sexta-feira, 27 de novembro de 2009

BUSCAR COM A MENTE… VIVER COM O CORAÇÃO ...




Do imaginário ao real, onde os nossos sentidos se cruzam…

E se enlaçam com a memória.

Guardar memórias, é a forma que temos encontrado, de um dia podermos expressar, o que se viveu e o que se vive. Fomos guardando, abrindo caminhos, dando lugar a alguma inspiração, que ao longo destes tempos e diante das realidades, foram materializando esse imaginário.

É assim como se de um álbum de recordações se tratasse, onde todos os textos que são muitos, são apenas pequenos ou longos trabalhos, que brotam da nossa alma, com a emoção e a sensibilidade. A vida constrói-se com as imagens passadas que hão-de explicar as que no futuro hão-de surgir.

Não sabemos até quando a nossa mente pode guardar informações ao sabor do tempo e dos acontecimentos. Apenas sentimos e gostávamos que estas não fossem memórias perdidas no tempo. Memórias que são agora e serão no futuro, um apelo ao nosso interior, que não deixará silenciar os receios que nos oprimem.

Se ao longo deste tempo e nesta causa da Princesa, muito se escreveu, é porque muito se sofreu e continua a sofrer.

Ajustando o nosso sentir à comparação e à realidade que se estreita e aproxima, entre todas as crianças, deparamos com muita dureza, alguma crueldade até, por vezes, e sofrimento, como é o caso da doce menina de Torres Novas.
Gostávamos muito, de saber muito mais, termos podido estudar …Ficamo-nos no entanto pela escola da vida que muito nos ensina. E nesse aprender, a experiência ensina-nos, que há muitos tempos em que por amor às crianças, apenas sabemos que esta angústia que nos continua a oprimir, passa muitas vezes pelo silêncio, obrigatòriamente, por vezes a sua única defesa.

E voltando ao nosso interior, é certo que quando essa criança se apaga no tempo da vida, tornando-se homem ou mulher, deverá retornar ao caminho das suas memórias, para se reencontrar e abrir os seus próprios horizontes…

Através deste imaginário em que pensamos e existimos, estamos muitas vezes numa dimensão para além do corpo. Esse é um lugar onde nos podemos dedicar à abertura do que à primeira vista nos parece impossível.

Quantas vezes no espaço do nosso pensamento damos lugar à utopia…

Nesses momentos, o universo é mesmo silencioso e talvez por isso a nossa memória se vai armazenando, com o nosso modo de ver e realçar o mundo à nossa volta.

Mas no nosso desejo humano de protecção, o imaginário parece estar sempre desperto e sempre presente.

E também não há imaginário, sem que possamos reencontrar nele a memória das pessoas, daqueles todos, que por nós passaram e passam.

É desta forma, que o nosso imaginário, reage sobre o que nos rodeia e torna-se essencial para a formação da nossa memória, registando nela, aqueles a quem queremos deixar o testemunho, dando o sentido das nossas intuições, dos nossos actos, das nossas acções… às crianças, pois claro.

Por todos estes pensamentos, sentimentos vividos e assumidos, tentámos sempre ao longo destes meses, aprofundar e compreender na pequenez e na simplicidade da nossa existência, fazendo dos acontecimentos uma reflexão e passando para o teclado e escrita o muito que vamos pensando e percebendo.

Ao longo destes mais de 12 meses, nesse tal desejo humano de protecção para aquela menina a quem chamam os mais variados nomes, dos quais alguns apenas sabemos, aquele que ela realmente escolheu.

Por respeito chamar-lhe-emos Princesa.

A sua existência ficará na história como uma memória que não pode nem deve ser esquecida.

A Princesa simbolizará todas as crianças sofridas, neste universo, por vezes silencioso…nesta atenção aos Direitos, que tanto merecem e lhes são negados.

Ainda que pareça o contrário, pois “tantos” a querem, a Princesa foi abandonada à sorte das leis, que muitos de nós não sabem ler, porque apenas se ficam pelo “papel passado” que merece respeito, mas nem sempre, ou quase nunca é resposta!

Falta a psicologia da vida, porque cada criança, ainda que criança, é já um ser com interioridade própria e individual!


POR ESMERALDA

para que as nossas memórias não se apaguem nunca, nesta procura de ser fiel ao bem estar e à procura dum paraíso terreno, lugar utópico talvez para alguns, mas lugar conhecido e desejado pela Princesa, no seu sonho e desejo de viver sem conflitos. Crescer num jardim verde com luz de esperança, sem guerras nem maldades, onde os que a amam façam por ser felizes…
Um mundo afinal onde se possa minorar os sofrimentos, onde haja abundância de amor compreensão e tolerância e suporte para crescer livre e sadia…
Porque a “árvore da vida” é aqui nesta “terra” que se alimenta em busca da paz!!!

Resta-nos saber contemplar a vida, no sorriso doce de uma criança, como o da Princesa.

Esse é o sinal e o apelo sentido a que vos convidamos.

EM VEZ DE FALARMOS DE PAZ…

SEJAMOS A PAZ!!!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

E PORQUE NÃO A MÃE?


Preocupa-nos uma secura de afectos que nos têm trazido aqui.
Será possível educar uma criança, tão jovem, sem afectos?
Ainda bem que a mãe consegue contrariar essa tendência.

Também têm trazido aqui vários comentários, onde, como desde sempre, tudo serve para retirar a D. Aidida as qualidades de mãe. Mas se é Esmeralda que diz claramente que prefere viver com a mãe. As crianças não enganam e sabem sempre onde são muito bem cuidadas.

Outros motivos poderíamos trazer aqui para explicar o que faz com que o pai de Esmeralda se mostre tão inseguro quanto à sua relação com a filha.

A mulher, Ilda, num distanciamento a que está obrigada a manter, podia tranquilizá-lo.

Assim se vão contestando sobre actos passados e que por força de mentes fechadas, condicionam tudo o que a seguir vier. Falamos da mãe da Princesa, que passando por um período demasiado miserável para a filha e para si, tinha que forçosamente tomar uma atitude, mudar o destino da sua muito querida filha.

Algumas alternativas se lhe colocavam, para além da decisão tomada e correcta que tomou:

1ª A alternativa mais lógica a tomar foi procurar o auxílio do pai. Pesem embora várias teses sobre a sua vida, o pai foi apontado directamente, sem dúvidas como o autor biológico da criança.

Não chegaram contudo as certezas da mãe.

Falaram mais alto outras condicionantes, aos olhos de alguns, razões suficientemente “barulhentas”, causadoras de elevado ruído. Passados sete anos ainda hoje se tenta apagar o que realmente está bem à vista com mensagens de cariz nacionalista, xenófobo e racista.

Este pai não conseguiu achar a supremacia que a justiça lhe concedeu. Nem nessa altura, nem agora. O que a justiça lhe ofereceu poderá ele multiplicar?

Este pai continua a sentir-se ameaçado por outros sentimentos, relativos a laços afectivos, para ele totalmente desconhecidos.

Este pai, afinal tem uma mulher junto dele, também aparentemente, insegura de afectos.

Este pai, que quer muito à sua filha, e não temos dúvidas, precisa de refrear os seus ímpetos e pensar no que será melhor para a Princesa. Só assim poderá contrariar o caminho de difícil retorno que encetou.

2ª Outra alternativa que a mãe poderia ter tomado era procurar uma instituição de acolhimento de crianças em risco. Aí entregaria a sua filha para ser tratada, mas com uma impessoalidade, autista de afectos familiares, que não podiam servir para ajudar a sua filha que muito e bem queria ajudar.

Esta alternativa não poderia pois ser a solução dos seus enormes problemas que vivia à altura.

Não sabemos todos os fortes condicionamentos quês as crianças internadas em instituições sofrem pela vida fora? Sobretudo os afectivos?

3º Podia ter ficado, no seu canto, sozinha com a filha, à espera que alguém olhasse para uma situação de mendicidade e as viesse ajudar.

Mas a preocupação pelo bem estar da filha esteve sempre à frente das soluções fáceis.

A vergonha de ser encontrada, desfalecida pela crueza da vida que tinha, com uma filha nos braços, se calhar em risco, foi logo arredada.

Isso não poderia acontecer.

O bem estar da filha nunca poderia ser posto em causa.

E não foi.

E não o será nunca.

4ª Outros desfechos podiam ter sido achados neste caso mas o absurdo a que correspondem são de impensável relato.

Chegam-nos os ecos de histórias noticiadas com desfechos muito infelizes que nos envergonham como cidadãos.

O carácter responsável que Aidida sempre mostrou, mesmo a atravessar fortes condicionamentos na sua vida, afastariam tais cenários da sua relação com a filha.

A Princesa, embora tão jovem, já percebeu a robustez de sentimentos da mãe, que ao longo destes anos, se mantém inabalável nas suas convicções - a sua Princesa não há-de passar na vida o que ela passou.

A sua Princesa há-de ter um futuro muito risonho.

Portanto, conhecendo Aidida como conhecemos, encontramos nela uma forte convicção pelo futuro da filha, que nunca abandonou, deu para ser criada por quem podia fazer tudo a que a sua menina tinha direito.

Conhecendo Aidida como conhecemos, percebemos a ausência de ruído com que vai pautando os seus dias.

Conhecendo Aidida com conhecemos compreendemos uma dívida de gratidão que sempre terá para com Luís Gomes e Adelina Lagrato que fizeram tudo o que de melhor podia ser feito pela Princesa.

Esta é a segurança de uma mãe que sabe que sempre fez o melhor pela filha.

Mas mais importante é a sua segurança quando vê confirmados os afectos retribuídos pela Princesa.

E o que sempre foi sendo feito a pensar no bem estar e na felicidade da Princesa, sem exibições mediáticas, agora, está lá e até a Princesa já disse preferir estar com a mãe.

Será que finalmente alguém vai pensar primeiro no que faz feliz a Princesa?



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

VAMOS OUVIR ESMERALDA ?



Esmeralda, com sete anos de idade, continua a emocionar muitas pessoas, umas porque estão satisfeitas de a terem consigo, outras que não conseguem deixar de denunciar tudo o que consideram ter sido em todo o processo, nefasto para a defesa dos superiores interesses da criança.

De há sete anos para cá, Portugal inteiro divide-se quanto ao destino de Esmeralda, fruto de uma relação entre uma cidadã brasileira e um carpinteiro da Sertã.

Esmeralda foi gerada pela mãe, num período muito conturbado da sua vida. Não tinha meio de sustento, estava ilegal em Portugal e recusou-se a entregar-se à prostituição ou a abortar.

Por essa altura, a mãe de Esmeralda procurou a ajuda do pai e da avó paterna. Estes recusaram ajudá-la.

Esmeralda nasceu e Aidida, que decidira chamar a filha de Isabella, registou-a em vez disso com o nome de Esmeralda.

De entre as várias tentativas de chamar à razão Baltazar, Aidida foi iludida com a promessa de paternidade, para a data marcada para o registo, na condição de dar o nome da avó paterna à criança – Esmeralda.

Mas a promessa não se cumpriu. Baltazar não apareceu no Registo.

Aidida cumpriu com o combinado – registou a menina com o nome de Esmeralda, filha de Aidida Porto e de pai incógnito.

Esmeralda viu serem defendidos os seus superiores interesses.

Os tempos continuavam extremamente difíceis para Aidida que desesperada e com a menina nos braços, não encontrava provimento para minorar as necessidades básicas de sobrevivência de Esmeralda.

Mas Aidida, mesmo em desespero, sempre manteve alerta o que pensava ser a solução mais adequada para salvar Esmeralda.

Não esperou em casa, ou na rua, que a Segurança Social lhe viesse retirar a filha, pelas razões que tantas crianças são levadas para instituições de acolhimento.

Não descurou nunca os cuidados básicos de Esmeralda e embora em grande sofrimento, procurou informar-se junto dos poucos conhecidos que tinha, quem poderia ter condições e querer adoptar a sua filha que correria riscos de sobrevivência a breve trecho.

Esmeralda viu serem defendidos os seus superiores interesses.

Aidida foi então informada, através de uma pessoa conhecida, que havia um casal com possibilidades para lhe receber e criar a sua filha. Esse foi o alívio que acalmou todos os medos que Aidida sofria pelo futuro complicado de Esmeralda.

Esse casal que lhe tinham apontado e de quem retirou informações, não podia ter filhos e estava inscrito para adoptar (por meios de um processo que em Portugal é bastante moroso).

O casal mostrou-se logo muito receptivo.

Aidida, depois de conhecer o casal ficou aliviada e convicta de que seriam bons pais. E foram uns pais maravilhosos.

Aidida nunca esteve enganada em relação a nada que dissesse respeito a Esmeralda.

As mães sentem e pressentem. É o verdadeiro instinto maternal.

Esmeralda viu serem defendidos os seus superiores interesses.

Esmeralda foi entregue por Aidida ao casal Gomes quando tinha três meses de idade. No momento da entrega, Aidida assinou um documento no Notário onde dava a menina ao casal para adopção.

Esmeralda passou a viver com os pais afectivos, Luís Gomes e Adelina, a quem ainda hoje trata por paizinho e mãezinha, ou mãe Lina se a mãe estiver por perto.

Esmeralda foi criada ao longo dos seis anos em que viveu com o casal como se fosse sua filha de sangue.

Esmeralda viu-lhe serem dedicados todos os cuidados e amor a que qualquer filho biológico tem direito.

Esmeralda viu serem defendidos os seus superiores interesses.

Passaram cinco anos na vida de Esmeralda e a justiça manda devolvê-la ao pai biológico, Baltazar Nunes, que foi candidato oficial a progenitor, quando o Ministério Público o obrigou a fazer exames de ADN.

O processo de averiguação de paternidade (obrigatório por lei), obrigou também a que o pai biológico de Esmeralda requeresse a sua custódia.

Começaram então os conflitos morais e institucionais entre o pai biológico e o pai afectivo. O pai afectivo quis sempre evitar entregar Esmeralda sem que houvesse um período transitório, pois em seu entender só assim estavam salvaguardados os superiores interesses da Esmeralda e numa situação limite, chegou a deixar-se prender, condenado a seis anos de prisão por sequestro.

A mãe afectiva, Adelina Lagarto, foi declarada contumaz. A justiça acusou-a de ter fugido para parte incerta com a criança.

Entretanto Adelina Lagarto, a mãe afectiva de Esmeralda apresentou-se voluntariamente no Tribunal de Torres Novas. Nesse dia, todas as televisões passaram reportagens com declarações de Aidida em que apoiou o casal e garantiu que a filha estava com os pais certos, e que queria o melhor para ela, aquilo que ela própria não teve.

Esmeralda viu serem defendidos os seus superiores interesses.

Os tempos que se seguiram foram os de uma verdadeira telenovela jurídica, onde o enredo principal era a sobreposição da rigidez legislativa sobre os afectos de um casal que se recusava a abdicar da criança que sempre conheceu por filha.

Vários episódios jurídicos ocorreram, tais como conferências de partes e entrega de um pedido de “habeas corpus” para a libertação do pai afectivo. O pedido de “habeas corpus” recolheu mais de 10 mil assinaturas,”habeas corpus” esse que levantou uma onda de solidariedade, mas só quando o tribunal da relação de Coimbra apreciou o recurso, decidiu pela libertação de Luís Gomes, pai afectivo de Esmeralda.

Algum tempo depois, o Tribunal de Relação de Coimbra dá razão a Baltazar Nunes no processo de regulação do poder paternal e manda entregar a criança ao pai biológico.

Entretanto, Aidida requer também o poder paternal. Aidida não acredita que Baltazar alguma vez seja um bom pai para Esmeralda.

Esmeralda tem entretanto seis anos de idade.

No cumprimento das decisões tomadas nas Conferências de Partes, é instituído um plano de visitas que Esmeralda fará aos pais biológicos, permitindo assim criarem-se laços, até aí inexistentes.

Esmeralda, muito jovem, aceita a mãe biológica, embora durante os primeiros encontros pedisse por vezes a presença dos pais afectivos nalguns momentos, que prontamente acederam a juntar-se, quando era necessário, na reunião de mãe e filha.

Esmeralda rejeitou muitas vezes o pai biológico e evidenciou grande perturbação emocional. Essas reacções de Esmeralda após as visitas ao pai biológico foram devidamente atestadas em relatórios de equipas de psicólogos que a acompanhavam.

A confiança que Esmeralda foi conquistando quando visitava a mãe, em oposição à ansiedade verificada quando era obrigada a separar-se dos pais afectivos para ficar com o pai biológico, começavam a ditar sinais claros para Esmeralda do que é uma coisa boa e do que é uma coisa menos boa.

Por essa altura a equipa de psicólogos que acompanhava Esmeralda, defendia que a menina devia conviver com os pais biológicos, de forma gradual, mas não ser retirada ao casal e entregue ao pai.

Infelizmente para Esmeralda, o processo continua longe de chegar ao fim.

Há três partes a lutar pela menina, ou duas, porque aos pais afectivos foi-lhes retirada a possibilidade de continuarem a lutar pela guarda de Esmeralda – a mãe biológica e o pai biológico.

Esmeralda foi entregue ao pai em Dezembro do ano passado. A entrega decorreu num ambiente preparado para o efeito e de modo a fazer face aos inconvenientes da cobertura mediática que a imprensa sempre fez deste caso. Mesmo assim, a entrega da criança ao pai traduziu um dos momentos mais terríveis para Esmeralda. Na hora da despedida do pai afectivo, Esmeralda recusou afastar-se dele por todos os meios que encontrou. E os seus gritos de aflição ecoaram por Torres Novas.

Esmeralda não viu serem defendidos os seus direitos.

No meio de todo aquele desespero, Esmeralda pressentiu, no seu coração, ainda muito jovem, o que de facto lhe estava a acontecer.

A mãe biológica, a uns metros de distância da ocorrência, mas impedida por forças policiais, exprimiu sinais de grande revolta pela forma violenta como a justiça tratava com a filha, não se conformando, rebelando-se como podia, mas não a deixaram..

O pai afectivo, a sentir a dor da filha, a querer continuar a protegê-la, viu a filha ser-lhe arrancada dos braços, violentamente, por forças judiciais.

O pai biológico, refere a enorme felicidade que sentiu no momento em que as forças judiciais lhe entregaram a filha. Mostrou para as câmaras de televisão expressões de alegria inusitadas.

A mãe afectiva, impedida de sair de casa, não conhecemos reacções. Mas podemos imaginar!

E Esmeralda partiu com o pai, já calma, para uma vida nova, casa nova, família nova, escola nova, ambientes novos, amigos novos…

Esmeralda adaptou-se aos novos hábitos. Esmeralda sobreviveu.

Mas Esmeralda, apesar de ter sido arrancada abruptamente de toda uma vida familiar que teve, não esqueceu os laços que a uniam àqueles que sempre considerou seus verdadeiros pais.

Teria alguém explicado a Esmeralda o que realmente lhe aconteceu?

Foi a mãe, que visita após visita, foi mostrando à filha que apesar da sua nova vida, ela continuava a ser a sua mãe, aquela em quem ela podia voltar a confiar, aquela que lutaria pela defesa dos seus direitos até ao fim.

É por tudo isto que Aidida aguarda para breve a discussão do pedido de alteração da Regulação do Poder Paternal para tomar a guarda da filha, Esmeralda.

Por Esmeralda