como jáfoste, de dizer o que são os teus desejos.


Nas nossas cores preferidas, encontrarás a forma e a verdade, para seres TU.


Agora ou mais tarde, irás finalmente concluir que tal como entendias, a VIDA e os SENTIMENTOS, não se medem pelo calendário, que precisamos de cumprir, é certo, pois há decisões que podem mudar a nossa vida.


Que Deus te abenço meu ANJO.


(Assinarei com o nome que me chamaste: B...a - m...u b...o)

sexta-feira, 19 de março de 2010

FELIZ DIA DO PAI, PRINCESA





Dia de São José


Dia do Pai

(Dia 19 de Março)




"Hoje" a Igreja celebraSão José, Esposo da Virgem Santa Maria, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo


« O Anjo do Senhor manifestou-se-lhe, em sonho, dizendo:


"José, filho de David, não temas receber Maria como tua Mulher, pois O que nela foi gerado vem do Espírito Santo" » (Mt 1, 20).


Ninguém ignora que S. José, é o Esposo de Nossa Senhora e o Pai adoptivo e afectivo de Jesus Cristo.


A Bíblia não fala muito dele. No entanto, o Amor cristão faz de cada palavra do Evangelho de S. Mateus um ensinamento novo para a vida.Eis alguns factos que sempre se recordam:


A ordem dada a S. José, de receber Maria como Esposa.


É o fim do Antigo Testamento e o começo do Novo.


Ele é o Patriarca, o grande Pai, apesar de não ser biológico.


A fuga para o Egipto e o regresso lembram a história de todo o povo de Israel - o Êxodo.


Portanto, S. José é o amigo do povo, dos pobres, dos pequeninos, dos perseguidos e dos sofredores.


Da Bíblia, recebeu ele o título maior que ela costuma dar a alguém:


«O Justo» - S. José era um homem Justo.


Tanto a Idade Média, quanto os tempos modernos, lembraram muito S. José como modelo para o lar e, também, para o operário.


A simplicidade e a fidelidade fizeram de S. José o protector escolhido para marido de Maria e para desempenhar a figura de pai do próprio Jesus, bem como para todos nós.

Evangelho segundo S. Mateus(1, 16.18-21.24)

Neste dia de S. José, dia do Pai, desejamos à Princesa e aos seus pais, Baltazar, pai biológico e Luís Gomes, pai afectivo, muitas felicidades e que o futuro lhes dê o que mais desejam.

Por Esmeralda

sábado, 13 de março de 2010

DIREITOS E DEVERES… SERÁ???



Alguém disse “só a ele e à mãe pertence o direito e o dever de a criar.”
(frase do anónimo das 00h22 - 11/3/2010)

Admitamos então que no seguimento do raciocínio do anónimo, como acima, na vida tudo é assim tão linear.
Tentemos por momentos esquecer o tanto e o tudo que se passou…Será que podemos mesmo esquecer??? IGNORAR?
É que se resumirmos a vida desta criança a esta frase simples, correcta, mas estreita e demasiado fora da complexa vida, que todos nós vivemos, mais ou menos de perto com ela, parece então que tudo o que tem sido dito e redito para trás, nem sequer tem significado.

Não faz sentido, e diante da realidade nua e crua dos dias que têm que se adaptar à realidade, voltaremos à velha história e sabedoria da “SENTENÇA DE SALOMÃO”

Estarei a sonhar, ou diante desta frase tudo afinal é bem mais simples?

Quem tem complicado a questão SOMOS NÓS?

Ou os dilectos apoiantes de Baltasar PAI?

Ou os que conhecedores da vida real da pequena Esmeralda, humildemente se sentem próximos e percebem o que significa Esmeralda ser entregue e viver mais estreitamente com a sua MÃE Aidida, de quem nos fomos aproximando e habituando a conhecer?

Se calhar e diante desta frase que parece tudo dizer, sabemos que Aidida jamais partiria a filha ao MEIO, e situando-nos no tempo que foi o ponto certo do desiquilíbrio, sabemos também que nenhum de nós, esteve presente, nem junto do Pai, nem da Mãe, para os ajudar.

Porque na realidade, nessa altura, AIDIDA MÃE e BALTAZAR PAI, precisavam de ajuda.

E como já muito se repetiu, alguns, quem sabe, num sentimento de culpa, acharam mais fácil CULPAR a MÃE e tornar herói o PAI, odiando e arranjando milhentas formas de maltratar um casal (Lina e Luis) que atentos ao coração apenas souberam DAR.

DAR!... Dar à menina a quem chamaram outro nome, mas que teve sempre na frente o sinal maior e grandioso de a sentir FILHA, (talvez exageradamente) como aqueles, os intrusos, aproveitam para fazer disso “cavalo de batalha”

DAR!... Àquela mãe aflita, a serenidade e a promessa de a saber proteger e amar.

DAR!... Àquele rapaz que por acaso nem sabia que era pai, a sorte de na distância e no abandono, nem sequer saber o que significava ter uma criança que estava em risco, que foi acolhida e que cresceu em Amor.

E neste DAR, parece ou é mesmo certo que apenas a Esmeralda e sua mãe Aidida, sabem, conhecem e reconhecem a gratidão deste gesto, que se multiplicou por sete anos, e jamais podia ser esquecido apenas por uma simples, mas complicada decisão, ditada num momento, da chamada LEI!

Sei, talvez um pouco, ou muito, daquilo que aqui nunca foi dito, nem será preciso, por agora. A “história há-de fazer-se um dia, com a verdade e a transparência que por erro ou omissão ainda não foi possível mostrá-la. Aquela que muitos teimam em não querer ver, ou preferem ignorar.

A Gratidão, reina e vive no coração de Aidida…

O Amor nasceu e cresceu com a Ana Filipa…

O Orgulho, a raiva, quem sabe “o sentimento da culpa”, reina e atrapalha o sentir de Baltasar, que não sei nem quero menosprezar, porque nesta vivência toda, conhece-se muito pouco do que se passa da porta para dentro do nº ? da casa situada na pequena aldeia do Cabeçudo, onde Esmeralda habita, nas noites de semana e nos fins de semana que fica entregue ao pai.(?)

Se fôssemos a contabilizar as horas, as refeições, o tempo em que ela realmente sente o pai presente, talvez que isso fosse motivo de reflexão, para analisarmos ou poder ser analisada com justeza, aquela frase que volto a repetir “só a ele a há mãe cabe o direito e o dever de a criar”

Como fazem os pais ditos normais e inseridos numa família mais ou menos estruturada?

Que fazem os pais separados e que digna e escrupulosamente, como atributo da pessoa humana, tentam ser fiéis, respeitam e partilham os filhos, segundo acordos ou decisões do Tribunal?

Não quero ser ingénua e dizer que será fácil, mas é possível, SIM! Se acima de tudo um e outro puser um filho ou esses filhos, acima deles mesmos, e tentarem fazer tudo para que eles se sintam minimamente felizes, e seguros.

Neste tempo de decisões, em que o tribunal vai decidir a guarda da menina, e onde ficará mais segura, e mais inteira no seu NINHO PROTECTOR, esqueçam-se de maltratar o casal Gomes, que muitos dos “dilectos” usam como arma de arremesso, para tentar aniquilar, envolver e criticar Aidida e o seu futuro junto da filha.

Por acaso os amigos do sr. Baltasar, são parte principal neste processo?

E Alguém os impediu de contactarem com a família Nunes?

Ai se o sr. Dr. Juiz e o Ministério Publico conhecesse os valores(???) que ao longo de dois anos esses tentaram e tentam injectar, denegrir e sujar a vida e a alma daqueles que eles olham e atiram pedras…

Se se mostrassem em Tribunal, os seus discursos, que estão escritos e assinados, de certo ficariam de fora e a milhas de distância da pequena e inocente Esmeralda.

Que temos nós, ou eles, que vasculhar os amigos e as visitas que Aidida recebe em sua casa, ou faz a casa dos amigos?

Baltasar recebe quem quer e aprecia.

Aidida recebe quem é seu amigo.

E Ana Filipa tem direito a viver e escolher os seus amigos.

Faz parte do viver em sociedade, a partilha e o convívio, com aqueles que nos querem bem.

Evidente, a pequena Ana Filipa, merece DESCANSO!!!

Merece e deve conhecer as regras que são ditadas pela Lei que a persegue, mas deve e tem de ser cuidadosa e saudavelmente reconhecida como um ser humano que tem de ter estabilidade, tem de ter o seu canto e saber que não está aqui ou ali de passagem. Corajosamente terá de se integrar a tempo inteiro na casa da sua mãe, viver e adaptar-se aos familiares que a rodeiam e com a guarda partilhada, satisfazer os parâmetros da Lei, que por vezes não são fáceis de gerir por uma criança.

E se não me engano é para isto que existem psicólogos que ajudem ao ajustamento destas crianças.

Ou será que em vez de sítios onde possa existir o diálogo e a interiorização, um espaço onde possa ser analisada em intimidade, e onde todos possam aprender, passou a fazer-se do recato das pessoas, uma amostragem nas televisões, para que se tirem dividendos (audiências) que são apenas números, e tantas vezes esquecem o verdadeiro sofrimento humano.

Ou será que são as técnicas que visitam uma ou duas ou mesmo que tivessem sido meia dúzia de vezes a estadia de Esmeralda, e os seus comportamentos na casa de Baltasar, se sentem convictas de que nas aparências está a verdade inteira e real???.

Não! Essas visitas não bastam, e sei do que falo… são precisas muitas horas, muitos dias, alguns meses, para analisar e entender os sintomas de crianças como a nossa pequenina ESMERALDA - ANA FILIPA – PRINCESA…

Pergunto eu, se isto foi feito com o rigor e com o tempo e a ciência e a intuição precisas???

Estará em paz um sr.médico de Leiria que viu a Esmeralda creio que uma vez e ousou dizer pela boca do seu pai que estava tudo bem e não precisava de lá voltar?

Ou a Psicologia é uma coisinha que não presta, ou muitas coisas ficaram por explicar…

AIDIDA, tem pela sua frente um caminho difícil, mas a sua coragem, a sua intuição invulgar, e a sua doçura e entendimento com a Ana Filipa, estarão no caminho certo, se neste percurso a família Nunes e a família Gomes (nas decisões que lhes forem facultadas) e que já pecam por tardias, forem capazes de se respeitarem uns aos outros, e pensarem a cada momento, que é o crescimento e o limar dos sofrimentos por que Ana Filipa teve que passar. Agora SIM é preciso ser forte e fraco, dizer SIM e dizer NÃO, e mesmo sem se imiscuírem nas vidas uns dos outros, fazerem o treino do que se chama partilha e LIBERDADE. A Ana Filipa tem consigo um tempo já longo, onde se atordoou em muitos momentos, em que no “faz de conta” ela mesma assumiu comportamentos, que só quem conhece a verdadeira psicologia da Vida sabe interpretar.

ELA APENAS TEVE DE APRENDER A SUPERAR E A REAGIR COMO FOI CAPAZ!!!

ELA TEM SOBREVIVIDO!!!

AS MARCAS, ESSAS VIRÃO AO DE CIMA E MESMO NUM FUTURO DE ESTABILIDADE, NÃO PODEMOS IGNORÁ-LAS OU FAZER DE CONTA QUE NÃO EXISTEM!!!

Não será tarefa fácil, para esta família, a que chamarei de alargada, porque em cada momento e a todos será pedido que pelo AMOR que dizem ter-lhe, terão de ser capazes, de ir chegando ao caminho certo.

Tantas vezes esquecemos que a melhor herança, é sem dúvida esta criança.

Ana Filipa está cansada e talvez confusa.

A falta da presença materna, diariamente, é como um canto triste de um passarinho aprisionado por dentro.

A Vida que ela não escolheu, obrigou-a a estar separada dos que mais amou, mas ela é uma menina forte e inteligente e se herdou a intuição da sua mãe, já percebeu a quem pertence, e onde pode e deve estar.

Ela mesma, num clima de liberdade e respeito, aprenderá a ser ela em cada lugar, que é por herança também um bocadinho sua.

Quem sabe não será ela, daqui a uns tempos, a fazer-nos aprender essa lição…

Num clima de verdade: ela saberá dar e receber da sua Mãe Aidida e sua família materna.

Ela saberá dar e receber do seu pai Baltasar e sua família paterna.

Ela saberá o lugar que guarda para dar e oferecer ao casal a quem chamou de mãe e pai pela primeira VEZ!

Se os adultos não se atropelarem, a Ana Filipa saberá qual o seu lugar.

Nas distâncias que percorreu neste mais de um ano, os seus olhitos já derramaram lágrimas, pelos dias tristes e sem ternura, longe dos que a viram e ajudaram a crescer.

Aprendeu e reavivou o amor da mãe de quem se separou, mas que na ausência fizeram crescer as sementes que germinaram e brotaram flor. E quem a conhece e observa mais de perto, sabe que é no canto e na família da sua mãe que o seu futuro será mais sereno, tranquilo, e seguro. Sem correrias, sem pressas, sem ritmos acelerados, ou vivências por vezes desajustadas do normal das vidas simples e com dificuldades.

Conheceu a sua família paterna e aos poucos irá percebendo quão grande ou pequeno, forte ou fraco, com ou sem interesse, é o amor do seu pai, onde irá crescer por perto, mas a seu tempo, ambos saberão pela porta que hão-de entrar.

OS MAIS POBRES, SÃO CAPAZES DE SER FELIZES, NÃO PELA QUANTIDADE E FARTURA, MAS PELA QUALIDADE, DOÇURA E DIÁLOGO QUE EMPRESTAM ÁS SUAS VIDAS.
E SER MAIS POBRE, É HOJE O MAIS COMUM. CABE AOS QUE SEJAM CAPAZES DE PARTILHAR UM POUCO DO SEU “A MAIS”, E TANTA GENTE, E TANTA CRIANÇA, TERIA O SUFICIENTE PARA ENRIQUECER A OUTRA PARTE, QUE MAIS NÃO É QUE O CONJUNTO E A TOTALIDADE DA VIDA QUE TODOS TEMOS DE VIVER.

Andamos por aqui há tanto tempo…Que este sentimento se torne em acção e aqueles que mais de perto a vida aproximou, que cultivem e façam crescer essa riqueza, que não foi acaso de certeza.

Saibamos neste tempo de espera, ser humildes e olharmos para cada um, como alguém que quer abdicar de si e pensar na nossa menina Princesa, de olhos castanhos e rasgados, que no seu olhar, e no seu silêncio, nos faz o apelo de sermos capazes de ser Gente…

Saibamos ser capazes de perdoar a mais dura ofensa… tentar esquecer o que foram erros, que todos cometeram…

Saibamos tentar não ferir, nem magoar, para não ser mais magoado.

Saibamos olhar para ela e ser capazes de saber Dar… Sem esperar receber…

É o tempo de abrir o coração e antes de tudo, é sermos capazes de pensar NELA, É SERMOS CAPAZES DE SONHAR…

É SER!!! É SER GENTE!!! É SER HUMANO!!!

É deixarmos que a alegria infinita nos invada e nos motive para ver esta Vida a Crescer!

É vencermos com Ela os sustos e o Medo, deixando-a sorrir, caminhar e ser Mulher! Porque ser criança não devia doer, e Esmeralda só deseja ser amada!!!

13 Março 05:30
Maria de Lourdes

quinta-feira, 4 de março de 2010

FAZENDO UM EXERCÍCIO DE FELICIDADE, A PENSAR NA PRINCESA



Este fim de semana a Princesa estará com a mãe e amará, livremente.

A pensar na felicidade da Princesa, que antecipamos nos nossos desejos, deixamos esta semana uma lembrança para a sua mãe. A mãe da Princesa, que conseguiu atravessar estes anos, com grande humildade, reservada, alimentando as esperanças da vida, ignorando as agruras infiéis, à espera de encontrar um brilho especial nos olhos da sua Princesa. A mãe da Princesa já venceu o que tantos julgavam impossível. A mãe da Princesa já brilha nos olhos da sua filha.

SUPERAÇÃO

Ontem,
a vida disse não...
Vida amputada...
Dilacerada!


Olhares de compaixão...
Uma cortina de neblina...
Na estrada...
Compartimentos estanques...
Cisão
Acaso...
Caus.!

Hoje
a vida disse talvez
Recomeçar
No chão,
no vão...

Em vão?
Não...

Há sempre um clarão
Uma questão de opinião...
Determinação!
Seguir em frente
Mesmo contra a corrente
Nas dificuldades
A cada degrau da escada
Sem parada...

Aprendizagem...
Coragem!
Nunca desistir...

A cada conquista sorrir...
Para continuar...
Relevar!
Regogizar...

Para que assim finalmente
Amanhã
a vida diga sim



Carmen Cecilia