Entrevista com Mário Crespo no canal SIC

Ontem, 19 de Janeiro de 2009, após a entrevista no canal SIC, ao Sargento Luis Gomes, ficámos suspensos pela insensibilidade demonstrada pelo jornalista Mário Crespo, que a conduziu, quando em nenhum momento houve a preocupação de avaliar a situação actual de Esmeralda.

Trazia um guião bem preparado, no entanto, ou não teve tempo para chegar à actualidade, que verdadeiramente nos preocupa muito, ou não estava mesmo previsto.

Por outro lado, o Sargento Luis Gomes, não precisando de apontamentos, pois fala de uma criança que criou e ama desde sempre, como se de seu sangue fosse, mostrou-se simples nas palavras, que os afectos dizem-se do coração e não precisam de grandes vocabulários, nem de cábulas.

Esteve muito bem, igual a si mesmo, que não precisa que outros falem por si. E como sabe do que fala, responde claramente, porque a verdade é a única via possível para um dia mais tarde, com Esmeralda, poder recordar.

Houve momentos em que a simplicidade de Luís Gomes e a verdade dos factos normais da vida, chocaram com os padrões definidos para um tal programa de televisão e com as guerras de audiências. Nessas alturas, quando era interrompido, sem o deixarem concluir as respostas, ficou nervoso, quis avançar, mas a educação e sobretudo a certeza do chão que pisa, tranquilizava-o e com um leve sorriso, ouvia com atenção outra pergunta.

Foi pena que o teor das perguntas ficasse por factos que a justiça já provou, avaliou e até julgou e indemnizou.

Foi pena, em nenhum momento se poder ter comentado os últimos factos ocorridos com a nova protagonista do processo, a Dra Ana Vasconcelos, que com os pregaminhos científicos e a vasta experiência que possui, irá de certeza, conduzir todo este processo a bom termo para a Esmeralda e grangear sãs afinidades, quer com os pais afectivos, quer com os pais biológicos.

Foi pena não lhe ser permitido mostrar a enorme esperança que carrega na alma, bem como a Adelina, de em breve poderem abraçar a Esmeralda, falarem-lhe, mimarem-na.

Foi pena não o deixarem explicar como tem conseguido acalmar o sofrimento, com a certeza que mais cedo ou mais tarde, a razão surgirá, e nessa altura, poderá provar definitivamente os seus verdadeiros intentos.

Tanto haveria para falar, tantas perguntas podiam ter sido feitas ...

Viva a Esmeralda!