sexta-feira, 30 de outubro de 2009






“AMIGOS (?)
AMIGOS MEUS (?)
Quem
SOIS ???

DIZEI-ME EM FORMA DE ESPELHO MÁGICO E MEU!!!
Afinal quem sou Eu, a
ESMERALDA/ANA FILIPA…???

QUEM TERÁ NESTE TEMPO, NESTE CAMINHO E NESTA HISTÓRIA QUE É A VIDA MINHA, MAIS DIREITOS DO QUE EU???”

Sou pequenina, franzina, tenho cabelos e olhos castanhos, tenho pés pequeninos, gosto do Cor de Rosa, gosto de tanta coisa...Sou menina apenas, e não conheço muitos dos que falam de mim.
Sou um pouco de tudo isto, mas SOU GENTE, tenho uma família grande; mas que culpa tenho de parecer ser tão querida e amada, quando na vida de muitos dias, alguns tanto me fazem sofrer.
Tenho um pai e uma mãe, aqueles com quem aprendi as doces e ternas palavras (Mãezinha, Paizinho) e onde cresci. Tantos mimos e carinhos e de repente roubaram-me os meus pais. Mas ninguém nunca me perguntou o que eu senti naquele dia triste perto do NATAL, em que por OBEDIÊNCIA, sim os meus pais ensinaram-me a ser obediente, simpática e a saber ouvir os senhores mais velhos.
Aquele dia e os outros que se seguiram, foram dias de medo e de espera, porque nas noites escuras, eu só pensava que se calhar foi porque algumas vezes me portei mal e até fazia birras que aquela senhora juíza me tinha castigado.
Não me lembro de tudo…
Foi tanta coisa…Ofereceram-me tanta coisa… Prometeram-me e prometem-me tanta coisa…
Que faria outra criança, ou que fariam estes meus amigos no meu lugar???
Mas TIVE TANTO MEDO!!!
O meu coração batia tanto, lá naquele sítio que o pai Baltazar queria que eu gostasse.
Também não percebi porque é que só depois do meu choro se lembrassem de regressar. Mas não me levaram para a minha casa como prometeram e depois foi um NATAL sem a Consoada como eu gostava.
Eu acho que ninguém percebe ainda o que eu gosto, o que sinto…como sou…
A minha mãe a quem eu só chamava de Aidida, apareceu um dia e pude estar com ela num jardim, lá na Sertã.
Parecia como que uma fada que naquela maneira diferente de falar, conseguiu que o meu coração não batesse tão forte…e
O tal medo se tivesse esquecido de mim…
Era pouco o tempo, mas eu acreditei sempre, que ela iria voltar.
E valeu a pena acreditar. Ela voltou sempre, mesmo que eu não estivesse á espera, e também eu, quando estava sozinha, já pensava nela como uma amiga que me dizia palavras doces e me chamava amor, querida e tinha e tem um sabor tão parecido com o da Mãe Lina e do Pai Luís. E sempre pude falar com ela sem medos, dos meus paizinhos, perguntar-lhe por eles, e saber que ainda se lembravam de mim. Aqueles que tanto tempo estive sem ver. Mas eu sabia pela Mãe Aidida que eles nunca me tinham abandonado e não se esqueceram de mim!
E naquela vez que eu tive de gritar muito, fechada naquele quarto para cumprir o…
(Mas isso foi tão triste que não quero falar disso agora)...
Deram-me noutro dia uns papeis para eu guardar e que sei que falam dos DIREITOS DAS CRIANÇAS…Eu ainda não sei ler tudo bem, mas bem gostava de saber o que ISSO É…Tão depressa tenho que ser grande como os que se chamam adultos, e escutar bem e fazer o que me mandam, e lá vou eu ter de falar, de responder tantas vezes ás mesmas perguntas que nem sequer sei contar as vezes que fui chamada pelas doutoras, para me perguntarem sempre o mesmo, e responder as mesmas coisas.
A Srª Juíza Mariana, essa era meiguinha e eu até gostava de falar com ela. Mas há outras, que parece que não acreditam em mim. Julgam que eu sou mentirosa, mas foram muitas as vezes que nesta nova casa me ensinaram que eu tinha que dizer assim, ou de outra maneira, e eu nunca percebo as razões.
A minha professora do ano passado era minha amiga e eu sei que ela sabe que eu não gosto de mentir. Mas naquelas confusões eu ás vezes dizia e digo o que eles querem que eu diga, e até acredito no que me prometem.
A Ilda é minha amiga, mas não é minha mãe, como o Baltasar me obrigou a chamá-la.
O que será isso dos Direitos das Crianças, se parece que quem tem todos os direitos é o pai Baltazar?… Não acho que ele seja mau, mas é tão diferente do meu verdadeiro paizinho Luís . Eu gosto de brincar e já tirámos até muitas fotografias na brincadeira, mas diziam-me:
Dá um beijinho ao pai Esmeraldinha, agora vamos fazer uma roda, e lá vinham aqueles das fotografias que se punham ao longe, mas eu sabia que eles estavam lá.
Noutro dia, mentiram-me muito, e isso eu nunca vou esquecer e ás vezes penso que já não vou ser mais amiga deles.
Será justo que eu tenha que estar todos os dias com o pai Baltazar e ainda tenha que passar fins de semana com ele?
Se querem que eu fique dividida e tenha tantas casas, deixassem-me passar os fins de semana com a mãe Aidida.
E com a mãe Lina e o pai Luís.
Se tenho que estar naquela escola e á noite estar naquela casa, então não é mais justo até, que eu saiba para onde vou, estar sempre nos fins de semana junto da mãe Aidida e depois nos meus paizinhos? assim é que era dividir por três.
Acham que eu vou aguentar uma vida assim?
Será que há muitas crianças como eu? Será por isso que a Dra Ana me falou desses DIREITOS DE CRIANÇAS
A Mãe Aidida contou-me e tem-me contado a minha história e nas nossas férias, eu aprendi tanto do que foi a minha vida e de coisas que eu não conseguia recordar, mas ao escutá-las, eu tinha a certeza de que já as tinha vivido…
Também lhe fiz muitas perguntas, e até temos alguns segredos que guardamos. E depois, foi sempre tão bom ver os meus paizinhos juntos connosco. Com a minha Mãe Aidida também voltei a ver e a estar com os meus avós de Mação e os meus avós do Alentejo. Também ganhei outra avó que tem um nome muito lindo. Até sei que há uma música feita por um músico famoso que foi escrita como se fosse para ela - PARA ELISA!-É Bué da Gira aquela música. Mas é triste como a minha vida.

A minha avó Esmeralda parece que também gosta de mim, mas há coisas que ainda não me habituei…É tudo tão diferente.
Acho que nunca me vou habituar às maneiras de vida daquela casa.
Na casa da mãe Aidida é bem diferente, nas férias aprendi tanta coisa e gosto muito dela, até parece que ela já me conhece bem, mesmo quando eu faço birras.
É assim, ela explicou-me que os senhores juízes não deixam eu ficar em Torres Novas e só quando eu tiver 14 anos é que vou ter o tal Direito que os filhos têm, e vou poder decidir.
Então eu acho que se eu tenho direitos agora é porque eu sou criança e então eu decidia já.
O pai Baltazar é diferente, e eu de vez em quando ia visitá-lo e quem sabe se não posso passar umas férias e uns fins de semana. E até poder voltar para a minha verdadeira casa e viver sossegada com os meus paizinhos, vivia com a mãe Aidida e andava numa escola lá em Tomar.
Eu tenho amigos em Tomar e Torres Novas, porque é que o Baltazar não mos deixa levar lá?
Uma amiguinha de Lisboa, perguntou-me se eu estava presa.
Ás vezes, mesmo muitas vezes, eu brinco muito, muito, e até tenho medo que venham aquelas pessoas fazer-me perguntas. Apetece-me nunca mais responder a ninguém. Se eles acreditassem em mim, percebiam porque é que eu tenho até medo de responder. Eles não entendem nada. Quando for grande hei-de ensiná-los a escutar os meus silêncios…e tudo o que eles não percebem…
Aqueles que me entendem e que sabem como eu sou não podem salvar-me, e parece que tenho que ser eu a verdadeira PRINCESA E HEROÍNA NESTA HISTÓRIA QUE É A MINHA….”
*********

MOTIVOS DE REFLEXÃO??
SIM!!!………..

Se não somos capazes de acolher os apelos da Srª. Da. Maria da Conceição que desde a primeira hora e em todos os seus textos nos convida a esse esforço, que também para mim é o motor e o sinal de que é esse o CAMINHO que nos levará ao entendimento da realidade com o sentimento, pois que escutemos os desabafos atrás escritos muito sintetizados da pequena Esmeralda/Ana Filipa/Princesa ou porventura o nome mais doce e terno que lhe queiramos chamar.
Estes desabafos (poucos, por sinal) são pedacinhos do que ela ao longo destes LONGOS dez meses foi e vai deixando escapar, na sua inocência, nos momentos em que está descontraída e perto daqueles que ama e que ela sabe que a protegem. Por eles se escuta, a mistura da vida e das Leis a que tem e teve de aprender a obedecer.
Quem com ela priva, sabe que por aqui não há inverdades, nem invenções, como alguns querem fazer parecer.
Esmeralda/Ana Filipa é um SER que teve que crescer muito, por dentro, abraçando cada dia ao sabor do que lhe tem sido oferecido.
As marcas, as confusões, os danos só quem de mais íntimo com ela vive, nos pequenos grandes tempos de fim de semana de “libertação” poderiam partilhar, mas nesses poucos acreditariam, porque nesta coisa de misturar o AMOR com a LEI, prevalece o mais fácil de cumprir –“ CUMPRA-SE A LEI!!!”
E qual de nós tem o direito de culpar moral ou legalmente tanta incompreensão e tanta falta de atenção para saber entender uma criança???
Juízes, Doutores, Técnicos, Advogados, Amigos, Amas, PAIS e demais familiares de sangue ou de Coração: SÃO PRECISAS MUITAS HORAS, MUITOS MESES; TALVEZ ANOS PARA PERCEBERMOS: O QUE SIGNIFICA TALVEZ E APENAS O SILÊNCIO, UM ACENO DA CABEÇA, OU OUTRO COMPORTAMENTO DE UMA CRIANÇA QUE SOFRE OU ESTÁ EM RISCO…
E esqueçam-se aqueles que pensam que são os pais os detentores dos DIREITOS, porque é a CRIANÇA que tem o DIREITO MAIOR !!!

Centenas de palavras, afirmações parecem transparecer por aqui e de mais, ultimamente sinais dos direitos que os adultos se dizem Detentores.
MAS QUEM NISTO TUDO TEM DIREITO A TER DIREITOS???

Os adultos (alguns ligados ao sr. Baltazar) vitimizam-no e tornaram-se defensores do que jamais pode existir.
Tomar partido por este ou aquele lado, será o maior erro.
Presto aqui a minha gratidão ao Por Esmeralda que por vezes tão ingloriamente tem lutado pela maneira de fazer compreender e de sempre se assumir, que todos mas TODOS os que se reclamam por Esmeralda/Ana Filipa/Princesa é apenas por ELA que aqui ESTÃO! E continuam com uma paciência por vezes inimaginável a acolher e a responder, como quem ensina calmamente um “filho” ou um “velhinho” que não consegue ainda, ou já, entender tanta confusão, e sejamos honestos, MALDADES construídas para desunir.
Os Direitos pertencem aos filhos enquanto crianças menores e desprotegidas.
Os Deveres cabem aos pais, e adultos que como educadores se considerem como tal.
O DEVER DE OS PROTEGER cuidando deles, criando-os e educando-os, com esse “Direito” natural e fundamental que lhes assiste.
Ninguém pode reclamar como posse sua, ALGUÉM, que afinal é apenas OUTRO ALGUÉM !!! Na VIDA ninguém é dono de NINGUÉM!....
Parece que estamos sempre a esquecermo-nos disto, e também nos alheamos que Todos somos Existência neste Universo Infinito e Misterioso.
A Esmeralda/Ana Filipa sente isto, mas não sabe dizê-lo, tal como não sabe interpretar, as formas complicadas e os caminhos que vai seguindo.
Aos pais, apenas cabe seguir os deveres, que deverão estar inscritos na nossa consciência.
O AMOR é realmente a palavra chave, mas só se enquadrar nele o Sentimento NOBRE que entrelaça, todos os pormenores da nossa existência desde os VALORES da LIBERDADE, DA SEGURANÇA, e sobretudo o RESPEITO ESSENCIAL para tornar forte e verdadeiro o compromisso de assumir e fazer feliz uma CRIANÇA…
Os deveres são afinal os meios de redenção pessoal, diante da nossa consciência, A NOSSA, que tal como a DELES é INDIVIDUAL E PRÓPRIA!!!
Será que assentam aqui os tais papeis que deram à Esmeralda/Ana Filipa aquilo a que chamam os DIREITOS DA CRIANÇA???
Direitos esses, que Ela ainda está á ESPERA…???
Até quando???

ML- 27Outubro 14H15

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O AMOR NÃO ACABA, MESMO QUE SE ACENE COM GENES OU COM SANGUE





O amor não acaba, mesmo que se acene com genes ou com sangue.

Mas também, o amor não se divide, partilha-se

Ou também, o amor não se consome, fortalece-se.

Ou ainda, aos olhos do amor, o mau é sentido como bom.


Muito se tem opinado no caso Esmeralda sobre o amor de filho, intrínseco ao sangue que lhe corre nas veias, ou aos genes de que é portador, versus o amor baseado no reconhecimento de pessoas que abraçaram um desígnio de vida como o dos pais de coração.

Esmeralda, criança feliz esta! Tomara muitas assim e o mundo seria bem mais acolhedor para tantas crianças que por aí vemos tão pouco cuidadas. Mas felizmente não é o caso com Esmeralda.

Esmeralda pode regozijar-se de ter pais por sangue e genes e pais de coração. E todos lhe querem tão bem.

Esta é a verdade que a justiça veio a confirmar, quando após o estabelecimento da norma de vida na forma legal para Esmeralda, incluiu nos preceitos emitidos os pais afectivos.

Vamos então reflectir sobre o que possivelmente influenciou a justiça no sentido duma evolução mais abrangente quanto aos adultos que constituem a família alargada de Esmeralda:

- A confidência à Sra. Juíza pela Esmeralda em querer muito manter o seu relacionamento com os pais afectivos. Por certo que este foi o motivo que mais pesou na medida de inclusão dos pais afectivos nos planos de visitas.

- A compreensão da Sra Juíza sobre os vínculos afectivos de Esmeralda, em que todos os adultos da sua família alargada têm um lugar muito especial no seu coração.

- O entendimento, por parte da justiça, tardio é certo, do resultado prático da medida adoptada em Dezembro de 2008, que se configurou num corte abrupto dos afectos que ao longo de quase sete anos existiram entre Esmeralda e os pais afectivos, por conseguinte, potenciador de riscos para o seu desenvolvimento psicológico.

- Como poderia a justiça ignorar os quase sete anos de vida familiar que o casal Gomes prestou a Esmeralda, devidamente comprovados em sucessivas avaliações psicológicas posteriormente realizadas, como ajustadas, adequadas, carinhosas, atentas?

- Estaria a justiça a olhar pela defesa dos superiores interesses de Esmeralda se lhe recusasse o que obviamente ela tanto desejava? E ainda que Esmeralda não tivesse sido ouvida, estamos cientes que a justiça teria agido da mesma forma. Foi muito pouco, no nosso entender, mas desse tão pouco Esmeralda e os pais fazem tanto.

- Na rotina completa de Esmeralda há tempo para todos. O pai nao pode temer os tempos que a filha visita a mãe ou os pais afectivos poque ela volta para ele de coração aberto.

- Teria a justiça compreendido a falta de respeito pelos sentimentos de Esmeralda quando o pai recorreu, na tentativa de impedir que a filha voltasse a conviver com os pais afectivos?

- Será que Baltazar julga vir a recuperar o tempo que não passou com a filha, ocultando-lhe quão magnífico pode ser viver e amar livremente, sem muros?

- Estará Esmeralda, com apenas sete anos de idade, preparada para viver um conjunto de rotinas diferentes, sem que de um lado e de outro venha a lamentar factos menos agradáveis?

Pois é, tantas dúvidas e tão poucas certezas. Como é que a justiça poderia ter agido diferente? Se a justiça se baseou apenas e estritamente nas leis. E se a justiça um dia olhar para trás, ler tudo o que já passou e passe a ser tutelada, por exemplo, por alguém com capacidade para casar a razão com o coração? Podemos imaginar e até podemos sonhar... E Esmeralda? Podemos imaginar quantas vezes já se perguntou porquê? Ou para quando?

Realmente somos apenas meros espectadores de toda uma saga que fará história, talvez até jurisprudência, mas de certeza muitas experiências. Com Esmeralda.

Bom fim de semana Princesa





sexta-feira, 16 de outubro de 2009

A SEGURANÇA DO DEVER CUMPRIDO




Os conselhos dos especialistas que já se debruçaram sobre este caso por um lado e o sentido do dever que a consciência de cada um dita por outro, têm proporcionado aos adultos que fazem parte da família alargada da Princesa, um conjunto de procedimentos, que a tempo ditarão a conclusão deste caso.

Sabemos que o coração por vezes bate muito forte e é difícil controlar os excessos, mas quando se tem por objectivo a defesa dos superiores interesses duma muito jovem criança, cabe aos adultos, particularmente os que constituem a família alargada da Princesa, controlarem as emoções e agirem norteados pelo sentido do dever fazer o melhor.

Este período da vida da Princesa constitui um marco muito importante da vida dela:

- A Princesa está a reaprender uma nova vida repleta de hábitos novos.

- A Princesa está a adaptar-se a uma nova escola

- A Princesa está a conhecer novos amigos

- A Princesa está a aprender como viver tendo perdido os amigos

- A Princesa está a aprender como viver tendo-lhe sido roubada a família

- A Princesa está a renascer para esta sua nova vida

- A Princesa já consegue encarar os imprevistos da vida sem receio de magoar ninguém

- A Princesa está a preparar os seus vínculos afectivos para o futuro

- A Princesa está a adaptar-se a um novo modo de viver

- A Princesa podia ter sido mais protegida

Depois de tantas certezas, entre muitas mais que se poderiam referir, perguntamo-nos:

- Seria forçoso uma criança de apenas sete anos de idade ser obrigada a passar por tanto?

- Não teria sido mais coerente ter sido preparado um conjunto de exigências a serem praticadas por todos os adultos que constituem a sua família alargada?

- Não acharam todos os outros, nós e os adultos da sua família alargada que se perpetrou uma grande violência à criança?

E é no futuro, que adivinhamos breve, que a Princesa mostrará, pelos seus actos, pelos seus afectos, como foram violentados os seus direitos à felicidade e quem nesses momentos em que tão jovem teve que sofrer as dores de perder tudo da sua vida e ainda quem ignorou ressentimentos passados e por amor à Princesa, estendeu a mão.

A mão estendida, representa um padrão de segurança na certeza do dever cumprido, de quem mesmo separado fisicamente, terá sempre uma filha maravilhosa, que é a Princesa.

Bom fim de semana Princesa



sexta-feira, 9 de outubro de 2009

APENAS POR ESMERALDA




Hoje começa mais um fim de semana.

Esmeralda terá mais tempo para partilhar as suas horas de lazer em brincadeiras com o pai. Concluída mais uma semana de actividades escolares, neste fim de semana, até o tempo parece convidar à animação e muita alegria.

Caros amigos e amigas, como sabem, o Por Esmeralda só tem trazido novidades a este espaço de reflexão quando os fins de semana da Princesa são com a mãe ou com os pais de coração.

Por outro lado, nos últimos dias disponibilizámos por aqui um meio seguro para podermos ajudar Baltazar nas muitas despesas que sabemos tem com a filha.

E porque na realidade somos apenas Por Esmeralda, e por conseguinte, estamos com Baltazar, Aidida, Luís Gomes e Adelina, deixamos aqui o seguinte apelo:

Baltazar,

Nós andamos por aqui apenas a pensar na sua querida filha. O Baltazar quer-lhe muito e Portugal inteiro também.

Convidamo-lo a partilhar connosco alguns dos muitos momentos maravilhosos que tem com a Esmeralda.

Estamos a estender-lhe a mão.

Peça à sua querida filha que ela o ajudará a estender a sua.

Por Esmeralda


sexta-feira, 2 de outubro de 2009

DEPOIS DA TEMPESTADE CHEGA A BONANÇA



… embora a bonança que se espera ansiosamente que chegue, a seguir à tempestade, não chegue com a velocidade que esperamos, ou com a garra que desejaríamos. Ainda assim, este é um tempo de bonança.

Nestes tempos de bonança, a Princesa viu serem-lhe proporcionados pela justiça, todos os meios para que em tranquilidade e paz, pudesse consolidar os laços familiares com o pai e a mãe.

Ao mesmo tempo, a justiça, num esforço muito sensato e coerente, a pensar nos superiores interesses da Princesa, ordenou que fosse reposto o seu convívio com os pais afectivos, único laço familiar conhecido por aquela criança e que se mostrou verdadeiramente vantajoso para o seu desenvolvimento harmonioso.

E o futuro da Princesa vai-se fazendo, serenamente, sem percalços, sem medidas precipitadas, mas sobretudo com quem de direito, a pensar sèriamente no que é melhor para ela.

E nesta bonança, cumpre-se no fim de semana que hoje se inicia, mais um período de encantamento – a Princesa vai passar o fim de semana com a mãe.

Estes dias tão desejados por ambas, adivinham-se de grande alegria e muita felicidade. Mãe e filha terão um tempo para reforçar os laços que já se criaram entre as duas.

E por certo não será só tempo de mimos e brincadeiras.

Passadas duas semanas de aulas, mãe e filha terão tempo para folhear os novos livros escolares deste ano lectivo. A Princesa terá também, por certo, nestas duas semanas que passaram, já folheado os livros, qual menina aplicada e ciosa dos seus estudos, e terá alguns temas em particular para com a mãe reflectir. E poderão as duas apreciar os novos materiais escolares e falar do que de novo este ano acontecerá.

Enfim, será mais um tempo de bonança para a Princesa.

E é nestes tempos de bonança que o tão pouco, como por magia, se transforma em
tanto.

E de nós todos que por aqui reflectimos, sobre os superiores interesses da Princesa, deixamos um desejo de bom fim de semana e um ano escolar cheio de sucessos.

Por Esmeralda