segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

"Talvez a Lei não saiba…", de Heliodoro Coragem

Talvez a Lei não saiba, quão forte pode ser o amor, aquele que dói, o tal que nos faz vibrar, o que nos provoca pele de galinha, o que faz o nosso coração bater mais rápido, o único pelo qual deixamos de ser importantes.
A crueldade humana vestiu a pele da Lei. Como pode ela separar o amor, em nome de que direito? Não será do Divino certamente, talvez seja em nome do direito á posse, á posse da coisa. Da posse da coisa, da qual ignora o cheiro, o sabor dos beijos, a temperatura dos lábios, o calor do abraço, do entender dum sorriso, da tristeza ou felicidade de um olhar.
A Lei puniu o mais belo dos sentimentos, em nome do respeito pelo direito, por vós criado, por vós aplicado, por vós exigido.
Pouco importa o sofrimento, quando a Lei prima sobre os valores, de nada vale o amor quando a Lei dita a separação.
Podem todos ter roubado o momento de felicidade plena, podem até ter arrancado um pedaço de mim, que eu não desistirei de amar.
Fui punida de forma expedita, fui rejeitada, pelo meu pai sob a capa de uma reles desculpa, sob o insulto á minha pobre e infeliz mãe.
Esse meu pai que não nos socorreu, não me socorreu, não me alimentou, que nada até hoje me deu, senão sofrimento, medo, insegurança, nem tampouco um grito ou uma tapa.
Estou condenada a ser sequestrada em nome da Lei. Todos entendem o que é melhor para mim, só não sentem o que eu sinto, só não vêm o que eu vejo, só não sofrem o que eu sofro.
A Lei protegeu os seus interesses, e os meus, quem os protege?
Este novo pai que me abandonou e que uma palavra, num científico teste obrigou a assumir-se, ele não me conhece, eu não conheço.
Este senhor descobriu o amor por mim, através da palavra POSITIVO? Ou o seu desejo de me ter foi igual ao desejo de ter um carro novo?
Não consegui entender ainda os sentimentos que o fazem querer-me, amor não podia ser certamente, o amor não bate assim, nem sequer me conhecia, nem um pouco que fosse, nem na melancolia do arrependimento, podia nascer de súbito o nobre sentimento.
Aliás se dele tivesse dependido, eu teria perecido, já que ele não teria o teste que o certificasse como pai.
E o que fez a Lei, aqueles que eu amo, aqueles que por mim arriscaram o conforto de suas vidas, sem nada exigir, sem nada pedir, nem sequer um teste sobre a minha saúde, se era cega ou surda, se sofria de maleita grave, nada, nem sequer um teste sobre a sida, nada pediram. Acolheram-me no seu regaço, deram-me um delicioso e confortável colo e abriram os braços do amor.
Foram eles tambem punidos, como eu. A Lei ditou, os Juízes cumpriram, tal uns algozes, destruíram a minha família, o meu equilíbrio a minha curta mas feliz vidinha.
Obrigaram-nos a viver no sufoco, fugindo daqui para ali e dali para aqui, mas a Lei encontrou-nos e despedaçou de vez as nossas vidas.
O meu paizinho foi preso, por amor, por recusar entregar-me a um estranho que se dizia meu pai, tinha um papel que o certificava, um papel que a ciência lhe deu.
Cheguei a odiar a ciência mas ela não tinha culpa, a culpa era da Lei.
Sofri com a falta do meu paizinho, assustei-me muito, a minha mãezinha tentava enganar-me mas eu esperta, sabia bem que ele estava preso, senão alguma vez ele me deixaria tanto tempo sem me dar os beijinho de que tanto gosto? Nunca, ele ama-me tanto que por mim morreria, eu sei!
Estava preso em nome da Lei, dos homens, não em nome do amor, mas sim, por amor.
Homens e mulheres que se dizem inteligentes cometeram esta barbárie. Mas eles estão protegidos pela Lei.
Fui assim punida durante meses, eu tambem, não pude abraçá-lo, dar-lhes beijinhos e brincar com ele, fiquei sem pai.
A lei dizia que eu tinha um, eu tinha a certeza de ter outro e naquele momento não tinha nenhum, nem o que me amava, nem o que me queria como um automóvel novo.
Um que não me aceitava sem a PROVA e outra que me dava a maior das provas… de amor. Prisioneiro, por me defender de um estranho a quem a Lei deu o direito de fazer de mim o que entender.
Era tão pequena que não entendia a lei dos homens.
Tão pequena que todos decidiram por mim, todos os estranhos decidiram por mim, porque aqueles que me amavam e protegiam, não lhes eram permitidos lutar.
A Lei proibia – os de me defender, vedava-lhes o direito.
E a Lei que tão esquecida, que estava de mim.
Eu era pequena e pensava que os pais eram aqueles que estavam lá sempre, quando tinha fome, quando tinha sede, quando ria ou chorava, quando estava triste ou alegre, que evitariam que qualquer estranho me levasse, me raptasse, que me protegessem sempre.
Mas descobri que a Lei é mais forte e que ganha sempre, mais forte daquilo que eu pensava.
A Lei diz e todos lhe devem obediência, a Juíza fala em nome da Lei, mas nunca a ouvi falar em meu nome.
A Lei permite ao meu novo pai, perseguir, pedir dinheiro, pedir a prisão dos meus paizinhos, mas ao mesmo tempo impede os meus paizinhos de pedir ao Juiz, o direito de continuar aquilo que sempre me fizeram, amar-me.
A Lei despertou em nós, sentimentos que não conhecia-mos até então, o medo que me levassem, o medo de como seria tratada, medo que me fizessem mal.
Eu consolava-os dizendo que não me ia embora, que ficaria ali para sempre, que não tivessem medo, eu própria mandaria á fava, todos aqueles que nos quisessem separar.
Não vou deixar-te paizinho, não vou deixar-te mãezinha.
A minha mãezinha sofria tanto que tinha dificuldade em estancar a sua dor. Que maldosa era a Lei, não escutava senão aqueles que me queriam arrancar, sem sequer me amar.
Eles no entanto sabiam que a Lei viria, e nada poderiam fazer, vinha aí a Lei dos homens, daqueles que têm a Lei do seu lado, podendo desrespeitar os indefesos a coberto da dita Lei.
Assim aconteceu, era inevitável, os estranhos mandaram e destruíram uma parte do meu pequeno coração, destroçando os meus paizinhos.
Era pequena e nada pude contra o peso da Lei. Porque não é ela minha amiga, essa tal de Lei?
No inicio irei ter todos os brinquedos do mundo, irão comprar-me um cão, um gato e até a lua se pedir. Eles redobrarão de cuidados para me manter a sorrir.
Os meus paizinhos não estarão lá para me proteger, serei sequestrada, numa casa que irei aos poucos descobrir, uma nova família, cheiros diferentes, vistas e ruídos diferentes, formas de falar diferentes.
Já ouvi uns quantos palavrões bem pesados, mas a minha mãezinha proibiu-me de os repetir. E eu não posso desrespeitar a Lei. A omnipotente Lei.
Tenho que ter cuidado, chegou a hora, chegou a hora de obedecer aos estranhos que a mando da Lei me punem, sem que eu tenha qualquer culpa.
Lá vou eu no novo carro do meu novo pai, fui encontrar uma nova casa velha, um quarto novo para o qual não tive o direito sequer de escolher um boneco, um novo meio irmão mais velho, uma nova velha avó e até a mãe do novo irmão, que quer que a trate como se fosse a minha mãezinha, mais uma nova.
Encontrei a montanha de novos brinquedos, só não encontrei um novo amor, tinha só o velho, o que sentia pelos meus paizinhos.
Estava ali em nome da Lei. À força, retirada do meu ninho, em nome da Lei, a mesma que assegura tudo a uns e penaliza os outros.
Quando for grande quero ser deputada, para ter as reformas, as reformas e benefícios que a Lei confere a todos eles. Deve ser muito bom, só não entendo o porquê do meu vizinho agricultor que aos setenta anos lá continua a trabalhar para poder sobreviver. Mas eu sou pequena e a Lei é que sabe. E depois temos juízes que nos obrigam a cumprir a dita Lei.
Estou preocupada com a minha situação, tenho que ser hábil e esperta, tenho que encontrar uma bóia de salvação.
Farei tudo o que me disserem, rasarei os muros da obediência, beijarei todas as caras que me apresentarem, a minha sobrevivência depende de mim.
Os meus paizinhos não me podem proteger. Nada farei que possa provocar a ira contra mim, esta nova família que me impuseram não me punirá, direi o que quiserem que diga e pensarei através deles.
Na nova escola serei uma menina atenta e brilhante, escolherei um lugar ao pé da professora que me pareceu muito simpática, talvez ela me ajude, a minha mãezinha quando me vir ficará orgulhosa de mim. Ela sempre me ensinou muitas coisas e lembrou-me que a escola é para levar a sério.
Tenho medo que façam mal aos meus paizinhos, talvez até prendam a minha mãezinha como fizeram com o meu paizinho, mas ela será forte e aguentará.
A única dificuldade é estarmos tanto tempo separadas.
Esta família parece odiá-los, por isso eu vou calar a minha boca, e nem falarei uma só vez neles. Tenho que ser esperta.
Tentarei distrair-me com os brinquedos e a escolinha e tentarei ser um pouco feliz, como se fosse possível viver feliz sem amor…
Tenho muito medo, não quero estar sozinha nem um minuto. O pior será quando o pai novo sair para trabalhar, depois de gastar o dinheiro que os paizinhos foram obrigados a pagar-lhe, mais uma vez em nome da Lei. Quando o dinheiro acabar, as coisas deixarão de ter o brilho que hoje têm e eles irão ser mais verdadeiros. Eu sei que o Natal não dura todos os dias e o meu irá acabar tambem.
Está frio nesta casa, á noite tenho medo, resta-me apenas o colo do pai novo. Ele até irá gostar e será mais simpático ainda.
Talvez ande comigo de moto 4, de cabelos ao vento, ou até me deixe comer um monte de bolos de uma só vez. Daqui mais um tempo peço-lhe um telemóvel.
As pessoas estranhas olham para mim como se eu fosse um troféu de caça, sinto-me mal e não me posso esquecer de os beijar a todos, até aos barbudos mal cheirosos.
Todos me tocam, todos falam de mim e dos meus paizinhos, são todos muito estúpidos, tirando a professora, mas ela não é uma estranha.
Uma coisa boa, deixei de dar banho todas as noites, todos me querem ver nua e eu não gosto nada.
À noite vou deitar-me e é o pior dos momentos, sinto a falta dos meus paizinhos, tento não chorar mas não consigo.
Uma nova médica, faz parte do lado da Lei e ela decide tudo, então tenho que ser muito esperta para não me deixar enganar.
Ela é perigosa, ela ajudou tirar-me aos meus paizinhos.
Não confio em ninguém, a Lei está do lado dos estranhos.
Eu pensava que a Lei era sinónimo de Justiça, mas não é! A lei é á
Lei, justiça é outra coisa, não é isto certamente.
Amo-vos meus paizinhos, quando a Lei não mandar eu irei embora desta prisão onde me mandaram em nome da Lei que defendeu o meu pai novo e puniu os que me amam.
Em nome da Justiça eu não vos perdoarei facilmente do mal que me estão a fazer. Quando for grande, ai quando for grande…





11 comentários:

Anónimo disse...

AO AUTOR DESTA CARTA:
O meu sincero agradecimento, pois por uns momentos senti na pele o quanto pode estar a sofrer a ESMERALDA .Penso que um dia essa carta será escrita pelo seu próprio punho e então saberá distinguir a LEI DOS HOMENS E A LEI DAQUELES QUE A TOMARAM NOS BRAÇOS E A CRIARAM COM MUITO AMÕR ,esse dia chegará..........
Eu espero e creio que esse dia seja uma realidade,o meu bem haja a todas as pessoas que desejam o bem estar da Esmeralda em detrimento da suposta (JUSTIÇA ) dos Homens que muitas vezes se enganam ( ou não ) têm sensibidade humana.................
subscrevo-me: alvaro da florência murraças ,s.m.do.porto alcobaça,..12/02/2009

Anónimo disse...

Também subscrevo o que está escrito nesta carta imaginária,mas que, certamente, estará mais perto da realidade do que tantas "verdades" e "cumprimentos da lei" apregoados aos quatro ventos por quem arrancou à força esta criança do seu mundo seguro e afectivo!

Anónimo disse...

Ao Sr. ALVARO MURRAÇAS eu quero deixar o sentimento de gratidão por se ter juntado ao grupo de amigos da ANA FILIPA (Esmeralda) se quizer. Foi com emoção que li a sua mensagem. Na verdade quando li
o nome fiquei pensativa porque existe (?) ou não alguém com o mesmo nome(?) que durante um mês tem tentado destruir todas as mensagens e emoções positivas que cada um tal como sabe e sente tem
semeado para um dia a Ana Filipa e os seus pais que tanto a AMAM possam colher com um AMOR LIBERTO de maldades e vinganças. Já li comentários seus num outro Blogue e penso que foi por ter lido a sua coragem que também lá escrevi. Talvez por pouca inteligência deixaram passar o que de BOM desejamos para esta Menina, mas há muita coisa que tem sido ocultada.
Foi muito bom, lê-lo aqui. Partilhe
com todos o seu saber e o seu sentir,a sua experiência de PAI e AVÕ se não estou enganada. Não somos detentores da VERDADE INTEIRA, e de alguns erros cometidos apenas, porque AMAR FORA DOS LIMITES DA LEI E PROÍBIDO.E assim se castigam inocentes,por maldade e longe dos sentimentos reais. Sofremos porque sabemos que
a Ana Filipa mesmo no silêncio e com a aparência que apregoam, está a viver NUM FAZ DE CONTA para SOBREVIVER. Não queremos que SOBREVIVA, queremos que ela possa
VIVER, VIVER SIM EM PLENITUDE e CRESCER na abundância dos afectos
verdadeiros que sempre a alimentaram. Queremos Vê-la crescer
LIVRE. E porque a sua INFÂNCIA SE
QUEBROU, Não poderemos esquecer e
silenciar o que teimosamente alguns
não sei porquê tentam IGNORAR.
Conhece o site: petição.com.pt/por-esmeralda. Se concordar assine e passe a mensagem aos seus amigos.
Cada assinatura terá o valor e a força serena de um grupo e para ELA
Ana Filipa Será como um doce carinho a poisar nos seus cabelos e no seu sono que queremos velar.

Anónimo disse...

Dª Maria de Lourdes:

Estou sensibilizado e mútuamente agradecido pelas suas palavras de acolhimento ao meu,simples e sincero comentário que eu fiz á sua bonita imaginária carta que supostamente eu acredito um DIA será uma realidade,escrita pelo punho da ESMERALDA.............
Percebi ou será má interpretaçaõ minha ,que a Dª Maria de Lourdes tem receio ,que eu tenha algo a ver com o outro (Alvaro),claro que não ......Eu estou identificado e terei muito gosto um dia que passe em s. m.do porto-alcobaça em cumprimentá-la ,pois não será muito difícil o acesso á minha pessoa..................

subscrevo-me com estima..........
alvaro da florência murraças
s.m.do porto--Alcobaça..
16/02/2009

Anónimo disse...

Boa noite Sr. Alvaro! Nem sempre a nossa vida permite que façamos o que queremos. Tinha pensado hoje escrever no Blogue uma reflexão que ontem fiz quando vi a foto dela a Ana Filipa
na capa de uma revista.Eu não conheço a Ana Filipa pessoalmente,
e ao ver os seus olhos ecabelos castanhos e o seu pousar com um sorriso um pouco de lado pensei e refleti analizando todo o contexto e todos os acontecimentos que teremos que juntar. Não é preciso ser psicólogo
para percebermos que a Ana Filipa
corre sérios riscos de rejeitar na sua memória a vida que lhe mudaram
sem dó nem piedade.Obrigada Sr.Álvaro por ser tão transparente,
eu percebi que o senhor jamais poderia ser o outro seu homónimo que nada tem a ver consigo.Como lhe pedi, junte-se e nós e com a sua capacidade para entender e amar
esta criança, com todos nós alargará este grupo de gente diferente mas que tem apenas o sentido da justiça que foi mal aplicada. Não quiz deixar de manifestar o meu obrigada até pelo seu convite.Se ler ou leu todos os meus comentários e mensagens ficará
a perceber e a conhecer um pouco melhor o que sou e porque luto. A
nossa luta não tem armas, porque a
GUERRA é coisa dos egoístas que por pensarem demasiado em si e nos seus poderes, conseguem com a capa
das verdades escondidas pelas MENTIRAS E NAS CALÚNIAS que inventam, fazer-nos ficar tristes,
e sobretudo em nada ajuda o crescimento e a felicidade da Ana Filipa. Conheço e sei o que sofrem
os pais de CORAÇÂO. Eu mesma passei por situação parecida. Ainda hoje sofro com a chantagem que a mãe biológica da minha filha (que adoptei em adopção plena) exerce sobre nós e sobretudo sobre a minha filha, que como todas as crianças que foram abandonadas,sofrem esse estigma de terem sido rejeitados. Amanhã escreverei então para a ANA FILIPA. Se na realidade ela sempre tapou a sua cara para quem estará a ANA FILIPA
a olhar? Quem quererá ela poder vêr
através daquela foto? ´Por quem desejará ela ser VISTA, uma vez que a remeteram ao silêncio e a atordoam dia após dia com tantas farturas de tudo e lhe mostram um Mundo de Ilusão? É a pergunta que deixarei nesta noite para os que me lerem. Para quem sorri Ana Filipa, A Quem se quer Mostrar ANA FILIPA, já que, só no seu jogo de FAZ de Conta, ela vai jogando estas
pequenas ilusões para calar tantos
Ignorantes?...Ajude-nos Sr. Àlvaro
Todos seremos muitos para não esquecer que a ANA FILIPA e SEUS PAIS LINA E LUIS, Não podem ser esquecidos.
Boa noite e bem haja pela sua generosidade.

Anónimo disse...

Dª LOURDES:
Pura e simples coincidencia ,longe de mim querer monopolizar este espaço..Mas hoje dia 17/02/09,por mero acaso liguei o meu televisor no programa Tardes da Júlia e apanhei já na parte final,uma linda História de Amor e de Afectos de uma SENHORA ADOPTADA MÃE DE QUATRO FILHOS .............

O seu testemunho perante as camaras e na presença da sua MÃE ADOPTIVA foi um momento gratificante e não só . Por uns momentos o meu pensamento foi transportado para todas as ESMERALDAS existentes neste planeta e também para todos os júizes que têm a difícil tarefa de julgar entre o que diz a Lei feita pelos homens,e os afectos da pessoa HUMANA....EU escolhi os afectos..........................

subscrevo-me..alvaro da florência murraças, s.m.do.porto-alcobaça
17/02/09

Anónimo disse...

Pois...vê-se bem o género de programas que visionam!!! Aqueles que aludem à lágrima fácil...Gostam de ouvir as histórias de uns para fantasiar sobre outros!!
Pés assentes no chão!! Na história de Esmeralda não há paizinhos bonzinhos e outros paizinhos mauzinhos... TODOS ERRARAM...
Mas só os de afecto cometeram um crime. Crime esse que impossibilitou o ourto pai de criar afectos, ligações, carinho, noites perdidas (que para um pai não é algo mau) tudo!
Não vejo onde é que aqui os sentimentos e afectos prevalecem! Porque nunca consentiram conversar com Baltazar??
Porque não deixaram o pai conhecer a filha?

Anónimo disse...

POR QUESTÃO DE PRINCIPIOS E DE CARÁCTER NÃO DOU RESPOSTA A COMENTÁRIOS ANÓNIMOS.
ALVARO DA FLORÊNCIA MURRAÇAS

S.M.DO.PORTO-ALCOBAÇA 18/02/09

Anónimo disse...

Tomei agora mesmo conhecimento da boa noticia da visita da DªAidida com a sua Filha ESMERALDA ,pelo visto a visita foi positiva ,estou feliz ,soubretudo pela ESMERALDA...
...Não entendo mais uma vez a decisão da srª Júiza em relação ás visitas dos Pais Adoptivos não serem efectuadas JÁ ..........
Que critérios estão subajacentes a esta postura da srª Júíza ? O afastar a Esmeralda daqueles que a criaram como uma verdadeira Filha ? Será que a Justiça é mesmo cega ou é insensivel aos Afectos...
Será preciso pedir a opinião a uma psicóloga para saber que não se deve ,retirar bruscamente uma criança que viveu cerca de sete anos com os seus (PAIS) com a promessa de voltar ,após uma semana de ditas férias com o PAI (biológico) e não mais voltar,isto nem ao nosso animal de estimação se faz...QUE CRUELDADE............

SRA.JÚIZA o que fez aos pareceres das psicólogas de Coimbra e de Santarém meteu-os na gaveta (ou não moram em LEIRIA NA CIDADE LIZ) ,será ou foi uma simples coincidencia..........

Eu ,não consigo entender por mais que me queiram vender a ideia de que a minha NETA de cinco de idade , me seja retirada do meu contacto e que nunca mais queira ouvir falar dos AVÓS ............
Eu reconheço que o meu Q.I. é uns furos abaixo da media ,mas DEUS me livre destas Licenciaturas........

subscrevo-me..alvaro da florência murraças..s.m.do.porto-alcobaça
24/02/09

Anónimo disse...

S.O.S. POR ESMERALDA

Por favor peço a alguém que tenha acesso ao processo da ESMERALDA que faça chegar á srªdoutoura JÚIZA Mariana e á srªdoutoura Ana VAZCONSELOS e ao Ministério Público os últimos comentários feitos pelo sr.Cândido no seu blogue. Que na minha opinião,são descabidos e cruéis para um bom desenvolvimento da ESMERALDA ,esta criança devia de ser afastada do contacto deste senhor,que só descarrega ódio soubre o casal GOMES..........Dá-se ao cúmulo de dizer que a ESMERALDA lê os comentários de apoio dos seus amigos e apoiantes feitos no blogue....Considero isto uma crueldade e uma verdadeira Lavagem Cerebral feita a uma criança de sete anos de idade............
Aonde estão as nossas autoridades que não protegem esta criança.....

alvaro da florência murraças ,s.m.do.porto-alcobaça 24/02/09

Anónimo disse...

Creio que por muito esforço que faça não posso calar quando ao ler tanta VERDADE, nos comentários que me antecederam,e correndo sempre o risco de me repetir,aqui estou.
Também sei que não podemos ter neste blogue "uma resposta" pronta.
Mas continuo a fazer minhas as pala
vras e os apelos do sr. ÁLVARO de S.M.do.Porto. A petição é um apelo,
mas também sinto que ALGO MAIS TERÁ
de ser FEITO... Cada minuto, cada hora, cada dia são "DESCARGAS" que
atingem a Ana Filipa por adultos que impunemente continuam a mostrar
o que maldosamente são. Não se queima só com queimaduras de cigarros, ou com água fervente, como aconteceu com a pequenina Vanessa, não de destroi só quando se tira a vida...
Gostava de não pensar mal da srª Juiza, gostava de acreditar que a SrªDrª Ana Vasconcelos sabe que está a proceder da melhor forma...
Mas... ainda ontem a minha pequenina filha de coração esteve comigo e partilhou tanto sofrimento
causado pela mãe, que temo e sei que ninguém SÓZINHO pode ter a certeza de que o melhor é o que está fazendo.
Talvez, porque estou a sofrer e creio entender situações semelhantes,(Quem sou eu para exigir???)
PEÇO APENAS À DRA ANA VASCONCELOS,
E Á SrA JUIZA MARIANA CAETANO para fecharem os olhos e nos seus silên
cios tentarem ser e assumir nem que seja por minutos SER MÃES da
ESMERALDA/ANA FILIPA. Mães de coração INTEIRO, Mães que também erram ou erraram porque ninguém no
MUNDO é PERFEITO...
E se no vosso silêncio descobrirem que algo ainda não está definitivamente seguro para que ESMERALDA possa ser quem FOI, pois a vossa coragem em ser capaz de voltar ao início e nem que seja por uma pequena dúvida, que sejam CAPAZES de tornar definitivo em interrogação...E da interrogação nascerão novas formas de avaliar e a vossa JUSTEZA no voltar atrás será a certeza de que as crianças e jovens de hoje, adultos amanhã, nossos filhos, nossos netos poderão CRESCER A ACREDITAR QUE VALE A PENA CONFIAR NA JUSTIÇA DE DUAS MULHERES QUE NÃO QUERERÃO SENTIR UM DIA QUE EM LUGAR DE TEREM ENTERRADO A ANA FILIPA COMO alguém disse, SEM QUEREREM, Talvez,...MATARÃO SIM A PEQUENA ESMERALDA!!!
Há muitas formas de morrer para a vida, ela não sabe, mas os adultos,
alguns (eu sei) já o sentiram bem de perto. Confiamos em VÓS.