terça-feira, 3 de março de 2009

As dúvidas ou "não-certezas"

Esmeralda está bem. Mas estando ela bem, algumas pessoas até hoje, ainda não entendem como foi possível ser tomada tal decisão judicial. Uma decisão que foi contra todos os sentimentos que imaginamos. Não somos capazes de nos rever na alegria de Esmeralda sem uma, mesmo que pequenina sombra, da perca de todo um referencial de vida.

Este é o cerne das nossas dúvidas e até dos nossos receios.

Mas estará Esmeralda mesmo tão bem?

O que nos diz a experiência?
O que nos diz o bom senso?

Diz-nos palavras como angústia, dúvida, medo. Porque Esmeralda está todas as noites presente nos pensamentos que desfilam pelo nosso cérebro, já de olhos fechados e prontos para adormecer.

Esmeralda está bem integrada na nova família (diz-se).
Esmeralda está bem integrada na escola (diz-se).

Mas estará Esmeralda mesmo tão bem?

Esmeralda nem quer ouvir falar dos Gomes (não quer?).
Esmeralda já pergunta por Luís e Adelina (já quer?).

Mas estará Esmeralda mesmo tão bem?

E em todas as questões que são colocadas, é a observação psicológica que está sempre presente no horizonte. E o resto? Tudo o que faz parte da vida duma criança?

E o resto? Tudo o que fica antes da psicologia?

Estará Esmeralda mesmo também tão bem?

Por isso, vamos estando, ora por aqui, ora por lá. Sempre. Até que as dúvidas desapareçam. Mas sempre presentes, com Esmeralda no coração.

Esmeralda e nós.

Estes somos nós, neste espaço.
Não queremos ser conhecidos pelo nosso nome.
Não queremos pousar para a fotografia.
Não queremos dar certezas daquilo que não temos certeza.
Não queremos duvidar daquilo que não podemos provar.
Mas queremos duvidar do que foi feito, porque foi contra o nosso significado de bom senso.
E duvidamos de realidades tidas como certas, ou “ganhas”, que achamos que só são válidas em ficção.
E duvidamos porque não acreditamos.
POR ESMERALDA

63 comentários:

Anónimo disse...

À Direcção do Blog, para que sejam eliminadas algumas dúvidas:

A verdadeira mãe, confrontada com a decisão do rei Salomão, renuncia à pertença do seu amado filho preferindo entregá-lo à falsa mãe, em vez de vê-lo aniquilado.

No entanto Baltazar Nunes não se interroga, nem tão pouco se compadece, em provocar o aniquilamento do que de mais profundo e autêntico existe no ser humano que é a sua filha - a riqueza subjectiva dos vínculos gerados, desde a mais tenra idade, nos afectos e nos sentimentos do meio que a envolveu e protegeu.

Baltazar luta pela pertença desta humanidade, que não é sua, como se de uma parcela de terreno se tratasse, ou de meras águas de partilhas.

Anónimo disse...

Separação

Robertson (1953 apud Karen 1998) desenvolveu pesquisa sobre crianças de 1 a 3 anos que tinham sido hospitalizadas; observando sua reação à separação dos pais, identificou três fases de resposta da criança ao afastamento dos pais: protesto, depressão, desligamento. A primeira fase, a de protesto, ocorre logo após a separação da mãe, quando a criança fica confusa, assustada e procurando recuperá-la ansiosamente; exibe comportamentos como chorar,apegar-se e gritar. Se não consegue trazer a mãe de volta, gradualmente a criança entra na segunda fase, desespero, quando torna-se passiva, perde o interesse pelo ambiente, pela comida, só chora ocasionalmente; começa a perder a esperança de recuperar a mãe. Em internações mais longas Robertson observou uma terceira fase que chamou de desligamento, em que a criança recomeça a interagir com o ambiente, alimenta-se melhor, mas não parece ser a mesma criança: não reconhece a mãe quando esta vem visitá-la, não chora e não se mostra mais preocupada por seu afastamento.

Bowlby procurou integrar as fase de reação à separação de Robertson (idem) à sua teoria, associando a reação de protesto à ansiedade pela separação, o desespero sendo uma indicação do luto, sinal do sentido de perda e o desligamento como uma forma de defesa contra o sofrimento pela separação e perda da figura de apego.

A ansiedade de separação é vista como uma reação natural, com valor de sobrevivência, que se torna mais pronunciada na segunda metade do primeiro ano de vida do bebê, quando o sistema de apego está mais organizado e centralizado na figura materna; podem aparecer mais claramente as reações de esquiva em situações estranhas. Bowlby também acreditava que os bebês podiam viver um luto verdadeiro, portanto sujeitos a experimentar ansiedade de separação.

Em novas pesquisas, Bowlby identifica que não é qualquer separação que vai provocar distúrbios de personalidade, mas são aquelas que causam privação à criança que vão causar consequências prejudiciais.
O apego emocional e o comportamento de ligação estabelecidos nos primeiros anos fornecem um modelo internalizado das relações em que a figura de ligação assume um caráter único e insubstituível, sua permanência proporciona segurança e conforto para o indivíduo, a separação provoca distress e sua perda permanente causa sofrimento.


A convivência e a proximidade com pessoas vinculadas afetivamente produzem um sentimento de conforto e segurança que é essencial para validar o sentido de valor pessoal e pertinência do indivíduo. É parte fundamental das necessidades humanas para sobrevivência. O bebê inicia a vida desenvolvendo fortes laços afetivos com as pessoas - mãe e pai - de quem vai depender para sobreviver e, através desses laços, aprende a ver e a conviver no mundo, amparado na certeza de que é parte de um grupo fortemente ligado e, em decorrência desse vínculo, assimila os valores e padrões desse grupo inicial (Marris, 1993).


Para quem têm dúvidas sobre o que Esmeralda está a passar.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 13:42

O texto que transcreve é uma interessante e valiosa exposição do ponto de vista técnico.

No entanto, em termos mais "comezinhos", já muitas e muitas pessoas se têm pronunciado sobre as mesmas questões de maneira simples, mas sensata.

Qualquer pessoa bem formada e minimamente conhecedora do ser humano, poderá acreditar que o registo de 7 anos de uma infância ( período mais importante na estruturação da personalidade de uma pessoa) poderá impunemente ser banido, apagado, sem provocar consequências danosas?

Alguém que raciocine um pouco sem paixões ou "tiques clubísticos", acredita que , num ápice , uma criança esquece e descarta vivências afectivas, renega aqueles a quem amava e a quem devia a sua segurança e a sua tranquilidade emocional, e passa a viver num outro mundo onde reina a maior das felicidades???

Será isto mesmo possível?

A resposta poderá tardar, mas, mais cedo ou mais tarde, decerto a iremos ter.
De momento, tudo isto mais me parece a transcrição de uma espécie de lua-de-mel forçada.

No entanto, sinceramente,o que todos desejamos é que as nossas dúvidas não se concretizem em resultados que potenciem mais sofrimento para esta criança.
Desejamos, sim, que ela ultrapasse tudo isto o melhor possível e que prossiga a sua caminhada nesta vida com a maior tranquilidade e harmonia!

Mª da Conceição

Por Esmeralda disse...

Cara Maria da Conceição,

Comungamos as mesmas preocupações, motivo bastante para as dúvidas tão óbvias.

Mas apenas nos debruçamos sobre o aspecto psicológico de Esmeralda.

E o que vem antes do psicológico? Todos vamos ter que olhar com mais acutilância para as informações que vamos recebendo.

Vamos continuar atentos.

E desejamos que Esmeralda esteja bem e seja feliz. E que o pai tenha forças para a apoiar nestes tempos mais próximos que hão-se ser importantes.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Quando uma criança se vê entre estranhos e sem as suas figuras parentais familiares,ela não só se vê intensamente aflita nesse momento,mas também as suas relações subsequentes com os pais ficam comprometidas pelo menos temporariamente.

O comportamento observado em crianças,após episódios de separação fisica,pode apresentar uma de duas formas:desligamento emocional,ou,aparentemente oposta,a implacável exigência para estar perto da mãe.De qualquer forma,quando-como é habitual-o comportamento de ligação é reatado a criança mostra-se mais apegada do que antes da separação.

De qualquer forma,é comprovadamente útil o postulado de que,em cada tipo de caso,o comportamento perturbado do adulto
representa uma persistência ao longo dos anos,de padrões desviantes do comportamento de ligação que se estabeleceram em consequência do rompimento de vinculos afectivos durante a infância.

Anónimo disse...

Comungo dessas dúvidas ou não-certezas de que falam os autores do blogue.

Aliás, qualquer pessoa de bom senso ,com alguma experiência de vida e, sobretudo, conhecendo o percurso desta criança, interrogar-se-á também:

Será que está tudo a correr mesmo bem?
Será que a "propaganda" à grande felicidade e bem-estar desta menina corresponde à realidade?
Será que, quando as coisas correm assim tão bem, é preciso tanto alarde e tanta insistência em referir a plena integração familiar , o óptimo relacionamento , o bom aproveitamento escolar,etc.?

Será que a menina rejeita mesmo, (nem querendo ouvir falar), as pessoas que foram os únicos pais com quem privou durante quase 7 anos?(como alguns dizem com evidente prazer)

^Quem convive com ela e conhece o seu passado não estranhará uma reacção destas?
Ou a coisas não são bem assim?

Entretanto vão surgindo outras indicações.
Serão apenas aquilo que vulgarmente se designa por "diz que diz"...ou terão algum fundamento?

Será que uma criança desta idade tem já uma capacidade tal em refrear os seus sentimentos , de modo a que tudo na sua nova vida pareça um mar de rosas?
E será que o bom senso nos diz que devemos acreditar nesse mar de rosas...sem espinhos?

Enfim...realmente, algumas interrogações, assim como também muitas dúvidas, estarão a ser postas por quem acompanha este caso.

Entretanto,para quem passou a fazer parte da vida desta menina, tudo gira à volta de um sucesso plenamente atingido:
As certezas são veementemente defendidas;
As vitórias freneticamente reclamadas;
A simples alusão ao passado...
escarnecida;
A vivência anterior...desprezada;
Os protagonistas de 7 anos de afectos...insultados;

Tudo isto num caldeamento tal, que mais me parece um filme a roçar o surrealismo!

Esperemos, pelo menos, que seja um filme com um final feliz!

Anónimo disse...

Ao cuidado da Direcção:

Penso que é uma má estratégia não divulgarem o nome dos responsáveis do blogue.

Não é uma questão de posar para a fotografia ou não. Trata-se de ter um mínimo de credibilidade.

Eu, por exemplo, gostaria de ver o nome do Dr. Villas-Boas como responsável por este blogue.

Joana Ferreira

Anónimo disse...

Olhe Joana,realmente o dr Villas Boas,é uma pessoa que ao longo dos anos têm demostrado,de modo altruista,sem interesses politicos ou ânsia de destaque,um trabalho maravilhoso,em prol das crianças mais desprotegidas.
Bastaria a alguns dar uma espreitadela,ao refugio Aboim Ascênsão,para vêr que ali não conta só uma criança,contam todas aquelas que precisam de um colo ,amor e amparo.

E olhe Joana,posso até estar a cometer uma injustiça,mas a mim parece-me,que a conheço de outras paragens,e que você veio aqui,tentar tirar "nabos da púcara".
Pois,se é muito curiosa,vai continuar a sofrer,porque embora eu gostasse da sua idéia,nada sei,mas ainda que soubesse,não diria.

Sabe,é que andam por ai uns ou umas J,comentadores assiduos,de blogues,onde falar mal,ofender,rebaixar,é o prato do dia.

Mas astutos,sabem que com maus modos nada conseguem,então de vez em quando,fingem que são civilizados,para levar a sua avante.

Pois eu posso estar enganada,em relação a si,mas prefiro estar enganada do que ser enganada!

Anónimo disse...

Bom Dia,

Subscrevo integralmente as palavras de Joana Ferreira.

Não devem ter receio de se expor se, como dizem, a VERDADE está do vosso lado além de que é uma enorme contradição pois foi a Família Gomes que inundou a Comunicação Social com este caso ou já se esqueceram?...

Anónimo disse...

Ainda, a decisão do tribunal de Torres Novas de 2004 do caso (ESMERALDA) e consequente entrega ao Sr.Baltazar...................

Aos Legalistas ,Formatados e Absolutistas das Nossas Leis.

Vos digo o seguinte: Eu ,já li ou ouvi dizer algures,que a Lei de Adopção de crianças diz . Que o progenitor ou progenitora ,que esteja ausente durante ou mais de seis meses dos seus filhos ou filhas deixa de ter qualquer direito sobre os filhos ...........

A ser assim a decisão do tribunal de Torres Novas , de entregar a ESMERALDA ao Sr. Baltazar foi um erro judicial ..................

A entrega da ESMERALDA ,seguindo o raciocínio dos ditos Legalistas só poderia ser entregue à sua Mãe Dª Aidida ,requerente no processo da guarda da ESMERALDA...............

Aos detractores da dignidade da Dª Aidida ,vos digo oxalá que todos os meus mais ,próximos durante toda a sua vida reprodutiva saibam sempre quem são os progenitores dos seus FILHOS.............

Como sempre afirmou e garantiu a Dª Aidida ,obrigado pela sua lição que nos Deu...............

Acredito e é possivel quando diz que o seu ,relacionamente com o Sr. Baltazar foi um namoro e não uma relação casual ,como apregoam os ditos detractores.


subscrevo-me: alvaro da florência murraças....s.m.do.porto.alcobaça.

4/03/09.........................

Anónimo disse...

Psicologia, alegria, felicidade, desenvolvimento escolar, ...

E cuidados de higiene, alimentação, outros básicos?

Já leram as mensagens?

Ana Maria

Anónimo disse...

Cara Joana Ferreira:

A identidade das pessoas que dirigem o blogue é de somenos importância., pelo menos para mim.

Importante, isso sim, é a postura dos mesmos e o tipo de intervenções que permitem aqui serem publicados : correctas, cívicas, educadas, sem ofensas e insultos ...embora por vezes, com opiniões discordantes do fio condutor deste espaço.
Não é preciso saber da identidade porque não se está num Tribunal, não se está a incorrer em processos-crime...que eu saiba!
Nunca vi por aqui, actos que potenciassem esse tipo de "ameaças".
Aliás , as pessoas que tanto se preocupam com isso da identidade, parece-me que só pensam nesses aspectos com os olhos direccionados para essa vertente de "processo-crime", "Tribunal",
"julgamento","condenação",
"indemnização"...enfim...por aí fora.
Até parece que voltamos ao tempo da "outra senhora" com atitudes de perseguição por parte de organizações policiais que, penso, toda a gente, hoje, abomina.

Já o mesmo não se passa num outro blogue onde impera o insulto, os termos agressivos, os apelos à retaliação...e está devidamente identificado o autor!
Por isso, afinal, qual é a mais valia da divulgação de uma identidade?

Não nos basta saber que são seres humanos com carácter?
Não basta ver que se identificam com os nossos pontos de vista?
Não basta reconhecer que são pessoas correctas e sensatas?
Então?!

Ou, quem tão insistentemente bate nessa tecla da "identidade", gostaria de a saber para ter mais um alvo de escárnio e mal-dizer?!
Para mim, assim, está bem!
O que define o carácter de uma pessoa são os seus actos e não o nome que lhe colocaram na certidão de nascimento.

Quanto ao sr. Dr. Villas Boas é uma pessoa extraordinária ...mas, já o vi muitas vezes ser mencionado de maneira insultuosa e vil num outro espaço que se diz defensor de Esmeralda e Baltazar.
E pasmei de indignação!
Só porque o Dr. Villas Boas defende outro rumo desta história , que considera menos doloroso e mais feliz para a pequena Esmeralda, é atacado...pertence ao tal "cortejo de idiotas" com que o sr. Dr. Cândido "mima" pessoas que não pensam como ele.

Pois, eu, que não conheço este último sr. Dr. a não ser de lamentáveis e indecorosas entrevistas que deu a cadeias de tv , onde o ataque e o insulto ao casal Gomes era o objectivo ...digo-lhe, Joana, conheci o sr. Dr. Villas Boas numa visita que fiz ao refúgio Aboim Ascenção .
Aqui, sim, aqui se tem uma prova do carácter de um Homem , que se revela pela extraordinária Obra que nos é dado conhecer e nos deixa encantados!
Por acaso, esse Homem Chama-se Luís...mas isso importa? Poder-se-ia chamar Manuel ou José...teria o mesmo valor.

Mas, quanto a ele fazer parte deste blogue, isso não me parece possível, pelo simples facto de que o Dr. Villas Boas não deve ter tempo disponível para este tipo de coisas.
Se educar uma criança não é "pêra doce" (como diz o Povo), imagine quem tem tantas crianças à sua guarda e sob a sua responsabilidade!

Joana, são as obras que contam...não a identidade de quem as pratica!

Seja bem-vinda a este espaço!

Eu, pessoalmente,(que também não sei a identidade dos responsáveis por ele), gostarei sempre de ler as suas opiniões, que serão naturalmente válidas, mesmo que possam não se "identificar" totalmente com as minhas.
Basta, apenas, serem intervenções feitas com educação e civismo...o que, acredito, seja a postura da Joana!

Mª da Conceição

Anónimo disse...

Boa tarde, Natércia.

Li as suas palavras e fiquei verdadeiramentre estupefacta com a injustiça e o despautério das mesmas, uma vez que não me conhece de lado nenhum.

Nunca, na minha vida, assinei como J, fosse lá para o que fosse.

Falso testemunho é uma coisa muito feia, Natércia. Não é desta maneira que devem tratar os próprios apoiantes da petição. Não é desta maneira que cativam apoios para esta causa.

Quanto ao Dr. Villas-Boas, penso que seria uma boa opção para liderar este movimento, caso ele aceitasse e dado que tem créditos firmados na defesa dos direitos das crianças.

Cumprimentos.

Joana Ferreira

Por Esmeralda disse...

Cara Joana Ferreira,

A identidade dos participantes neste Blog diz respeito a cada um. Se acharem que devem divulgar ou que não devem divulgar, é da sua própria responsabilidade.

Esclarecemos que para participar neste espaço de reflexão tem que satisfazer afirmativamente o 1º critério de selecção e que diz "Por Esmeralda?". Se sim, pode participar, se não, agradecemos mas em princípio não estamos interessados.

Portanto, é tão simples como o que acabou de ler. Se porventura achar necessário esclarecer mais alguma dúvida, poderá sempre perguntar.

A Direcção do Por Esmeralda

Anónimo disse...

Boa tarde Joana.
Se reparar ,comecei a minha anterior intervênção,alegando que poderia estar a cometer uma injustiça,e se assim o é ,desculpe o meu despautério e a minha forma injusta de me dirigir a si.

Mas agarrando um pouco,nas palavras do meu antecesssor.que necessidade é essa que têm, de saber a identidade dos responsáveis do blogue.

É até curioso vêr,que o seu comentário,teve logo um apoiante.
Sem querer pôr em causa a veracidade do que diz,saiba,que eu já ando aqui ao tempo,e nunca tal coisa(identidade dos responsáveis)me deu que pensar,ou preocupação.

Ou a Joana nunca ouviu o ditado que diz"Que a tua mão esquerda não saiba,o que fizeste com a direita"ou seja,nem todos têm necessidade de reconhecimento pelo bem que fazem,quem age de modo voluntário e altruista,não necessita de ser enaltecido e glorificado.Pelo contrário prefere o anonimato.

Portanto Joana,se realmente o seu interesse é Esmeralda e o seu bem estar,não se preocupe com mais nada,porque os que aqui andam ao tempo,não têm feito outra coisa.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Ao blogue por Esmeralda.

Se há coisa de que me orgulho,é da minha memória fotográfica.
Eu sabia que o nome Joana Ferreira não me era estranho,porque tinha a certeza que o vira escrito,e não foi só uma vez,e não fora por coisa boa.
Gostaria que os responsáveis pelo blogue,dessem uma espreitadela á petição,assinatura 1074.

Como eu sei que a mentira têm pernas curtas,e que Deus existe,andava eu á procura do meu nome ,que lá está,quando"surpresa ou talvez" não dou de caras com a Joana Ferreira,que deixou lá essa prenda, e a partir dai muitas outras,e é dai que me lembro do nome.

Quado a esmola é muita,o pobre desconfia,a Joana devia saber isso!!!

Anónimo disse...

Para a Natércia...apenas o meu sorriso...que foi a atitude espontânea e imediata que me surgiu, após a leitura do seu comentário das 15:56.

:))))


Mª da Conceição

Anónimo disse...

A questão que escandalizou e revoltou o país prende-se com a violência da sentença, unicamente baseada na frieza dos códigos penais e, ainda por cima, segundo alguns juristas, passível de interpretação jurídica diversa, para já não falar na realidade familiar e afectiva do caso. Na realidade, não se compreende como não se atende ao facto do “réu” e sua mulher terem recebido a criança com meses, a terem criado até aos 5 anos actuais e serem, por todos quantos os conhecem, considerados pais exemplares para a Esmeralda. Todos invocam que, acima de tudo, está a criança. Pergunto aos Senhores Juízes de Torres Novas, ao Sindicato dos Juízes, ao Baltasar e ao advogado do Baltasar, que não são psicólogos, nem psiquiatras, nem técnicos de Serviço Social com experiência destes casos, qual é o melhor para esta criança: retirá-la de quem ela considera os seus pais e entregá-la a um desconhecido, pai biológico (Baltasar)? Ou mantê-la como está, junto de quem ela sente serem os seus pais reais e calmamente prepará-la para, no futuro, vir a conhecer os seus pais biológicos? Os juízes e o advogado de Baltasar só referem os direitos do pai biológico. E os direitos da mãe biológica que a cuidou, durante nove meses, na “barriga”, que a deu à luz e que tudo fez por ela nos primeiros meses, até a entregar ao Sargento Luís e sua mulher? Os seres humanos não são somente, como os considera a biologia, um conjunto organizado de células e de moléculas. O que é isso de pai biológico? É o que deu ou emprestou o espermatozóide responsável pela procriação? E o resto e mais importante, o amor, o carinho, a presença, o acompanhamento, os cuidados, a educação, o sofrimento, o sacrifício?
Os juízes que todos devemos respeitar e ajudar na sua difícil missão não podem viver desligados da realidade social, da família e da sociedade. O Direito e os agentes que o aplicam existem para servir a sociedade e os cidadãos. Quando as leis não servem a comunidade para que foram feitas, não prestam e devem ser mudadas. Da mesma forma, quando os agentes da justiça não a sabem aplicar, são incompetentes e devem ser substituídos. Na Medicina, está na ordem do dia a humanização da assistência, dos cuidados médicos, do relacionamento com os doentes e suas famílias. E nos Tribunais? Não deverá haver humanização? Creio que as respostas a estas questões estão, seguramente, na consciência humana, moral e profissional de cada um. E também estarão no seu Código Deontológico.
Jacqueline Lagrée, ao analisar o Código de Deontologia Médica, sublinha que “O seu objectivo não é, somente, nem mesmo propriamente, ético, mas funcional e utilitário” e acrescenta: “A deontologia é um discurso (logos) que diz como cada actor se deve (déon) comportar, para evitar conflitos entre os agentes e as disfunções de um sistema”. A Justiça necessita de ser justa e credível, para ser convincente, e quem faz essa análise não são os Inspectores Superiores, nem os Sindicatos, nem os mais altos Magistrados, nem os Procuradores, nem o Governo, é o senso comum, os cidadãos, o povo. Se este não acreditar na Justiça, nada nem ninguém conseguirá impô-la, por mais correcta que seja, científica e tecnicamente.
O Dr. Miguel Veiga, conhecido advogado portuense, homem da cultura e das artes, citando um autor, usa dizer. “O jurista que só sabe de Direito, nem de Direito sabe”.
Os pais afectivos (ou do coração) da Esmeralda, o Sargento Luís Gomes e sua mulher, merecem a minha enorme admiração e a minha total solidariedade. Os pais biológicos, Aidida e Baltasar, merecem perdão e ajuda psicológica e cívica. Em relação aos Juízes do Tribunal de Torres Novas, sujeitos a uma crítica generalizada no país, e, provavelmente, a viverem momentos menos bons, o desejo que ultrapassem esta situação difícil.
O Professor António Damásio, Mestre em Neurociências, afirma, num dos seus últimos livros, que “Do homem, como objecto de misericórdia, passou-se ao homem como fenómeno biológico e chegou-se ao homem como objecto de análise”. Com todo o respeito, não será esta análise do ser humano, no seu todo, que faltará a alguns Senhores Juízes?

Anónimo disse...

A meu ver para a Esmeralda e tendo por base as ciências humanas e sociais, deveria ser decretado o exercício do poder paternal partilhado pelos pais adoptantes ou afectivos e pelo pai biológico, tal como se tratasse de um casal normal que se divorcia e em que ambos partilham e são responsáveis pelo desenvolvimento e educação do filho, estando sempre presentes os interesses e o desenvolvimento equilibrado da criança.

Este poder paternal partilhado deveria verificar-se, não por um pequeno período de tempo, mas até aos 10/12 anos de idade e nessa altura seria a Esmeralda a escolher, em tribunal de menores, com quem desejaria viver a sua adolescência.

É certo que mesmo nesta idade estamos longe de conseguir tomar decisões realistas e assertivas, mas será o peso da dedicação, do amor, da relação afectiva que entretanto tivesse sido construída entre a criança e os adultos em causa, que nessa altura, jogaria a favor da decisão da Esmeralda, que até poderia ser a continuação da situação existente (poder paternal partilhado).

Por outro lado este período de tempo permitiria ao pai biológico desenvolver capacidades paternais, uma vez que este tipo de competências não é inata ao ser humano, desenvolve-se na interacção ou relacionamento que se estabelece entre filhos e pais ou prestadores de cuidados.

Neste momento aos 6/7anos de idade a Esmeralda é suposta viver a sua segunda transição imprevista, será novamente retirada da segunda mãe (da mulher que para ela desempenha esse papel) e é novamente colocada num outro contexto familiar, com outro pai e outra mãe, com quem não se estabeleceu o processo de vinculação (apego ou elo que se constrói até aos oito meses de idade entre a criança e o seu prestador de cuidados e que é determinante no desenvolvimento global do indivíduo) e que só num passado muito recente começaram a fazer parte das suas representações mentais, o que indiscutivelmente irá afectar as suas rotinas, o seu “modus vivendi”, requerendo da Esmeralda o desenvolvimento de competências de adaptabilidade que devido á estrutura mental própria dos cinco anos, poderá ser um processo acompanhado por muitas lágrimas que significam sofrimento e nestas situações as crianças acabam por ser sempre as mais penalizadas. Ora, se alguém tem que sofrer no meio de tudo isto, que sejam os adultos ( pois são estes que certamente apresentam mais resiliência, ou seja, a capacidade que permite melhor resistir a situações adversas de vida) e não a criança.

Esta segunda transição ou mudança pode revelar-se muito traumática para a pequena Esmeralda, podendo mesmo provocar graves défices a nível emocional e afectivo, traduzidas a curto prazo num baixo desempenho escolar e num fraco relacionamento interpessoal (crianças conflituosas ou crianças isoladas nos recreios das escolas, incapazes de interagir com os colegas…) e podendo reflectir-se posteriormente na adolescência e até na vida adulta na forma de uma inadaptação social, com todas as consequências que daí advêm para o desempenho dos vários papeis inerentes ao ciclo de vida e dos quais depende a qualidade de vida das pessoas.

Assim, fará todo o sentido a revisão de uma sentença judicial tão controversa e perante a opinião unânime dos especialistas que se têm pronunciado, indubitavelmente não serei a única a colocar em causa a cientifícidade dos pareceres que foram emitidos, o que só vem demonstrar como as nossas vidas muitas vezes dependem de duas linhas mal escritas…

Anónimo disse...

Ao Anónimo das 19:24

Um belo texto, realista, inteligente, sensato!

Permita-me apenas acrescentar um pequenino pormenor que, no desfecho deste caso, fez toda a diferença, do meu ponto de vista.

Não se trata de desrespeitar a função de Juíz ou Magistrado,antes pelo contrário, é um trabalho que nos deve merecer a maior das considerações.

No entanto, eu, que nada percebo de Direito/Magistratura, tenho ouvido em debates com intervenientes nesta área a referência à forma, e principalmente, ao tempo que é dado à formação de juízes, hoje em dia.

Antigamente, segundo ouvi, chegava-se a Juíz depois de muita "tarimba " em Tribunais e em processos complicados.
Parece que hoje, um licenciado em Direito não tem grande dificuldade em quase imediatamente ingressar no tal curso que forma os Magistrados.

Isto tem como consequência que hoje temos juízes a julgarem causas complexas, delicadas, com cerca de 30 anos e, consequentemente, sem experiência de vida que lhes permita olhar os casos para além do que está escrito no livro ou na sebenta do curso.

Segundo parece, foi uma srª juíza desta idade que , num ápice, e ignorando os relatórios dos técnicos intervenientes no processo, sentenciou o cumprimento do estabelecido nos tão citados Acordãos, sem mais delongas!
E assim "arrumou " o caso.

Vale-nos o facto de, por essa atitude, ser elogiada pela parte "queixosa" como a paladina da competência, da aplicação da justiça e, sobretudo, um exemplo da mais brava e destemida coragem !!!

Anónimo disse...

Ana Maria.

Vejo que também deve ter percebido qualquer coisa de estranho no comentário da direcção do Blog, quando da 2ª visita de Aidida e na última mensagem.

Pareceu-me que são expressas dúvidas ou preocupações sobre os cuidados básicos a ter com uma criança. Espero estar enganado. Se tal se vier a confirmar espero que seja a Escola a alertar para uma situação tão grave. Se assim não for estaremos mais uma vez perante um episódio lamentável a acrescentar a tantos outros com que este caso já conta.

E lembro a todos os envolvidos ou que com a criança convive, quer na escola quer em casa, que não podem lavar as vossas mãos nem as vossas consciências se algo grave vier a acontecer.

Anónimo disse...

Li atentamente os muitos comentários sobre as dúvidas e incertezas e ainda que já seja muito tarde não resisto a saudar todos os que assinando como anónimos ou com seu nome, escrevem aqui, e gratuitamente nos ensinam de uma forma mais teórica ou mais concreta o que significa, AMAR,ENTENDER,DESCOBRIR NOS PORMENORES MAIS SIMPLES OU MAIS ESCONDIDOS, COMO PODE REAGIR UMA CRIANÇA, NUMA SITUAÇÂO ESTRANHA E FORA DO SEU MUNDO HABITUAL.
CLARO QUE FALAMOS SITUANDO-NOS na ANA FILIPA (Aqueles para quem ela já faz parte das nosas vidas e como já muitas vezes o disse "ELA É JÁ UM BOCADINHO DE TODOS NÓS" não se importam que eu a trate assim pois não? Pois para mim será Ana Filipa, mas respeitarei que alguns gostem ou teimem em apresentá-la como Esmeralda. Se o problema fosse esse... e como alguém já mencionou os meus comentários só
terão credibilidade quando eu deixar de a chamar por ANA FILIPA.
Talvez Esmeralda ligue melhor a joias e joias ligam ao poder e ao dinheiro, Será por isso? Então se me permitem ,assunto arrumado, um dia destes começo a tratá-la pelos nomes mais doces que sempre tratei os meninos que já ajudei a crescer.
Por vezes fazia com eles uma espécie de concursos...Eu começava:
Quem é o meu pastelinho..... e ele ou ela dizia ..de nata... e tudo o que era doçura se expressava nas brincadeiras e nunca nenhum dos 5 que criei se ofende quando ainda hoje chamo a cada um NOME TERNO E DOCE. E sabem tenho uma sobrinha (por afinidade) que até muito tarde, já andava no Liceu e quando atendia o telefone era sempre a
"TINOCA AMOR"
Quanto á curiosidade de quererem a identificação dos directores do BLOGUE confesso que me ri.
Façam pois um exercicio complicado:
Porque será que querem conhecê-los?
Será que têm medo que seja algum vizinho? E se é mesmo? E se é alguém que trabalha perto de nós?
E se é alguém da escola dos nossos Filhos? E se é alguém que vai ao nosso local de culto? Sim à nossa Igreja? E se o sr.Padre também está
com este grupo de gente igual a tanta gente, capaz de dar tantas horas da sua vida, capaz de abraçar uma causa tão nobre que é apenas uma MENINA DE SETE ANOS que está a sofrer e que, apenas querem e queremos que cresça feliz junto dos que sempre amou e aprenda sem medos nem coacções a amar devagarinho estes novos;porque estes SIM a tiraram abruptamente do seu ninho, e por muito que lhe dêem, o NINHO QUE ELA CONSTRUIU CONTINUA INTACTO ONDE A ANA FILIPA O DEIXOU.
E quer queiram quer não o NINHO NÂO SE CONSTROI de um dia para o outro e os seus PAIS LUIS E LINA O
CONSTRUIRAM COM ELA.
Só uma pequena nota verdadeira e real. A minha pequenina que vem passar muitos dias e fins de semana comigo, tem cá muitos objectos pessoais. Ainda neste fim de semana foi lavar as mãos e quando eu lhe dei a sua toalha ela foi buscar a minha e disse-me"mamã quero limpar à tua porque tem o teu cheirinho e eu tinha saudades".E agarrou na toalha e encostou-a á sua carinha.É apenas um pequeno exemplo que serve como para termos a certeza de que antes da psicologia HÁ A VIDA QUE SE VIVE E QUE SE SABOREIA SE NOS DEIXAREM SABOREAR: SEM MEDOS, COM PLENA LIBERDADE DE EXPRESSÂO E SÒ NESTA ATITUDE O AMOR DE UMA CRIANÇA
PODE BROTAR INTEIRO E SEM LIMITES.

Mas...voltando ao dia de ontem 4/3
ouvi no jornal da uma da tarde que parece que fizeram um minuto de silêncio e de paragem num Centro Comercial creio que em Lisboa, pelo sofrimento das crianças no Mundo.Apanhei a notícia já no fim,
mas sei as figuras conhecidas que vi: Eram políticos,de alguns partidos representados na Assembleia da República, eram apresentadores de televisão, era gente da comunicação social, eram caras conhecidas que curiosamente ao som de um toque pararam e durante um minuto ficaram pareciam
estátuas.
Talvez alguns daqueles que vi e que
responderam a um apelo de uma organização não governamental ONG,
quem sabe se nos virá ler e será capaz de gratuitamente falar alto e dar a sua cara pela causa da ANA FILIPA? Não se mostraram nas Câmaras da TV pelas crianças que sofrem? Pois ´convido-os a juntarem-se a nós e engrossarem este grupo que não tem passadeiras
vermelhas, não usa fatiotas dos grandes estilistas, não tem microfones para fazer ouvir a nossa voz, e sobretudo para aqueles que têm o nosso voto, esses sim têm estado esquecidos deste tema que Dói a quem vive o presente e teme o futuro da ANA FILIPA. Porquê quererem ver escrito o nome do dr Luis Villas Boas. ESSE E OUTROS TEMOS nós a certeza que não dormem muitas noites porque nas suas vidas abraçaram causas como ESTA. AGORA O QUE ME SURPREENDE é O SILÊNCIO DE OUTROS QUE SENDO GENTE
CONHECIDA, "FAMOSA" DEFENSORES DE TANTAS COISAS PARECE QUE TÊM MEDO...
Pois deixo-vos nesta noite com a minha tristeza e interrogação?
Em geito de Afirmação, o que me DOI
MESMO A ALMA É O SILÊNCIO DOS BONS!

Por Esmeralda disse...

Maria de Lourdes,

Como aqui já foi dito - a identidade de cada um é da sua própria responsabilidade. E não será um nome sonante que trará coerência e dignidade a este espaço de reflexão.

Por isso, quem quiser pode-se identificar e quem não quiser, a isso não será obrigado.

Somos assim. Somos livres. Estamos aqui até que não restem dúvidas que Esmeralda está realmente bem.

Proponho-lhe um desafio:

Já vários comentários referiram as preocupações com os cuidados básicos que se devem prestar a uma criança, antes da psicologia. Uma vez que nas suas atribuições profissionais trabalha com crianças, quer desenvolver algumas reflexões sobre esse aspecto da educação duma criança?

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Sou pai de um menino adoptado LEGALMENTE. Finalmente já esperava este desfecho. Devolverem a menina a Baltazar já pecava pela demora. A mãe biológica também tem os seus direitos e não sei que se vai passar agora, mas pelo menos a menina já está entregue a quem de direito. Quanto ao Sr. Gomes e senhora, provávelmente devem estar a passar um mau bocado mas também porque foram longe demais quando não o deviam ter feito. Uma falta de senso incrível levou-os a isso. Agora só me resta dar-lhes um conselho, façam como eu. Candidatem-se e cumpram a "via sacra" da adopção. Dentro de uns anos pode ser que tenham de novo uma criança a quem dar amor. E até pode acontecer que seja rápido... até têm amigos dentro do assunto. Eu não tive. Obrigado

Anónimo disse...

Anónimo das 13,53

Acha que o disse tem alguma consistência?

Já por aqui alguém comentou que Esmeralda é só uma e essa não pode ser substituída por outra criança.

Além de que a preocupação não é pelos Gomes, mas por Esmeralda.

Depois, diz bem que os Gomes têm amigos. Mas esses amigos não lhes vão abrir as portas para uma adopção porque tal como eles, estão demasiado preocupados com Esmeralda. Isso é que importa por estes dias.

Ana Maria

Anónimo disse...

O que eu disse tem muita consistência. Só assim poderão o Sr. Gomes e mulher ultrapassar a alhada em que se meteram.
É claro que a Esmeralda é só uma, mas está entregue ao pai e não há nada a fazer, a não ser que queiram criar mais instabilidade na pequena.
Ou então, eu ainda não percei o que está em jogo.
Se estão preocupados com Esmeralda, que querem resolver quanto a isso?? Isso é que eu não entendi ainda.

Esmeralda não pode ser substituída. É uma verdade.
Mas têm que convencer-se que está com o pai e não há volta a dar-lhe.
Por isso ...

Anónimo disse...

Anónimo disse 5 de Março de 2009 13:53

Resposta a este sr Anónimo.


As pessoas não são substituivéis,no nosso coração há espaço para todos os que amamos.


Eu nunca ouvi um pai ou mãe,que perdeu um filho,dizer que ia arranjar outro para substitui-lo,ou se têm mais filhos,que os que ficam, vão ocupar o lugar do que partiu.
O que se sabe,é que essa perda nunca é superada.

Oxalá,nunca os que falam assim sintam uma perda dessas.

Portanto sr Anónimo,caso lhe tirassem o seu filho adoptado LEGALMENTE,era isso que o sr faria?

Adoptaria outro filho,LEGALMENTE,
para pôr no lugar desse?

Use de empatia,que é coisa que muitos,não sabem o que signica!!!

Anónimo disse...

Aí é que está toda a diferença. Enquanto eu adotei legalmente e posso dizer que tenho um filho adoptivo, e ninguém nem nenhum Tribunal mo pode tirar, o Sr. Gomes e mulher não podem dizer o mesmo. Não podem dizer que Esmeralda é sua filha adoptiva, por isso cai por terra toda a argumentação da Srª. Natércia.
Nem aqui se pede para o Sr. Gomes substituir Esmeralda por outra crinça.
Eu disse que desta vez poderiam adoptar legalmente, dado que nunca o fizeram.
Estão a fazer um braço de ferro com o quê? Legalmente Esmeralda está com o pai e ele nunca abdicará dela e não há nenum Tribunal, nem Português, nem Europeu, que possa mudar o rumo dos acontecimentos.
Porquê?
Porque não existe adopção "legal".
Isto faz toda, mas toda a diferença.
Não é caso de usar de "empatia", porque issoi não resolve nada da situação.

Anónimo disse...

Esmeralda não pode ser substituída. É uma verdade.
Mas têm que convencer-se que está com o pai e não há volta a dar-lhe.
Por isso ...

5 de Março de 2009 14:24

E pelo facto de estar com o pai,tem que abdicar daquilo que sente ,por duas pessoas que amaram,cuidaram ,preocuparam,resumindo,fizeram tudo para que fosse aquilo que é hoje ,e que tão rasgados elogios têm merecido do padrinho e restante familia.

O sr diz"É claro que a Esmeralda é só uma, mas está entregue ao pai e não há nada a fazer, a não ser que queiram criar mais instabilidade na pequena.
Ou então, eu ainda não percei o que está em jogo"

Pois ai é que está,o sr não percebeu que isto não é um jogo,de agora ficas tu,agora quero eu.
Tata-se de um ser indefeso que teve de renuciar ao amor por seus pais´porque assim foi decretado.

Acha que pode haver instabilidade maior?

E quando diz que não há nada a fazer,essa é a sua opinião,porque sempre ouvi dizer,que enquanto há vida há esperança.

E a minha assim como creio,de outras pessoas é que esta criança ,encontre estabilidade,por se relacionar com todos os que a amam.

Que as coisa podiam ser diferentes
isso todos sabemos,mas não vale a pena remoer o passado,porque o que aconteceu não pode ser apagado.

Importa sim olhar o futuro e o futuro só viável,se o presente for estuturado com bases sólidas.

Anónimo disse...

Não discuto mais. Há opiniões e opiniões.
A minha é que quem está a criar agora instabilidade à Esmeralda são os que querem afastà-la do pai.

Diz a Srª. Natércia queo que aconeceu não pode ser apagado. É verdade. Mas pode ser corrigido. E, em vez de corrigirem, estão a complicar, a criar mais instabilidade. Não é assim que demonstram ter amor a Esmeralda.

Por Esmeralda disse...

Caro Anónimo,

Esmeralda foi entregue ao pai biológico por ordem do Tribunal. Luís Gomes e Adelina Lagarto perderam todos os direitos para com a menina. Não podem sequer com ela conviver ou visitar.

Esmeralda, aos três meses de idade foi ignorada/abandonada pelo pai. Será que o pai sabe como lhe vai um dia mais tarde explicar donde nasceu tanto amor?

Esmeralda foi recolhida por Luís Gomes e Adelina Lagarto, que por um infortúnio da vida não podiam ter filhos naturais. Deram-lhe uma história de vida de sete anos, com tudo o que era necessário, que agora lhe foi abruptamente retirado.

Luís Gomes e Adelina Lagarto têm consciência que em certos momentos não agiram de forma correcta, sentindo-se inclusivé responsáveis por alguns dos problemas que Esmeralda esteja a ter.

Por isso, agora condenados e a cumprir pena, estão silenciosamente e ansiosamente, a aguardar que pelo menos seja permitido a Esmeralda reencontrar o seu passado e com ele possa conviver.

Todos os seres humanos têm um passado, um presente e um futuro.

Todos os seres humanos têm amigos.

Nós, neste espaço, somos todos amigos de Esmeralda, daí a nossa preocupação pelo seu bem estar, físico e psicológico. E porque não concordamos como se processou esta troca de identidade e família a uma criança tão jovem, vamos estar atentos a algumas consequências menos boas que possam a acontecer.

Mas note bem: não afirmamos que algumas consequências menos boas possam acontecer. Estamos apenas atentos e preocupados.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Se são amigos de Esmeralda deixem-na estar sossegada por enquanto, pois parece estar muito bem. Pelo menos sabemos que está a ser acompanhada por uma óptima profissional que foi nomeada pelo tribunal.
Quando Esmeralda quiser ver o casal Gomes, esse direito não lhe será negado, a Dra. Ana Vasconcelos não permitiria, disso tenho a certeza, mal seria se assim não fosse, se não pudéssemos confiar no seu trabalho.
Quanto à recua de Esmeralda em ver o casal Gomes, a ser verdade, só ela e o casal podem saber porquê.
Deixem-nos que a própria Esmeralda há-de resolver isso, afinal ela não vai ficar criança para sempre.
Queria só dizer que as crianças têm capacidades surpreendentes de se adaptarem a situações novas.
Não há razões para preocupações, Esmeralda está bem acompanhada, tem um bom pai a olhar por ela, e uma boa família onde está cada vez melhor integrada. Até tem uma avó chamada Esmeralda.
Um dia, ela há-de compreender tudo o que se passou à sua volta e acredito que não haverá mágoas para ninguém, pois Esmeralda precisa de ser feliz.
Para já não há volta a dar.
Haja calma, pelo bem de todos.

Anónimo disse...

Quanto à recua de Esmeralda em ver o casal Gomes, a ser verdade, só ela e o casal podem saber porquê.

5 de Março de 2009 16:47


A este anónimo ,gostaria de perguntar,se ele de viva voz,ouviu
Esmeralda dizer,que não quer vêr o casal.

Ou se foi alguém que lhe soprou ao ouvido?

Se ele se dignar a responder,eu agradecia,e manifesto desde já o meu agradecimento!


Ana Rita.

Anónimo disse...

Para o Anónimo das 16:47

Diz para deixar Esmeralda sossegada por enquanto, pois "PARECE" estar muito bem.

Pois parece como diz, mas será que está mesmo?

Diz que quando Esmeralda quiser ver o casal Gomes, esse direito não lhe será negado.

Acredita mesmo que isso é verdade? pois eu não.

Quando a menina foi entregue ao pai,nesse mesmo dia o Srº Baltazar disse á porta do tribunal que ela só iria ver o casal quando quisesse. Logo no dia a seguir o blog que o apoia veio dizer que a Esmeralda se recusava a ver o casal.

Aquilo que a mim me parece,pelo que tenho lido no dito blog é que andam a tentar desesperadamente evitar o encontro entre a Esmeralda e o casal Gomes, mas de que têm medo? a Drª Ana vai estar presente e assim tiram-se as dúvidas, se correr bem o encontro, assim como correu com a mãe a menina ficará muito mais feliz, pois ficará de bem com todos.

Acredito que o Srº Baltazar seja um bom pai e que a menina seja feliz ao seu lado, mas o seu coraçãozinho precisa estar de bem com o seu passado, para ser muito mais feliz no futuro.

Lita

Anónimo disse...

Cá estou de novo e como sempre disposta a aceitar não desafios que talvez não saiba corresponder,mas a tentar partilhar
aqui o que foram 10 anos a cuidar de 5 pequenitos (um de cada vez) até aos 3 anos que se foram prolongando em fins de semana, férias dos colégios, passeios dos pais que tanto precisam de estar juntos e sós. Vou tentar...Agora vou trabalhar, porque nem todos têm um horário de trabalho normal, mas hoje andei a navegar por outros Blogues, para ouvir opiniões
diferentes e o que mez confusão é que quando agora aqui cheguei reparei que há comentários repetidos nos dois Blogues. Porque
SERÁ? Obedece a uma nova estratégia, ou é só para encher as páginas. Que cada um se sinta livre
onde quizer, mas por respeito e transparência sejamos honestos connosco mesmos e sobretudo respeitemos a ANA FILIPA. SABEM QUEM É? Eu, também tenho uma filha adoptada e acreditem que ainda hoje
sofro as chantagens de quem o procriou.Tenha cuidado esse senhor. A adopção plena é coisa válida,mas nem sempre nos trás só facilidades porque é LEI. Se só pensa que a LEI é tábua rasa engane-se, porque na vida muita coisa pode acontecer...
A Nós o que nos importa é saber os nossos filhos felizes e vê-los crescer em AMOR e AUTO ESTIMA. Só assim serão capazes de amar os que estão à sua volta, e gostarem de si próprios, mesmo com o estigma de saberem que ANTES foram rejeitados.
É isso que queremos e quero para a ANA FILIPA!

Anónimo disse...

Boa noite,
citando um vosso comentário: "Esmeralda, aos três meses de idade foi ignorada/abandonada pelo pai..."
Pois bem, este tipo de afirmações é que continuam a dar "asas" à imaginação das pessoas... sim, porque nada do que foi provado em tribunal afirma que Baltazar abandonou ou ignorou Esmeralda, não é assim? Basta ler os acordãos para saber a verdade! Baltazar duvidou da paternidade de Esmeralda, penso que é bem diferente de abandono, certo?
Ninguém neste processo é isento de culpa, Baltazar duvidou, Aidida "deu" a menina, os Gomes "ficaram" com a menina á margem da lei, os tribunais demoraram em fazer cumprir as suas decisões, os Gomes mais uma vez acharam-se acima da lei, etc, etc. Com tudo isto, Esmeralda é a única vitima, de uma situação á qual é alheia!
Daquilo que é certo e sabido, provado e mais que provado, existe um pai, designado por "biológico", que sempre afirmou que seria o pai caso se confirmasse a paternidade. Ponto final. Depois de demoras e atropelos á justiça, pai e filha estão juntos. Responsabilidades de 7 anos de demoras em prejuízo da criança? Culpem JUSTIÇA e os próprios Gomes, porque amor não é sinónimo de posse, nem de falta de responsabilidade civil, nem de "ilegalidades, nem de uma data de erros ao longo de 7 anos... Desculpem a franqueza, a frieza, mas não podem culpar o Baltazar só porque duvidou da paternidade, isso é falso moralismo, é irreal, senão surreal nestes tempos...
Certamente, um dia no futuro Esmeralda compreenderá o que lhe sucedeu, talvez ela justifique o acto de amor dos Gomes, mas esse não é o papel da justiça. Não pode ser!
Obrigada.

Ana F.

Anónimo disse...

Sr/a anónimo/a das 16:47

Claro que todos desejamos Esmeralda sossegada e em paz .

Falo por mim, mas penso que é igualmente a postura de todos quantos participam neste espaço.

Apenas se comentam ou debatem vários pontos de vista, ninguém está a interferir com a vida desta criança...até porque, mesmo que já saiba aceder a esta coisa das modernas tecnologias, ainda não deve saber ler correntemente para se inteirar do que se passa por
aqui.
As pessoas que manifestam alguma preocupação é com boas intenções.
E também algumas dúvidas quanto a tudo ser um mar de rosas, devido à forma abrupta, violenta, como a sua vida foi alterada.

Algumas dessas pessoas seguiram este caso tão mediatizado, por isso é natural que falem sobre ele. Outras, ainda, conhecerão o casal e solidarizam-se com a sua dor, o que também será natural.
Pelo sr. Baltazar terão , como eu, o respeito que é devido a todo o ser humano, quer estejamos, ou não, de acordo com as suas opções de vida e linhas de conduta.

São apenas trocas de ideias, opiniões, conceitos...que não pretenderão ser mais do que isso mesmo.
É um abrir o coração e exprimir sentimentos ou emoções.Em liberdade, mas com civismo, correcção de linguagem e respeito pela opinião de cada um.

Não há a pretensão de pressionar ninguém e muito menos dar a volta seja ao que for.
Qualquer volta que seja dada ao caso, só poderá ter como intervenientes os seus protagonistas. Nunca, simples cidadãos, que, ao escreverem aqui umas coisas , penso não ofenderem ninguém.

No fundo, seja qual for "o lado" para que pende o coração ou a razão de cada um, uma coisa é certa : todos desejam e esperam que esta criança supere todos os seus problemas e cresça em tranquilidade e verdadeiramente feliz!

Mª da Conceição

Por Esmeralda disse...

Cara Ana F.

Desejamos ardentemente que nunca sofra com uma decisão injusta da justiça. A avaliar pelo seu raciocínio não ficará abalada de todo. Um dia mais tarde "a coisa" resolve-se...

E enquanto não se resolve? Fica bem? Não pensa no assunto? Não conversa? E os danos provocados pela opinião contrária?

Agora passe tudo para a cabecinha de uma criança com 7 anos. Como é que ela consegue arrumar tudo isso?

Vamos confidenciar-lhe algo: estivémos hoje com duas fotografias tiradas em Novembro passado e outras duas tiradas neste Carnaval. Não há palavras para explicar a falta de brilho nos olhos dela. Foi uma experiência dura, confrontarmos estas duas realidades. Só conseguimos dizer, com uma grande mágoa, minha querida menina.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Cara Ana F.

"Baltazar duvidou da paternidade, penso que é muito diferente do abandono" diz a senhora.

Pois é...questões de semântica...
E enquanto duvidou? O que fez?
E porquê um registo de filha de pai incógnito?
E porquê uma entrega da menina aos 3 meses?
Afinal...tinha pai presente ou não?
Tinha um pai que se apressou em tirar as dúvidas?

É que,entretanto, os bebés crescem...não ficam estagnados no tempo à espera que os pais tirem as dúvidas.
E...ao crescerem , vão criando laços de afecto com quem cuida deles...

Se não tinha o pai ..e este já estava informado da sua existência... que nome se dá a isto?
Para mim é abandono, desinteresse, não lhe aplico outro nome...é a tal questão se semântica, nada mais.

Se os tribunais demoraram tanto tempo a resolver o assunto, também me parece um pouco exagerado o tempo para tirar uma dúvida...

Até ao desfazer desta...onde estava o pai? acompanhava o crescimento da menina?
Dava pensão de alimentos?
Quer dizer...se não fosse o casal entrar com o processo de adopção, o que originou a necessidade dos tais testes...ainda hoje o sr. Baltazar estaria na dúvida.

Abandono, tanto pode ser por anos , por meses, como por dias.
Seja motivado por dúvidas ou por qualquer outro motivo.

Não é o facto de mais tarde assumir, que iria resolver o abandono em que ficaram mãe e filha durante meses... que poderiam ser anos ou a vida inteira...quem sabe? Se não tivesse surgido este casal...

E o que se passou a seguir, em vez de resolver e reparar o mal que o sr. Baltazar fez, só veio criar o imbróglio a que todos assistimos...

Lamentável...

F.Alves

Anónimo disse...

O comentário anterior parte de pressupostos errados.
1º. O pai nunca negou ajudar uma mãe com um filho seu, pois a mãe nunca lhe pediu ajuda sequer.
Veja as declarações da própria em Tribunal; "Fiz tudo sozinha, sem dizer nada ao Baltszar"

2º. A mãe não deu a Esmeralda por não ter condições para a criar (pelo menos isso não ficou provado em lado nenhum). Mas, mesmo que tivesse dificuldades não é (nunca foi) motivo para dar um bébé.

3º. Não está em causa o facto de a ter dado no passado e poder dá-la outra vez. Não é este receio que está em causa. É o que ela já disse várias vezes. Inclusive o que está no processo.
Inclusive chegou a dizer que preferia que a filha adoecesse, que entregá-la ao pai. Isto, no tempo em que a Esmeralda ainda estava com o casal Gomes.
Isto não é atitude de mãe.
Mas quem avaliará é o Tribunal, não eu.
Só não acredito que algum juíz lhe dê a custódia da filha, depois de tudo isto.

4º. Acho que está melhor com o pai, de certeza absluta. Depois de que disse atrás, não tenho dúvidas.
A Dª. Ilda não é mãe. De facto, é apenas madrasta. Mas faz o papel de mãe de certo o melhor que sabe.
Mãe, mesmo, só tem uma. A Dª. Aidida. E será bom para Esmeralda que ela passe a desempenhar o seu papel de mãe.

5º. A Dª. Adelina fez o papel de mãe enquanto teve consigo a Esmeralda. Se pretende ter um convívio são com Esmeralda é possível e desejável. Mas tem que mudar, ela como seu marido, a forma de agir e interagir com o pai de Esmeralda.
De contrário, não auguro nada de bom para eles.

--------
Pelo menos enquanto continuarem a chamar a Esmeralda de "Ana Filipa" (um nome fantasioso que lhe arranjaram) e com determinadas atitudes, se não forem humildes o suficiente, inclusive tendo uma conversa franca com Baltazar, perderão o afecto que Esmeralda um dia lhes teve.

Porque Esmeralda vai crescendo e vai-se apercebendo de tudo (se é que já não se apercebeu). Vai-se apercebendo que o pai não é o papão nem o "lobo mau" que lhe queriam fazer crer. Vai-se apercebendo que seu pai lutou toda a vida por ela, ainda ela não tinha um ano e que foi por causa do casal Gomes que não teve o convívio do pai.
Ela vai-se aperceber disso tudo, e de outras coisas mais.

Por isso, deviam ter uma conversa franca com o Sr. Baltazar se pretendem ter mais tarde o convívio com Esmeralda.

É o meu ponto de vista.

Não sou a favor do casal Gomes nem do Sr. Baltazar. Quando muito, da pequena Esmeralda. Mas esta, custe a quem custar, está melhor com o pai. Pelo menos até prova em contrário. Só o facto de ter lutado por ela desde antes dela ter um ano de idade, já diz algo.
Mas, esta é a realidade tal como eu a vejo. E, quer queiramos, qer não, é a realidade actual.

Já alguém disse, e é verdade, nós não podemos mudar esta realidade, nem ela é passível de mudança. Não a mudança que alguns pretendem.
Então para que estar sempre a falar no passado?
Olhemos o futuro e saibamos viver o presente.

Por Esmeralda disse...

Resposta ao Anónimo (7:52)


Estamos consigo na frase com que conclui o seu comentário – “olhemos o futuro e saibamos viver o presente”. O passado já foi julgado. Entendeu na sua plenitude o objectivo porque foi criado este espaço de reflexão.

Estamos no presente com a atenção que o assunto nos merece, e tratando-se de uma criança muito jovem, com quem convivemos de muito perto noutra realidade, sentimo-nos preocupados e até um pouco receosos, pela forma como ela crescerá física e psicologicamente. Somos humanos e como todos os humanos, temos certezas, dúvidas, receios, alegrias, tristezas, saudades, etc. Cremos não ser motivo bastante para por vezes nos chamarem “criminosos”. Cremos também não ser “crime” ter estes sentimentos. São sentimentos e estados de alma próprios de seres humanos que sentem.

Quanto ao futuro, seria falso neste espaço de reflexão com verdade, não admitir que sentimos alguma ansiedade pelos dias que se aproximam. E por que não admiti-lo? Estamos a prejudicar Esmeralda? Não estamos com toda a certeza, porque sabemos que ela não utiliza a Internet. E porque sabemos que a nova família a está a acompanhar de perto e a protege de tudo o que a possa perturbar.

Falemos então de nós. Somos pessoas adultas, normais, homens, mulheres, só, com sentimentos e convicções e vemos um pouco mais além do que se comenta por aqui e por ali. E por termos essa visão privilegiada, podemos com alguma serenidade, assistir à evolução da aplicação da decisão judicial que deu a guarda de Esmeralda ao pai.

O processo ainda não está totalmente concluído, o que explica a continuação do acompanhamento que está a ser realizado pela Dra Ana Vasconcelos. Tem sido ela que nos tem tranquilizado em relação a novas realidades na vida de Esmeralda. Não cremos que seja um acto “criminoso” duvidar e perguntar e continuamos a achar que não será este contacto, por via de terceiros (Dra Ana Vasconcelos), que a vá prejudicar. Por isso, continuaremos atentos e a perguntar, pelas vias recomendadas, até que se conclua que Esmeralda está plenamente integrada e já pode, sem traumas, conviver com o seu passado, viver o presente e prosseguir para o futuro.

Pode pois depreender das nossas palavras que os amigos do Luís e da Adelina, que neste momento de grande dor os apoiam (os amigos conhecem-se na adversidade), aceitaram as decisões da justiça e, não estão à espera nem a lutar, para que se invertam as decisões tomadas. O mais importante, reiteramos, é o bem estar de Esmeralda, neste caso a maior estabilidade possível. E que possamos assistir, mais de perto, quando nos for permitido.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Vocês foram criminosos no passado de Esmeralda e continuam a sê-lo não deixando a criança viver em PASZ.DEIXEM ESMERALDA EM PAZ.OS CRIMINOSOS QUE CONTINUEM A CUMPRIR A PERNA a QUE O ESTADO PORTUGUÊS OS CONDENOU.ESMERALDA NÃO É DA VOSSA FAMILIA.

Anónimo disse...

Senhor Anónimo das 11:14

O pai nunca negou ajudar uma mãe com um filho seu, pois a mãe nunca lhe pediu ajuda".
Provado em Tribunal : "Fiz tudo sozinha, sem dizer nada a Baltazar" .

Deve ser pelo facto de eu ser mulher, que acho esta conclusão lamentável!

Mas uma mulher que esteja grávida, depois já com um filho nascido, tendo o pai sido informado da sua paternidade (que duvidou, mas se esteve nas tintas para confirmar) precisa de pedir ajuda a este ?

É preciso pedir ajuda ??????

Como assim????

A ajuda foi pedida :informaram-no do sucedido...e deveria ser o bastante para desencadear o interesse pela confirmação da paternidade e consequentemente o assumir da sua responsabilidade , nomeadamente a nível material!

Claro que, após a receptividade que a notícia causou no senhor, (ou a falta dela) a srª Aidida acabou por ter que fazer tudo sozinha.
Não esqueçamos a situação ilegal em que se encontrava. Coitada...lá pensou que ainda se iria meter em mais trabalhos...

E não se reafirme que o que queria era gerar um filho de português só para se legalizar.
Se assim foi..então porque é que ela acabou por registar a menina como filha de pai incógnito?...Não faz muito sentido .Registo que fez sozinha, claro...pois...segundo ouvi da sua boca, o pai não apareceu para juntos a registarem.

Eu, que sou mulher, acho que nas condições dela não teria era revelado nunca quem era esse pai!
Como ela, pediria ajuda a quem me a prestasse sem dúvidas e receios.
Evitava-se este sofrimento todo!

Para ter um filho de um pai a quem é preciso "pedir ajuda"...para cumprir a sua obrigação , eu dispensaria.

É triste que, em pleno séc. xxi ainda seja a mulher a ter que pedir ajuda para um filho a quem contribuiu tanto como ela para o gerar.
É triste continuar a haver tantas mulheres que continuam a arcar com toda a responsabilidade em actos que não dependem só de si.
É triste...muitas outras coisas a que as mulheres continuam sujeitas...

Mas, como diz, a respeito deste caso que comentamos, o passado é passado e o que interessa é o futuro.

Porém, em tempos de liberdade, acho que cada um expressar a sua opinião, é lícito e até salutar.

E não haver unanimidade quanto a decisões dos nossos governantes e autoridades, seja de políticos ou de juízes, é um acto também perfeitamente natural na Democracia em que vivemos.

E duvidar das consequências dos actos e decisões desses responsáveis , é um direito que assiste a todo o cidadão!

E, por mais que me acenem com Acórdãos de Tribunais, eu acho que a decisão final da srª Juíza de T. Novas foi lamentável e muito prejudicial para esta inocente criança!


Patrícia

Anónimo disse...

Anónimo disse...
Vocês foram criminosos no passado de Esmeralda e continuam a sê-lo não deixando a criança viver em PASZ.DEIXEM ESMERALDA EM PAZ.OS CRIMINOSOS QUE CONTINUEM A CUMPRIR A PERNA a QUE O ESTADO PORTUGUÊS OS CONDENOU.ESMERALDA NÃO É DA VOSSA FAMILIA.

6 de Março de 2009 12:28

Peço desculpa pelo que vou dizer,pois quem sou eu!
Publicar o comentário deste anónimo,parece-me a mim,que não foi correcto,porque até agora,todos os comentários,com varias vertentes,primaram pela educação e bom senso,atributos esses que este comentário não têm.

Este senhor já é conhecido doutras eras,e usa sempre expressões ofensivas e degradantes.

Quanto a mim,criminosos há muitos,mas safaram-se de ser julgados!

Ana Rita.

Por Esmeralda disse...

Cara Ana Rita,

O comentário a que se refere foi publicado para se poder avaliar a forma como são entendidas as nossas reflexões. Isto é, nem devem ser lidas, quanto mais interpretadas.

Tem razão quando afirma que, à luz da forma como tem acontecido, não devia ter sido publicado. No entanto, a seguir a qualquer comentário expresso de forma correcta e educada e seja qual for a família para que penda, são recebidos aqui "piropos", a que este fica muito a dever.

Serve isto também para reafirmar a necessidade do anonimato, o que a não acontecer, seria por certo mais difícil não nos desviarmos do fim em vista - Por Esmeralda

Anónimo disse...

Cara direcção:
não posso deixar o vosso comentário, e passo a citar: "Um dia mais tarde "a coisa" resolve-se...", ficar sem uma resposta, uma vez que penso ter sido usado em bases erradas. Isto, porque esse foi o argumento que o casal Gomes usou neste processo, foram adiando até que se tornasse demasiado doloroso tirar-lhes a criança... especialmente para a Esmeralda!
Quando mencionam a injustiça da justiça, neste caso não existe injustiça, existe adiamento da justiça em si. Ou seja, os tribuanis julgaram este caso baseados em provas e testemunhos, se houve alguém que claramente ignorou a justiça e as leis deste país, este alguém foram os Gomes. Enquanto não se admitir isto, não seremos nunca objectivos neste caso.
Quanto ao comentador F. Alves, bem, caro sr. ou sra., no meu entender, vale mais um pai (mesmo que tenha duvidado da paternidade do filho), que lute para ser pai e estar presente na vida do seu filho, que um pai que sabe, efectivamente que é pai, e ignore este mesmo filho... existem tantos pais assim, não é? Pergunto-lhe, quantos pais conhece que lutaram quase 7 anos pela sua filha? Pela vontade de a criar e a ter consigo?
Por favor, antes de julgarem este homem, leiam os acordãos, informem-se e verão que Esmeralda merece ter um pai como Baltazar!
Poucos de nós nos envolveriamos num luta tão desigual...
O futuro de Esmeralda é e será construido pouco a pouco, não será fácil, ninguém apaga 7 anos de existência e vivência a uma criança, mas as crianças são seres surpreendentes, em força, em espirito e em vontade. Dêm tempo a Esmeralda e ela será feliz ao lado do pai!
Obrigada!

Ana F.

Anónimo disse...

Ana Rita
Comungo da sua opinião,e deixe-me acrescentar,que alguns personagens
valendo-se do anonimato,aqui neste espaço,dirigem-se depois para outros,fazendo cópias,e postando em tudo quanto é sitio.
Aplaudidos,sentem-se valentes,e assinam,quando nem era necessário,porque pelos termos,e pelo estilo,facilmente são descobertos.
Então,hoje tiveram aqui,o seu minuto de glória,mas foi só para mostrar,com qem estamos a lidar.

Anónimo disse...

Interessante o texto do sr. Anónimo das 12:28


Criminosos a cumprir .a PERNA...
Quais"criminosos"?
Onde?
E qual perna?
A direita ou a esquerda?

-"Pai, perdoa-lhes, que não sabem o que fazem!"
...disse Jesus, que, por acaso, também foi considerado "criminoso" na época, e, por conseguinte, condenado pelos responsáveis judiciais de então.
Mas... não pagou só com uma perna...pagou com a própria vida!

Mª da Conceição

Anónimo disse...

Dona Patrícia ache lamentável ou não aquela conclusão´, ela é a expressão da verdade.

E garanto-lhe eu que não conheço ninguém que nas circunstâncias que ocorreram tivessa agido de forma diferente. Sendo a mãe a pessoa que era.

Pelo menos, o Sr. Baltazar quando confrontado com a possibilidade de ter um filho, sempre afirmou, desde o 1º. minuto que se fosse dele o queria assumir e criar. Muitos, não teriam tal postura, garanto-lhe eu.

Mas, já o disse anteriormente, não interessa estar a chover no molhado. É inócuo.

E atitudes como a sua, tidas por muita gente, inclusive pelo casal Gomes, não vão ajudar em nada a situação de ESMERALDA.

A verdade é que Baltazar soube da gravidez dela através de uma irmã e logo se prontificou a assumir caso se provasse que ele era o pai.
Nunca mais soube nada até a criança ter quatro meses, altura em que soube também por sua mãe que seria pai de uma menina.
A mãe não teria que lhe pedir nada? Nem dizer? Eu acho que sim. Tanto mais que não eram um casal de noivos, nem de namorados, nem viviam em conjunto. Foi uma relação fortuita .....
Mas, volto a frisar, isso agora pouco ou nada interessa.

Mas, se conhece algo ou um pouco de registo (eu conheço) sabe que teria que fazer o registo como filho de pai icógnito. Não tinha outra solução.

Só depois em Tribunal (o processo é oficioso) ela teve que dar os nomes dos eventuais candidatos. E deu.

Agora o que interessa para o bem estar de Esmeralda e para que ela se sinta bem é acabar com este bate boca, em que cada um diz sua coisa. Por isso é que os Acórdão são importantes pois têm a versão dos factos tal como os próprios contaram e tais factos ficaram a constar. Estes é que contam, não outros.


Diz para acabar que "E, por mais que me acenem com Acórdãos de Tribunais, eu acho que a decisão final da srª Juíza de T. Novas foi lamentável e muito prejudicial para esta inocente criança!".
Não podia ser outra a decisão, por mais que custe a muita gente. Já há cinco anos que tinha que ser cumprida, e porque não foi é que houve condenações.

Para a Esmeralda foi muito tarde a mudança de ambiente, isso foi. Mas as crianças têm facilidade de adaptação e, se tiverem muito amor e carinho como efectivamente tem, mais fácil se torna a integração.

Para o bem de Esmeralda e de seu pai não convém, nem se ganha nada com isso, andar sempre a falar no passado nem a esgrimir frases que podem não ser verdade.

Para o bem do casal Gomes também convém serenar os ânimos e, como eu já disse anteriormente, se eles quiserem ter no futuro um relacionamento salutar com Esmeralda, têm que mudar de atitude e entrar em diálogo com Baltazar. Não esqueçamos que Baltazar tem muitas razões para estar magoado com o casal Gomes. E, além disso, são eles os únicos interessados, isto se quiserem conviver de forma saudável com Esmeralda.

E não é com atitudes mais veementes que vamos a lado algum.

Por Esmeralda disse...

Cara Ana F.

O passado já está julgado. Para o pai, para a mãe e para o casal Gomes. Estes, estão inclusivé a cumprir pena. No final, Deus saberá como apaziguar as nossas mágoas.

E nós, amigos, que os amigos fazem falta quando é preciso, estamos com eles, para lhes aliviar a dor profunda que sentem.

Se pedir desculpa a Baltazar apagasse os erros cometidos, já teriam pedido. Houvesse uma fórmula certa e eles já a teriam tomado.

Não bradamos por aí o que sentimos ou aquilo com que não concordamos. E porque já tudo está decidido, já agradecemos a Baltazar a forma como ajudou na condução da visita de Aidida a Esmeralda. E esperamos que Baltazar e a família que o apoia, encontrem sempre o melhor caminho para ajudar Esmeralda a crescer com uma história de vida tão difícil de contar. Que pelo menos não cresca com ódio ou amargura.

Mas somos livres de discordar de algumas coisas, e num país livre, de que somos cidadãos, podemos discutir ideias, reunidos numa sala, na rua, ou neste espaço de reflexão. É isso que tentamos fazer tão só e apenas.

Por discordarmos de algumas medidas tomadas, estamos muito atentos a tudo. Quando temos dúvidas, perguntamos à unica pessoa deste processo com quem estamos permitidos de falar, a Dra Ana Vasconcelos.

Resta-nos aguardar com a maior serenidade possível que Baltazar continue como até agora, pelo que tem sido elogiado, quer por nós, quer pela Dra Ana Vasconcelos. Que possa ajudar Esmeralda a reconciliar-se com o passado da forma menos traumática possível. E que Luís Gomes e Adelina a possam abraçar em breve.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Há cerca de dois meses, e quando o sonho e talvez a vontade de acreditar que os Homens querendo podem MUDAR,escrevi este texto dirigindo-me à Esmeralda, no ESMERALDA SIM, que havia
pouco tempo tinha sido entregue ao Sr.Baltazar.
Passado este tempo que para nós adultos não conta como para as crianças e porque li, que alguns adultos com quem vive e de quem depende, lhe facultam o acesso à Internet e lhe dão a lêr as mensagens dos amigos que lhe querem
bem, decidi transcrevê-la AQUI, porque depois de reler tantas conversas e encontrar aqui esses tais amigos, peço aos mesmos que lhe mostrem esta, mas que o MEU SENTIR FAÇA ANTES ECO DENTRO DE CADA UM DE NÓS.
(se com verdade querem mesmo que a Esmeralda cresça feliz)

7 de Março de 2009 01H27...
ESMERALDA, DOCE ESMERALDA...
ESMERALDA Assim Serás, quando o quizeres e quando a tua idade, a tua inteligência, o teu gosto e desejo fortalecerem a TUA VONTADE E O TEU SER. Agora, minha pequenina estás entregue ao poder de um país que vive na confusão dos valores e sentimentos e se quer
medir PELE FORÇA...
Como eu gostava que pudésses entender-me, minha pequenina...
Como eu gostava que te ensinassem a AMAR TODOS, mas a cada um na sua
DIMENSÃO...
Quando um dia entenderes estas palavras, já cá não estarei. Mas as
minhas filhas talvez estejam ao teu
lado e possam fazer-te passar esta MENSAGEM.
AMA! minha pequenina, CHORA e RI com os que te AMAM e NÂO DESPREZES
NINGUÉM. Ensina os grandes; pois também eles se deveriam AMAR e UNIR
para te verem crescer em Liberdade e para com eles aprenderes a SER
MULHER.
Nas tuas noites de silêncio, nunca esqueças os que te deram tanto AMOR
Até tens a sorte de ter dois pais e uma mãe..DUAS, porque sem querer não mencionei a que corajosamente te pôs no MUNDO.Não tenhas MEDO, nunca penses que te ABANDONARAM. EU, sou uma mãe que não te conhece, mas GOSTO DE TI A VALER.

Esta é a mensagem que renovo para a Esmeralda. Para os que a rodeiam
e após tantos dias e tanta troca de
palavras e recados só vos peço: Se
é na Esmeralda que pensam, porque teimam em povoar este espaço apregoando o teor das leis e dos acordãos?
Também na minha vida conheci o peso
da Lei e onde a mesma me levou...
Ai se fôssemos julgados por todos os nossos actos, tantas vezes cometidos como menos certos e em causa estivésse um nosso FILHO MUITO AMADO, TERÌAMOS A CORAGEM DE AFIRMAR "EU NUNCA ERREI!" EU SOU UMA CRIATURA PERFEITA!" "SÓ EU PORQUE SOU PAI OU MÃE TENHO O PODER
SOBRE OS MEUS FILHOS!" "OS FILHOS
SÃO MEUS FAÇO O QUE EU QUIZER E ELES FARÃO O QUE EU MANDAR!"

São muitas afirmações destas que se escondem por detrás das alíneas e dos parágrafos do Acordão que prevalece para os que querem tapar ou esquecer que essa Lei desprezou
sentimentos, destruiu e feriu afectos, maltratou quem soube AMAR e tanto deu...E essa LEI cumpriu-se
está-se cumprindo, ao sabor do amargo que parece doce, da tristeza
que parece alegria, do sofrimento
silenciado que parece felicidade...

Voltei lá hoje aquele conjunto de letras bem escritas,mas encontrei o
mesmo DESAMOR e as mesmas INVERDADES, jogadas para este espaço, como que a querer fazer passar o TEMPO, SEM O QUERER DEIXAR PASSAR
adiando ou temendo algo que não entendo o porquê de persistirem no condenar um CASAL para aliviar a culpa do CULPADO...
Sejamos adultos...Silenciem-se os
ACORDÃOS e aqueles que parece que dormem com ele debaixo da almofada,
como o "Meirim" fazia com a bola com que jogava.
Por mim asseguro-vos que adormeço e acordo muitos dias a pensar na Esmeralda, no seu PRESENTE e...?
No seu FUTURO...?
Às vezes num minuto apenas, o nosso
rumo a nossa vida pode mudar!...
Para o BEM ou para o MAL!...
Não deixemos que o seu futuro se torne menos doce do que ELA É.
COM ELA porque me parece que a Fé é
AQUI UM LUGAR COMUM NESTE ESPAÇO
..... POR ESMERALDA .... Deixemos que esta MENINA deixe os seus MEDOS e possa correr LIVRE E SOLTA PARA TODOS OS PAIS E MÃES QUE O SÂO de VERDADE.SANGUE E CORAÇÂO FAZEM PARTE DA VIDA DE CADA SER QUE AMA.
EU...AINDA QUERO ACREDITAR...

Anónimo disse...

Anónimo de 7 de Março 2:46


Meus parabéns pela sua mensagem!

Minha admiração pela Sensatez, a Humanidade, o Amor, a Compreensão, que brotam das suas palavras escritas com a simplicidade própria das Grandes Almas.

Cumpriu-se a Lei, respeitaram-se os Acórdãos...e qual o resultado?
Em vez de paz de espírito e confiança nas decisões tomadas, é a raiva, o desejo de vingança, o insulto, o destilar de ódios...enfim...o tal "desamor" que refere , que vemos retratado em quem ferozmente clama vitória!

Mas, afinal, as vitórias não deveriam gerar bem-estar, sentimentos bonitos?
Vitórias que geram tais sentimentos desumanos, serão verdadeiras vitórias?


Uma criança é um bem precioso, uma jóia frágil, mas valiosa, um diamante em bruto que é preciso lapidar com o maior carinho e atenção...por mãos suaves, delicadas.
Utilizando a força e a ferramenta errada , o artífice pode, num ápice, destruir a mais bela jóia, o mais valioso brilhante.

A força da Lei foi aplicada...mas isso não significa que tenha vingado a força da verdadeira Justiça!

Esta é a lei dos códigos, a lei dos livros, a lei dos homens. Feitas por estes, que, tanto as fazem como as desfazem, tanto as conservam intactas como as corrigem, tanto as aplicam de um modo como de outro, respeitando, ora a sua "letra" ora o seu "espírito".
Por conseguinte, a sua objectividade e justeza pode ser muito discutível.

Só que , as consequências desta justiça humana, são, muitas vezes, mais que desastrosas... são verdadeiramente desumanas!

Neste caso aplicou-se essa "justiça" mas desrespeitou-se e negligenciou-se a essência de um ser humano frágil, delicado, confuso, indefeso perante os tais "meirinhos ".

Também eu quero acreditar que esta criança possa ultrapassar os seus medos e as suas angústias para seguir em frente na sua caminhada pela vida fora!

Mas...nunca renegando o seu passado e as pessoas que lhe deram um colo quando mais precisava, criando-a com todo o Amor e Carinho!

Por Esmeralda disse...

Caro Anónimo de ontem e de hoje, cujo comentário não foi publicado,

O seu comentário não foi publicado, pois em qualquer parte do texto vemos alguma referência ao objectivo deste espaço de reflexão - Esmeralda.

A Direcção do Por Esmeralda

Anónimo disse...

Na tentaviva de perceber algumas pessoas,fui procurar 'abandono' ao dicionário, quis uma definição que o explicasse em poucas palavras, com a competência que me falta. Encontrei «desamparo total, desistência, cedência, renúncia, desprezo». E sim, deve ser tudo isso, só pode ser tudo junto e mais a circunstância de cada um, que gera ou impõe um tal sentir. Por mim chega, por hoje. Não tenho pretensões a entender todos os quês de toda a miséria de que é capaz o ser humano, há no pensamento ruas por onde eu não passo nem nos dias de sol mais brilhante e céu azul. O que eu gostava mesmo de perceber é que espécie de sociedade somos, exactamente, ao criar tanto abandono e miséria entre nós. Isso sim, eu gostava de compreender. Mas não vai ser hoje, está visto.

Anónimo disse...

Caro Anónimo de 7 de Março 22:58

Não foi ontem que entendeu...nem vai ser nunca que entenderá!..
Embora nunca se deva dizer nunca!

Abandono, miséria...são só algumas das peças deste complicado puzzle que é a nossa sociedade, o planeta em que vivemos...

Mas...embora não compreendamos, tenhamos presente que o dia de amanhã pode sempre ser melhor que o de hoje.

Por isso...pensemos como o poeta:

"Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida;
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança,
como bola colorida
entre as mãos de uma criança!"

Sonhemos, portanto, num mundo melhor...onde essa miséria e o abandono, para o qual procurou definição, não tenham mais o direito de ser figuras presentes!

Anónimo disse...

Gostaria,se alguém me puder responder,de saber se é legal,fazer um hi5 de uma criança,visto esta ser menor,e se mesmo que o pai tenha autorizado,como ela têm mãe se ela não autorizar isto é permitido?


Obrigado.

Anónimo disse...

Descobri hoje que o hi5 de Esmeralda´voltou á internet,porque deu na "bolha"(como ela mesmo diz,no esmeralda-sim)a uma apoiante que por acaso diz que se chama Esmeralda.

Depois de pesquisar sobre regras de utilização descobri isto.

"1. ELEGIBILIDADE. Os serviços são exclusivamente destinadas a acesso e utilização por indivíduos que têm13 (treze) anos de idade ou mais. Ao aceder e utilizar os serviços, certifique que você tem no mínimo 13 (treze) anos de idade. Ao utilizar o Serviço, você representa e garante que tem o direito, a autoridade e a capacidade de entrar neste Acordo e de obedecer a todos os termos e condições deste acordo. Se pretende apenas surfar ou navegar através dos sites e ainda não registrados para se tornar um membro, o seu uso dos sites ainda é objecto do presente acordo, se você não concordar com este acordo, não use os Serviços.

Eu parece-me que Esmeralda têm só sete.Logo É ILEGAL,ainda para mais,sem autorização dos progenitores(ainda que Baltazar tenha consentido,ela também têm mãe)e feito por uma apoiante do sr Baltazar.


Se algum apoiante do casal se tivesse lembrado de tal façanha,caia o céu e a trindade!

Anónimo disse...

Anónimo das 23:27

"Diz que se algum apoiante do casal se tivesse lembrado de tal façanha, caía o céu e a trindade."

Desculpe, mas não concordo totalmente consigo.

É que poderiam cair esses...mas... cairia muito mais que isso.
Cairiam insultos .
Cairiam ataques de ódio e vingança.
Cairiam ameaças ( e, se calhar, concretizações) de processos-crime!
E...talvez muito mais !

Só faz confusão, na minha cabeça, uma coisa : mas afinal há leis num Estado de Direito , ou não há?
As leis são para se cumprir ou não?
Ou umas vezes devem-se cumprir e outras não?

Anónimo disse...

Caros anónimos

É tão ilegalter um HI5 de Esmeralda, como ter este blog de Esmeralda.É a mesma coisa.
Quem deu autorização, para usarem o nome de Esmeralda neste blog?
O que se proíbe, não é o tema do blog, mas tão somente o acesso.

Anónimo disse...

Cara direcção do blogue:

mais uma vez agradeço a vossa disponibilidade em dialogar. Antes este diálogo tivesse sido possível entre as partes envolvidas e porventura não estariamos aqui e agora a "comentar" o assunto. Como tal, não foi possivel, e como o único interesse é, e será sempre Esmeralda, esperemos serenamente e com paciência o desenvolver da situação.
Só posso discordar num ponto connvosco, nada me disse, nem diz no presente momento que os Gomes se disponibilizassem a pedir "desculpas" a Baltazar por todo o dano causado. Não que isso seja importante, agora. Mas, continuo a pensar que a dignidade deste pai e homem foi posta em causa durante muito tempo.
Provavelmente o coração de Baltazar estará cheio de mágoa...
Pensemos por um segundo (que seja): "e se fosse eu no lugar de Baltazar?" - independentemente do julgamento que lhe fazem por ter duvidado, será que alguém merece ficar sem a sua filha/o por ter duvidado da paternidade inicialmente? Não o creio, aliás, era cruel demais!
Agora, é tempo de seguir em frente, apoiar este pai, que não tem tarefa fácil pela frente. Esmeralda é uma criança com uma história demasiado dificil, mas com amor, respeito e dedicação, voltará a ser uma criança feliz, ao lado do pai!
Obrigada.

Ana F.

Anónimo disse...

Cara Ana F.

Embora a sua intervenção seja dirigida à Direcção do blogue, permita-me fazer algumas observações, que não pretendem desmerecer, de modo algum, os seus pontos de vista.

O problema do sr. Baltazar não foi a dúvida. Essa era legítima.

A questão é que ele ficou com a dúvida...e quem quisesse que o procurasse para lhe a tirar.
Isso é que não está certo.
Uma pessoa responsável deveria ter logo envidado esforços para se certificar.
Porque se trata de um ser em crescimento,que não pára de se desenvolver enquanto o pai não tira a dúvida.

Esta criança teve a sorte de, nesse momento delicado da sua vida, encontrar alguém que abriu os braços para lhe dar o que a mãe não podia.
Nessa altura, ainda este pai andava às voltas com a dúvida. Quem sabe...até hoje.

Eu, que não entendo de leis, já ouvi em debates entre pessoas responsáveis por esta temática apelarem à alteração da actual lei, que pelos vistos não acautela devidamente os interesses das crianças.
Talvez, daqui a algum tempo, já haja uma nova lei que defenda verdadeiramente as crianças envolvidas nestes casos.

Acho incrível como se atribui o poder paternal a um progenitor que se desinteressa pelo filho durante os primeiros tempos .
Não deveria ter esse direito.
Uma criança é um ser humano... desde a sua gestação.

O que leva muita gente a revoltar-se contra a decisão judicial que "arrumou " o caso é este aspecto, assim como a retirada brusca da menina, feita de forma um tanto chocante ( muita gente ouviu os seus gritos no tribunal).

Culpam o casal de coisas horríveis.
Onde eles erraram foi na parte processual, não tiveram o melhor acompanhamento quanto aos trâmites legais.
Mas, a sua luta era por Amor àquela criança que lhes caiu no colo.
Que estava feliz , bem cuidada, e, na sua cabecinha, aqueles eram os seus pais e com eles se sentia segura.

O sr. Baltazar tinha todos os direitos legais, como se viu, mas...moralmente, tenho muitas dúvidas se os teria.

Porque não ficava esta criança com quem a criou e, a pouco e pouco, como ultimamente vinha sucedendo, aproximar-se-ia do pai, ganharia laços de afecto mas sem aquela violência...
Um dia...talvez não muito tarde, pai e filha entender-se-iam, esta ganharia dois pais e duas mães, ...ficaria mais rica!
Como acontece com alguns casos que conheço.
E são todos felizes, sem mágoas.

Mas...o sr. Baltazar lutou para tirar a filha do seu mundo ,arrancando-a, com a força desta lei, que vigora...espero que, por enquanto.
Penso que não foi o melhor para esta criança.
O amor, muitas vezes, revela-se pela cedência .
Lembra-me a sentença do célebre rei Salomão.

Mas agora ...a lei foi cumprida, facto consumado.
E ninguém , aqui neste espaço, tem feito ao sr. Baltazar o que as pessoas que o apoiam fazem ao casal Gomes.
Ao menos, por respeito a esta criança, que os considerou como seus verdadeiros pais durante estes anos,( pelos vistos, dando-lhe uma educação esmerada), as pessoas, deviam pensar um pouco ...

Têm assim tanta certeza de que Esmeralda vá rejeitar para sempre este casal?
Têm a certeza que o que vocês pensam que ela pensa , é realmente a verdade do seu pensamento?

E se não é assim ?
Se ela guarda no seu coraçãozinho algum amor e carinho por quem a criou desde bebé...acham que vai ficar muito contente e feliz se um dia tiver conhecimento de tanto ódio e insulto de que são alvos?

E a mãe Aidida? igualmente "mimada" com os adjectivos e as referências mais deploráveis.
Tenha o passado que tiver...é a mãe, foi quem a gerou.
Eu não gostaria de ver a minha mãe tratada assim...

Agora...como diz...é tempo de seguir em frente.
Não considero que o casal Gomes tenha que pedir desculpas ao sr. Baltazar.Nem este àqueles.
As desculpas são devidas a esta criança...a ela, sim!

Diz que é tempo de também apoiar este pai...pois, pelo que temos visto, felizmente para ele, está até muito apoiado .
Mas será que esse apoio dado ao pai, da forma como vem sendo dado, é o melhor para a filha?

Se ele sofreu, o casal que cuidou desta menina não sofreu e sofre menos.
E, infelizmente, uma criança que não pediu para nascer, é que apanha por tabela, mercê dos erros dos adultos...

Confiemos no tempo, que cura muitas coisas...embora não seja remédio definitivo para tudo...
Confiemos na técnica que acompanha este processo...
Confiemos na vontade deste pai para fazer o seu melhor de forma a reorganizar a cabecinha desta filha...

E esperemos que o amanhã traga paz de espírito a todos,de forma que a vida se cumpra com a maior tranquilidade ... principalmente para esta inocente criança!

M.Garcia

Anónimo disse...

Ao comentador M. Garcia:

descupe-me o talvez "atrevimento" em lhe dizer que desconhece o processo em si, os factos. Baltazar soube da gravidez de Aidida tardiamente, quando confrontado com a possibilidade de ser pai, deixou a averiguação da paternidade com o Ministério Público. Não foi o primeiro nem será concerteza o único. Estes processos de averiguação de paternidade, o dito ADN, são muito dispendiosos para um bolso comum...
Compreenderá isto, quem parar para pensar um só segundo, creio eu. Também devemos salientar o facto que Baltazar sempre afirmou que cumpriria todas as obrigações e deveres inerentes à paternidade, facto que muitos esquecem.
Quando afirma: "Onde eles (Gomes) erraram foi na parte processual, não tiveram o melhor acompanhamento quanto aos trâmites legais.", não o creio! É senso comum que não se "dão" crianças neste país, existem mecanismos legias para o efeito, senão por estão milhares de pessoas em listas de adopção? Mas mesmo que assim fosse, e depois? Aquando a 1ª decisão do tribunal, ainda Esmeralda era pouco mais que um bébé? O que fez este casal? Negou-se a entregar a menina ao pai, escondeu-a do mundo e da justiça e procurou a via do "facto consumado" e do passar do tempo...
Lamento que não consigam ver que todo este processo teve origem nesta "pseudo" mãe, Aidida, que se dispôs a "doar" o seu bem mais precioso! Não deveria ser apelidada de mãe, desculpem-me, mas esta sra é pura e simplesmente a progenitora.
Num futuro próximo, Esmeralda será capaz de reconhecer o esforço e luta de anos do pai, mas em relação aos Gomes, depois de ver a verdade, será mais dificil aceitar, que por trás da palavra amor se esconda a identidade e passado de uma criança, ou não será? Amor também significa respeito!
Caro/a M. Garcia, num processo que erra desde o inicio, atribui-se culpas a ambos os lados, existem sempre 2 versões da mesma história, o importante é a justiça julgar com base na verdade!
Enquanto não se mentalizar que num país de direito ninguém pode dar ou ficar com uma criança á margem da lei alegando com o passar dos anos, o superior interesse da mesma, não poderemos nunca dialogar com bom senso.
Não se defende o indefensável! Vivemos em sociedade, com regras e leis! Somos (ou devemos ser) iguais aos olhos da justiça!

Ana F.

Anónimo disse...

É preciso informar, para quem não sabe, e acusa o Baltazar de a expensas próprias não ter feito os testes de ADN; que estes são muito mais demorados, quando feitos particularmente, que quando encomendados pelo tribunal.
A diferença de tempo, penalizador dos testes particulares, superam em mais de meio ano, os outros.
Como tal, só quem não está interessado na verdade, pode continuar a acusar Baltazar de negligência.