sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O AMOR NÃO ACABA, MESMO QUE SE ACENE COM GENES OU COM SANGUE





O amor não acaba, mesmo que se acene com genes ou com sangue.

Mas também, o amor não se divide, partilha-se

Ou também, o amor não se consome, fortalece-se.

Ou ainda, aos olhos do amor, o mau é sentido como bom.


Muito se tem opinado no caso Esmeralda sobre o amor de filho, intrínseco ao sangue que lhe corre nas veias, ou aos genes de que é portador, versus o amor baseado no reconhecimento de pessoas que abraçaram um desígnio de vida como o dos pais de coração.

Esmeralda, criança feliz esta! Tomara muitas assim e o mundo seria bem mais acolhedor para tantas crianças que por aí vemos tão pouco cuidadas. Mas felizmente não é o caso com Esmeralda.

Esmeralda pode regozijar-se de ter pais por sangue e genes e pais de coração. E todos lhe querem tão bem.

Esta é a verdade que a justiça veio a confirmar, quando após o estabelecimento da norma de vida na forma legal para Esmeralda, incluiu nos preceitos emitidos os pais afectivos.

Vamos então reflectir sobre o que possivelmente influenciou a justiça no sentido duma evolução mais abrangente quanto aos adultos que constituem a família alargada de Esmeralda:

- A confidência à Sra. Juíza pela Esmeralda em querer muito manter o seu relacionamento com os pais afectivos. Por certo que este foi o motivo que mais pesou na medida de inclusão dos pais afectivos nos planos de visitas.

- A compreensão da Sra Juíza sobre os vínculos afectivos de Esmeralda, em que todos os adultos da sua família alargada têm um lugar muito especial no seu coração.

- O entendimento, por parte da justiça, tardio é certo, do resultado prático da medida adoptada em Dezembro de 2008, que se configurou num corte abrupto dos afectos que ao longo de quase sete anos existiram entre Esmeralda e os pais afectivos, por conseguinte, potenciador de riscos para o seu desenvolvimento psicológico.

- Como poderia a justiça ignorar os quase sete anos de vida familiar que o casal Gomes prestou a Esmeralda, devidamente comprovados em sucessivas avaliações psicológicas posteriormente realizadas, como ajustadas, adequadas, carinhosas, atentas?

- Estaria a justiça a olhar pela defesa dos superiores interesses de Esmeralda se lhe recusasse o que obviamente ela tanto desejava? E ainda que Esmeralda não tivesse sido ouvida, estamos cientes que a justiça teria agido da mesma forma. Foi muito pouco, no nosso entender, mas desse tão pouco Esmeralda e os pais fazem tanto.

- Na rotina completa de Esmeralda há tempo para todos. O pai nao pode temer os tempos que a filha visita a mãe ou os pais afectivos poque ela volta para ele de coração aberto.

- Teria a justiça compreendido a falta de respeito pelos sentimentos de Esmeralda quando o pai recorreu, na tentativa de impedir que a filha voltasse a conviver com os pais afectivos?

- Será que Baltazar julga vir a recuperar o tempo que não passou com a filha, ocultando-lhe quão magnífico pode ser viver e amar livremente, sem muros?

- Estará Esmeralda, com apenas sete anos de idade, preparada para viver um conjunto de rotinas diferentes, sem que de um lado e de outro venha a lamentar factos menos agradáveis?

Pois é, tantas dúvidas e tão poucas certezas. Como é que a justiça poderia ter agido diferente? Se a justiça se baseou apenas e estritamente nas leis. E se a justiça um dia olhar para trás, ler tudo o que já passou e passe a ser tutelada, por exemplo, por alguém com capacidade para casar a razão com o coração? Podemos imaginar e até podemos sonhar... E Esmeralda? Podemos imaginar quantas vezes já se perguntou porquê? Ou para quando?

Realmente somos apenas meros espectadores de toda uma saga que fará história, talvez até jurisprudência, mas de certeza muitas experiências. Com Esmeralda.

Bom fim de semana Princesa





52 comentários:

Anónimo disse...

Temos o direito ao sonho mas também á indignação.
Obrigada por este texto tão eluciadativo.
Catarina

Anónimo disse...

Começa hoje um fim de semana, que será passado com o Pai e sua Familia, em segurança, e amor.
Não será um daqueles fins de semana de exposição mediática. Não será passeadas por centros comerciais, sob ameaça de se portar bem, caso contrário já sabe como doi o cimto da tropa ou as maos calejados do amante da mãe.
DIverte-te Esmeralda. Não penses no próximo que será de desespero e terror, além de violentações psiquicas e fisicas.

Anónimo disse...

O bom julgador por si se julga, deve ser o caso do Sr. das 13:26.
Conheço bem os fins de semana de felicidade que a menina passa com os pais Luis e Lina, mas estes senhores estam desorientados com o fecho do outro blogue.
Rita

PS- Parabéns Catarina pelos seus comentários tão certeiros

Por Esmeralda disse...

Caro anonimo (1326)

O Por Esmeralda informa que este fim de semana começará hoje pelas 17H30 para a Princesa a partir com a sua mãe para um período de magia, de alegria e de partilha

A Princesa retornará na próxima segunda-feira a casa do pai

Por Esmeralda

Anónimo disse...

É inconcebível que depois dos traumas que a Justiça provocou a esta menina quando a entregou ao pai pela força da lei e não do coração, e sendo os srs. juízes e psicólogos sabedores da vontade QUE A CRIANÇA MANIFESTOU, À SRA JUÍZA MARIANA CAETANO E À SRA PROCURADORA, de "ficar a viver com a mãe para estar mais perto dos paizinhos Luis e Lina", e agora que a menina estava mais tranquila, a confiar e a acreditar "que a juíza era amiga dela", ao proporcionar-lhe 1 fim de semana por mês de sexta a segunda, com os pais de afecto, haja um recúo por parte dos srs. juízes, para satisfazer, mais uma vez, os "caprichos" do sr Baltazar.
Quem é que assim pode acreditar na Justiça? Se os adultos já não acreditam, muito menos uma criança!
É visto e sabido, pela maioria dos portugueses, que desde que Esmeralda nasceu esse homem, a quem chamam pai biológico, ainda não deu uma única prova de amor pela filha tudo o que tem feito é pelo interesse dele. Só tem em mente receber indemnizações atrás de indemnizações, ou seja ganhar dinheiro à custa de Esmeralda, com a mesma facilidade com que a "concebeu" e a abandonou.
ONDE ESTÁ O SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA, NESTE PAíS QUE SE DIZ DEMOCRÁTICO?
Agora o que se depreende, de acordo com comentários aqui publicados, é que na escola que a menina frequenta a mesma e os familiares, mãe Aidida e pais de afecto, estão a ser alvo de chacota cruel por parte de outras crianças instrumentalizadas por alguém de má-fé.
Todos sabem que esta criança em Torres Novas, no lar que ela considera seu, e no seio da família que ela considera sua, é protegida e amada e na escola que frequentava tanto ela como a família eram respeitados.
É inadmissível que não se zele pelo bem-estar e tranquilidade desta criança e que a façam sofrer desta maneira que é pública.

Manuel Evaristo

Natércia disse...

Boa tarde.
Uma vez mais o Por Esmeralda,mostra a sensibilade,o equilibrio e o bom senso,ao dignamente explicar aos mais,confusos,desorientados,e desprovidos de razão,o que realmente interessa á nossa pequena
Esmeralda.

E se continuarem a teimar,em não entender o que está certo,resta-lhes continuar a pensar do modo que pensam agora!

A nós,que acreditamos,num futuro melhor para Esmeralda,que anseiam vê-la feliz, vê-la amar sem fronteiras ou barreiras,sem têr medo de demonstrar esse amor,e de declarar a quêm seja,o que têm no coração,sem receio ou medo de o fazer,sem têr que fazer escolhas forçadas,pela ignorancia dos adultos,que a deviam proteger,resta-nos imaginar e sonhar,que em breve, alguém com poder de decidir,vai finalmente entender e dizer é agora!.....Agora tu Esmeralda,tu é que vais ser importante,acima de quaisquer leis escritas.
Agora sim vamos defender os teus interesses.




Bom fim de semana a todos.

Anónimo disse...

Boa tarde !

Mais um belo texto, este post de hoje.
Como sempre, sensato, ilucidativo, muito pertinente.
Meus parabéns !

Mas já agora, e perante os poucos comentários que "nesta leva" estão já aqui publicados, não resisto a salientar parte de um , lamentavelmente idêntico a alguns que ultimamente a Direcção achou por bem publicar, decerto para se ter a confirmação da índole moral de alguns dos que vêm para aqui defender afincada e ao mesmo tempo insultuosa e agressivamente outra opinião que não a da linha deste blogue.

Diz um comentador :

"Não será passeadas por centros comerciais, sob ameaça de se portar bem, caso contrário já sabe como doi o cimto da tropa ou as maos calejados do amante da mãe.
DIverte-te Esmeralda. Não penses no próximo que será de desespero e terror, além de violentações psiquicas e fisicas."

Lamentável!

Continuam a atribuir ao casal Gomes, em particular ao sr. sargento, atitudes castrenses e violentas para com a pequenina Esmeralda .
"Cintos da tropa" ?!

Eu só me pergunto : mas estas pessoas estarão mesmo bem ?
Alguém no seu perfeito juizo acha possível esta criança ter sido criada dessa forma?

Além do amor enorme e do carinho que todos testemunhamos haver da parte deste casal para com a menina, e a correspondente retribuição pela mesma, o facto desta história ser pública e ter sido constantemente acompanhada por técnicos e instituições abalizadas,andando por Tribunais, faz essas maldosas insinuações cairem totalmente pela base.

Depois, a referência ao companheiro da srª Aidida como " as mãos calejadas do amante da mãe."

Quanto às mãos calejadas é até um elogio, sinal de mãos trabalhadoras, dignas de respeito.
Mas não seria esse o objectivo de quem assim se expressou, pois logo se referiu ao companheiro desta mãe, dando-lhe uma conotação nitidamente tendenciosa com o objectivo de continuar a pôr em causa o estatuto moral de uma mulher que tanto tem sido insultada.
Não é por acaso que em vez de "companheiro da mãe" , referem "amante da mãe".

Por que algumas pessoas são tão maldosas?

Mas o mais interessante é o facto desmentido pela Direcção do blogue a respeito de onde e com quem este fim-de-semana irá ser passado.

Confesso que estava muito triste por constatar mais uma vez como mentes humanas são capazes de tão lamentáveis sentimentos, como os expressos no comentário que refiro.
Mas, ao ler a rectificação do PorEsmeralda, não fui capaz de soltar uma valente gargalhada.

Realmente, o que se observa, além da maldade, é o desconchavo da invenção, a perna curta da mentira, o desconhecimento da realidade.

Simplesmente, ridículo!

E, para confirmar esse ridículo, nada mais certeiro do que a resposta curta e grossa, dada pelos responsáveis pelo blogue.

Bem-hajam PorEsmeralda!

Mas, como hoje é sexta-feira ,o que mais interessa é que este seja mais um óptimo fim-de-semana para a pequena Esmeralda e sua mãe.

Merecem-no!

Mª da Conceição

Anónimo disse...

Amigos do Por Esmeralda

A propósito da mensagem tão elucidativa que deixaram hoje, deixo-vos um pequeno texto retirado do livro “Mal entendidos” da autoria do conhecido médico Nuno Lobo Antunes, que resume tão bem o percurso de vidas crianças.

“Para compreender uma criança temos de voltar ao país das memórias, reviver o que ficou para trás, habitar de novo medos de que nos esquecemos…

Para a compreender temos de voltar a pele do avesso, reduzir a dimensão do corpo na medida inversa em que cresce o sentimento…

Cada criança é uma história por contar…

Para muitas crianças a sua história pode não terminar bem, e não viverem felizes para sempre. Este livro destina-se a essas crianças e a quem delas cuida: pais, professores, psicólogos ou médicos, que querem que todas as histórias tenham um final feliz, e não deixam o Espelho Mágico dizer a nenhuma criança que há alguém mais belo do que ela”

Anónimo disse...

Peço desculpa, mas depois de publicado , verifiquei um lapso de escrita no comentário que enviei.
Em vez de :
"não fui capaz de soltar uma valente gargalhada."

Queria dizer :
Não fui capaz de evitar uma valente gargalhada "

E olhem que ainda continuo a sorrir, ao lembrar-me do esclarecimento da Direcção do blogue e do quanto tão poucas palavras são o bastante para desmontar enormes patranhas!

E, mais uma vez, os meus parabéns pelas reflexões contidas no post de hoje.
Reflectir é algo que tantas vezes descuramos e não devíamos.
Bem-hajam por nos proporcionarem espaço e tópicos para que tal reflexão faça parte da nossa forma de ser e de estar.

Mª da Conceição

Anónimo disse...

Permitam-me que faça algumas correcções àquilo que está escrito no vosso texto. Fá-lo-ei da forma
mais moderada que sei.
Neste texto continua a haver algumas incorrecções e afirmações graves por não provadas.
Não consta em parte alguma do processo que a meretissima Juíza, tenha obtido de Esmerada o pedido de a deixar viver com Aidida, para assim poder visitar mais vezes o casal Gomes.Isso não consta de qualquer documento.
Não consta de nenhum documento a afirmação, de que Esmeralda alguma vez tenha afirmado amar ou mesmo gostar do casal Gomes!Há documentos onde se afirma perentóriamente que Esmeralda teme o casal Gomes!
Estou a reportar-.me a documentos já transitados em julgado e que serviram de base a sentenças, bem como a outros.
Apenas se pode ler em relatótios principalmente e com maior enfase nos de Ana Vasconcelos, que será de todo o interesse de Esmeralda continuar a comunicar com o casal Gomes, para que a rotura não seja total, e lentamente se vá libertando do luto, que Ana vasconcelos pesnsa sxistir.A certa altura até diz aue é estranho o tempo, muito grande, no seu entender do luto. Pensava ela que Esmeralda já deveria estar a perguntar pelo casal Gomes e a falar com normalidade e à vontade o que não acontece.Portanto aquela semana de férias e estes fins de semana com o casal, são uma tentativa muito forte de Ana vasconcelos juntar de novo Esmeralda e o casal.Até para que o seu tempo com Esmeralda não fosse um fiasco completo, que só não foi por imposição à cliente Esmeralkda e não aceitação! Quem sabe como este pedopsiquiátyras tratam com os infelizes, que se encontram nas instituições, sabe do que estou a falar! Pelo encurtamento dos fins de semana, tudo leva a querer, não estar a resultar e Esmeralda não se sente bem e regressa sempre muito nervosa, ansiosa e medrosa. Tudo consta do processo.
Quanto às relações de sangue serem bem mais fortes que quaisquer outras, é uma tese defendida por muitos especialistas. Mesmo um mau pai verdadeiro é sempre melhor para o seu filho que um padrasto ou adoptante.Há excessões, que mais não fazem do que confirmar a regra.
Qual o Pai de sangue, que obrigado pelo tribunal a enviar um filho para outra casa, ou até instituição, mesmo não concordando, o mandava com a roupa que tinha no corpo, negando-lhe os livros escolares e restante material, como fez o casal GOmes?Quem tem verdadeiro amor, não faz isso. Amor, como vocês dizem é partilha e a verdade é que, como todos sabemos, egoistamente o casal Gomes nunca partilhou nada que fosse com o Pai.Porque se negaram a qualquer conversa de entendimento? Não os convidou Baltazar para padrinhos de baptismo? E qual foi a resposta?Atiçaram cães ao pobre do Pai, que mais mão queria do que o sangue do seu sangue.
É muito bonito falar em parttilhar, mas a verdade é que o os pretensos adoptantes, nunca partilharam nada.
Quem conhece minimamente este processo sabe que aqui só houve uma pessoa que sempre respeitou a legalidade e todas as decisões dos tribunais favoráveis ou não e esse foi BALTAZAR! O resto são história de café e mercearia.

Quew tenham muita saúde.

Anónimo disse...

Num mundo utópico, esta história poderia acabar bem se o casal Gomes, efectivamente lamentasse os actos passados. Se Aidida desistisse de tentar ficar com Esmeralda numa base peramanente. Se Baltazar esquecesse toda a trama e poderio de alguns.
Vejamos a vossa versão de culpa:
Culpem Baltazar por ter feito sexo desprotegido com Aidida.
Culpem Baltazar de ter feito um teste de ADN para apurar a paternidade.
Culpem Baltazar de não ter sido um "santo" e "digno" homem e ter perfilhado uma criança que duvidava ser sua.
Culpem Baltazar por não ter dinheiro para apurar a verdade pelos seus próprios meios.
Culpem Baltazar por não ter sido uma "besta" e não ter retirado a menina á força aos Gomes quando ainda era uma bébé.
Culpem Baltazar por ter seguido cegamente a justiça.
Culpem Baltazar por toda esta trama ter durado quase 7 anos.
Culpem Baltazar por não ter conseguido aproximar-se da filha.
Culpem Baltazar por não confiar em Aidida e no casal.
...
Depois deste exame de culpa, veredicto: culpado! O tipo até deveria ser preso...
Até onde chega a miséria humana que culpa este homem de tudo e aos outros tudo desculpa e inocenta!
Para uns tudo vale em nome do amor, mas lembrem-se que também se mata em nome do amor... deveremos também perdoar, inocentar, desculpar quem comete tal acto?
Esmeralda sofreu um golpe duro na sua vida. Aos 6 anos de idade viu o seu mundo de pernas para o ar. Do nada surgiu um pai, uma mãe, uma nova familia. Era obrigação dos Gomes, suavizar, amenizar, ensinar, abdicar, ajudar esta criança a compreender, ajudar esta criança na transição. Também a isto se chama amor. Perguntem, em consciência, se foi isto que os Gomes fizeram?
Culpem Baltazar do que quiserem, mas assumam também os erros passados e presentes dos Gomes e Aidida. Ninguém, em seu perfeito juízo, confiaria no casal.

Deixo uma pergunta no ar: senão tivessem sido obrigados, condenados e forçados a "largar" Esmeralda, teriam os Gomes permitido que a menina conhecesse o pai e convivesse livremente com a mãe?

Anónimo disse...

Discordo com a D. Maria da Conceição, com todo o respeito pelas suas opinões expressas, quando afirma que este espaço nos proporciona tópicos para reflexão.
Este espaço é notóriamente um espaço de apoio a um casal que no vosso entender nada fez de condenável. Justificam todas as acções passadas deste casal e incluem no vosso perdão uma mãe que deu a filha a totais desconhecidos.

Não vos compreendo.
Não compreendo a vossa visão desta história. Embora não me coloque totalmente do lado de Baltazar no inicio deste história, não creio que pudesse ter um desfecho diferente. Legalmente Baltazar não cometeu qualquer crime. Moralmente, pode-se afirmar que deixou Aidida grávida sem apoio.
Já Aidida cometeu um crime legal e moral. Deu a criança (crime legal, não se pode dar crianças), a um casal que não conhecia (crime moral, não conhecia as verdadeiras intenções desse casal).
Podem refutar com a ideia que melhor dar uma criança que abortar, mas mesmo assim, Esmeralda poderia ter tido um desfecho horrivel. E se os Gomes não tivessem boas intenções? Se a traficassem? Vendessem? Molestassem? Maltrataseem? Um sem número de crimes que se poderiam ter verificado. Quando se dão crianças a desconhecidos temos de aceitar qualquer futuro possivel!
Por isso, melhor seria uma instituição, onde estaria, pelo menos, segura. Onde poderia visita-la e até recupera-la. Não é este o objectivo de qualquer mãe que enfrenta o dilema que Aidida diz ter enfrentado: as dificuldades económicas?
Não concordo que este blogue seja de reflexão nenhuma, a não ser refletir nos erros de Baltazar. Continuamente.

Anónimo disse...

Esta é apenas a minha opinião, já que me parece que muitos dos Magistrados, por cujas mãos o processo tem passado, se esquecem de três coisas fundamentais, segundo o direito vigente, nacional e internacional:



1º - É sempre o superior interesse da criança que deve primar sobre quaisquer outros;



2º - Existe um princípio de direito natural, que jamais se pode olvidar: BOM SENSO!



3º - A criança, sempre que lhe foi possível exprimir-se sem estar sujeita a qualquer tipo de coacção, sempre declarou que são os pais adoptivos com quem ela quer ficar.


Por fim, vou transcrever os primeiros artigos da Convenção das Nações Unidas de 1989 sobre os Direitos das Crianças, que Portugal está obrigado a respeitar, para que cada um fique mais esclarecido e possa julgar por si:



“Artº 1º - Criança é todo o ser humano com menos de 18 anos de idade, salvo quando, nos casos previstos na lei, atinja a maioridade mais cedo.



Artº 2º - Os direitos das crianças devem ser respeitados e garantidos sem qualquer tipo de discriminação . Cabe ao estado adoptar medidas adequadas para proteger a criança de toda e qualquer discriminação.



Artº 3º - Todas as decisões respeitantes às crianças devem ser tomadas privilegiando o seu interesse superior. O Estado deve garantir à criança a protecção e os cuidados necessários para o seu bem estar, tendo sempre em conta o papel dos pais ou das outras pessoas responsáveis por ela…”


Bem ajam aqueles que se preocupam!

Por Esmeralda sempre

Por Esmeralda disse...

Caro anónimo (18:27)

O Por Esmeralda lamenta muito que o caro anónimo continue tão mal informado acerca dos três depoimentos que Esmeralda prestou à Sra. Juíza. Sugerimos-lhe que proceda a uma consulta mais atenta aos relatórios e demais documentos que afirma conhecer e ja ter consultado.

Quanto à sua tese sobre as qualidades inatas dos pais biológicos, é mesmo só sua.

Relativamente à alternativa que refere como poder ter sido a mais adequada de D. Aidida entregar a criança numa instituição para mais tarde a recolher novamente, apenas registamos porque no nosso ponto de vista trata-se de um absurdo.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Tanto se fala sobre biologia, sangue versus afectividade.
Também um pai ou mãe biológico pode ter afecto oa sue filho, ou não?
Se a bologia ou os laços de sangue nada significam, porque não começam a ter filhos para dar em adopção? Para ajudar quem não os pode ter?
Claro que sabemos que alguns nada têm de pai ou mãe, sentimento de amor, mas são geralmente, excepções. Quantos de nós, pais biológicos, dariam os filhos desinteressadamente, sem pensar como e onde estariam? Quantos de nós abdicariam de um filho para o doar a quem não os pode ter? Muito poucos, acredito. Bilogia também é sinónimo de amor. Aliás, na maior parte dos casos é assim. Maus pais, maus profissionais, maus cidadãos, maus tudo, existem por aí. Não façam da biologia um factor a ignorar. Os pais são efectivamente o melhor para os filhos (salvo devidas excepções).
Talvez num futuro (que espero distante) sejamos meros procriadores, por agora, os nossos filhos, nascidos de mãe e pai, ainda são nossos. Mero sentido de propriedade? Talvez. Considero os meus filhos muito meus, do meu sangue, do meu desejo de ser pai, de criar, educar, moldar um ser humano.
Chamem-me primitivo, mas não abdicaria do MEU filho em nome de nada. Afinal, para mim o amor de pai e mãe biológico é tudo. Considero-o até fundamental para o bem estar fisico e psicológico dos meus filhos.
Baltazar teve e tem o sentimento "primitivo" de qualquer pai biológico que se preze. Amar incondicionalmente a sua filha, lutar para a crir e educar. Saber que tem uma filha no mundo e não poder sequer conhece-la??!!! Afinal quem se julgam os Gomes?
Obrigado pelo desabafo sobre biologia e paternidade.

Anónimo disse...

Ainda bem que uns não nos compreendem só assim é compreensivel a compreensão de outros. Como sempre a Mª. da Conceição brinda-nos com palavras sensatas e de quem entende de crianças e sobretudo de afectos, mas afectos é algo que muita gente não conhece por isso são tão "ligeiros" a criticar o Luis e a Lina, pobre criança se não tivesse o colo deste casal que por amor tudo fez e estou certa tudo continuará a fazer, por isso para eles um abraço fraterno.
Catarina

Anónimo disse...

...
"Relativamente à alternativa que refere como poder ter sido a mais adequada de D. Aidida entregar a criança numa instituição para mais tarde a recolher novamente, apenas registamos porque no nosso ponto de vista trata-se de um absurdo"

Porque?

Pelo menos podia ver, conhecer, acompanhar a sua filha, certo?
Quando a vida assim lho permitisse, Aidida recuperaria a sua filha! Não foi o que fez a mãe do Martim? Apesar de contra a sua vontade preferiu Martim numa instituição que uma adopção definitiva. Permitiu-lhe ver, acompanhar, sentir o seu filho enquanto refazia a sua vida e lutava pela guarda do seu filhote.
Afinal nem toda a gente abdica do seus filhos em nome do amor. Amor também é lutar por eles, ou não?
Muito "estranho" o vosso conceito de amor pelos filhos, é preferivel dá-los a alguém que nem se conhece, do que colocá-los temporariamente numa instituição enquanto refazemos a nossa vida, podendo vê-los e acompanha-los.
Mas, já nada me surpreende na defesa dos Gomes.

Anónimo disse...

Srs. anonimos do contra
Este espaço é e será POR ESMERALDA
criança indefesa,mas que tem muitas
pessoas a defende-la
Já meditaram que os senhores
podem estar enganados,aqui os srs.
expressão as vossas ideias,e com
muita educação e respeito dão-lhes
respostas,como devem entender nem todas as pessoas tem as mesmas ideias
na minha maneira de ver entendo
que Baltazar teve a sua filha, mas
não está a cumprir o que disse em
tribunal,levaria a menina a visitar
o CASAL,mas afinal aonde está essa
promessa? ao que aqui leio,o que ele quer é afastar a menina dos
PAIS QUE A CRIARAM COM MUITO AMOR
ao que me parece para vós é vitoria
o juiz ter reduzido o tempo de
visita ao CASAL de certeza que tem
outro fundamento, mas para isso
temos que esperar para ver
é triste e lamentável a vossa maneira de ver as coisas
não podiam fazerem um esforço
em nome de ESMERALDA PARA A SUA
FELICIDADE SER REPOSTA
era tão fácil,bastava haver diálogo
entre a família alargada

PS.Dou uma vez mais os meus
parabéns aos responsáveis
do blogue pela vossa luta
tão justa e nunca desistam
PORQUE ESMERALDA MERECE TER
FELICIDADE PLENA
BOM FIM DE SEMANA PRINCESA

Maria

Anónimo disse...

A indignação, a que todos temos direito, como disse uma vez o então Presidente da República, Dr. Mário Soares, não me permite ficar calada.
Se em alguns pontos uso os meus conhecimentos jurídicos devido à minha profissão, não escrevo estas linhas na qualidade de advogada: escrevo-as como cidadã deste País e como Mãe, usando do direito à liberdade de expressão que a C.R.P. me concede, portanto sem qualquer desrespeito pelos Srs. Doutores Juízes.

Antes de me pronunciar sobre este assunto, tive o cuidado de ler o Acórdão da entrega de Esmeralda ao pai biológico e ainda mais consternada fiquei.
Resulta para mim que de facto a decisão nele contida, padece de uma errada consubstanciação dos factos no direito.


O mal, não está no facto de o casal ter acolhido a menina aos três meses só com a declaração da mãe.
O mal é que a lei sobre a adopção não está feita a pensar nas crianças, nem existe mecanismo nenhum que funcione para as proteger de facto.
Eu também sou mãe e, ( Deus me guarde de me ver em tal situação) faria o MESMO que a senhora brasileira fez.
Entregar a uma família que CUIDASSE do meu filho. Antes uma FAMILIA, que uma Casa Pia!.

Em pouco tempo resolveu e encontrou uma solução para uma filha que não podia criar.
Para terminar deixo só uma pergunta, para reflexão: quem é o pai?
O que cuidou, acarinhou, adormeceu e se responsabilizou, ou o que involuntariamente cedeu esperma a um óvulo?
Ponha-se o assunto assim: O que é que mais importa, o bem estar desta criança que tem PAIS, os tais que a amam e cuidam, ou os caprichos do Estado, dos tribunais e do esperma fertilizante?
Especialmente quando digo que não é o facto de se ser dador de óvulos ou espermatozóides que legitima alguém como progenitor. O que se passa normalmente é que com mais ou menos condições, os pais biológicos criam os filhos. Têm nesse caso uma dupla legitimidade em reclamar o poder paternal. Ninguém nega isso.
Mas, pais biológicos que abdicam do dever de criar, não podem vir mais tarde arrogar direitos que só continuam a ter porque alguém tomou a seu cargo os deveres que eram deles. Uma criança só se dá uma vez, e o não se reconhecer em tempo útil é uma decisão por omissão. Não foi por o pai coitadinho não saber que ela era dele que a bebé deixou de ter necessidades que outros se encarregaram de satisfazer.

Ao pai biológico ela deve uma milionésima parte da existência dela. Os direitos dele devem ser equivalentes a isso.
Haja vergonha e sobretudo bom senso.
No meio de tudo isto a vítima continua a ser a menina, que não tem que pagar pelos ERROS do Estado, nem pelas ilegalidades cometidas pelos adultos (pais adoptivos/biológicos).
A menina deve ser protegida. Para mim é simplesmente monstruoso que haja um órgão de soberania, que friamente ordene a retirada da criança aos únicos pais que ela conheceu, e que o faça no dia 26 de Dezembro.
Já agora porque não no dia 25?
Para comemorar o nascimento de Jesus, oferece-se de mão beijada uma filha a um qualquer dador de espermatozóides ( presente de Natal ), e um saquinho com dinheiro ( como fazia o Pai Natal ).
A frase melhor que li até agora sobre os Juízes que assim decidiram foi:
” será mulher?, será gente?, gente não é certamente pois gente não decide assim “




Analisa fernandes.

Anónimo disse...

. Só por curiosidade, aqui fica um excerto de uma entrevista dada por Gomes Canotilho ( considerado um dos nossos maiores constitucionalistas ), ao “Jornal de Leiria”:
“Tem seguido o caso Esmeralda? A lei foi aplicada sem ter em conta o factor humano? ”
“Aplicar a lei não é só o que vem nos livros ou o que vem na “lei”. A CRP é clara sobre estes problemas: há que defender o interesse das crianças. No caso Esmeralda, houve “pecados” na constituição da relação adoptiva, mas também os houve do pai biológico que, até aos testes de ADN, nunca se interessou por aquela filha. Quase tínhamos aqui uma solução salomónica ou do juiz do Círculo de Giz Caucasiano, de Brecht, de cortar a criança ao meio. Parte do problema resulta também da lentidão do processo. A criança foi adoptada aos 3 meses. Como é que chegamos aos 5 anos sem ter estas questões definidas? Para aplicar bem o Direito, penso que, havendo “pecados” dos pais que receberam e trataram bem a criança, estes não são “mortais”. Esmeralda está melhor protegida, em termos afectivos, anímicos, sociais e familiares, com eles. Em relação à questão do sequestro, acredito que o senso-comum vê as diferenças entre esse crime e a situação que aqui temos, sem querer engrossar o coro de vozes que querem crucificar os juízes e os magistrados do Ministério Público”.

Natércia disse...

O nosso sistema jurídico obriga os juízes a aplicar 1º a lei e depois tudo o resto, mas a lei está sempre em primeiro lugar.

Deparamo-nos com uma situação, na minha opinião, em que a culpa vai morrer solteira, a lei como está, permite o que se permite.

Os Srs. Juízes que têm uma formação que muitas vezes não se percebe muito bem o que é, esquecem o bom senso, e na dúvida aplica-se a lei nua e crua!

Só com alterações legislativas profundas é que situações destas são resolvidas de forma mais célere e justa.

E assim se fará a costumada justiça!

Anónimo disse...

Tudo está dito!
Acrescento apenas que tem alturas em que parece que a pessoa em causa é o pai biológico e não a menina... tal lugar de destaque lhe é dado. E isso choca. Até chega a parecer ser a vítima inocente da situação.

Gostei do texto, do vosso modo de expor o assunto.
Obrigado

Anónimo disse...

Ao Por Esmeralda

Não necessito de me informar melhor. No processo não existe nenhuma declaração de Esmeralda à meretissima juíza quanto mais três.
Essa de Aidida enviar Esmeralda para uma instituição para a ir lá buscar novamenbte, mas onde é que eu escrevi isso! Mas vocês não sabem ler?
Como é possivel havewr gente como vocês. que consideram que um qualquer tipo que adopta uma criança,ou se apodera ilegalmente dela coço é o caso, só por esses factos são melhores Pais que os Pais narturais, aqueles cujo sangue dos filhos corre nas suas veias. Isto brada aos céus!!!

Tenham saúde

Anónimo disse...

Como fui mencionada no comentário do sr. Anónimo das 18:59 , considerei por bem esclarecer e reiterar a minha opinião expressa anteriormente , alvo de discordância (legítima) por parte do caro Anónimo.

Pois eu reafirmo tudo o que disse a respeito deste espaço e dos motivos de reflexão que nos proporciona.
Pelo menos, a mim.
E são vários:

Os textos produzidos pelos responsáveis do blogue transmitem uma sensatez, uma ternura, uma tranquilidade , um apelo à harmonia que nos invade e acalma.
Faz-nos sentir que, quem produz esses textos, só podem ser pessoas de bem.

As suas informações, ou os esclarecimentos a que nunca se excusam , sempre se vieram a verificar ser a mais genuína Verdade dos factos.
Não esqueço o quanto eram acusados de mentirosos por um extinto blogue, esse sim, um lugar da mais lamentável venda da "banha da cobra".( peço desculpa pela expressão mas foi o que se veio a confirmar).

Por outro lado, os comentários aqui produzidos por Anónimos ou pessoas identificadas são também um manancial de refexão.
Quaisquer que sejam os seus pontos de vista.

Dou por mim a pensar muitas vezes , ao ler esses comentários, o que irá na alma dessas pessoas.
Porque escrevem o que escrevem e como o fazem.
O que está latente nesses escritos.
Uns reflectem uma grande tranquilidade. Calor humano . Sensatez.
Outros ferem como punhais, tal é a agressividade que ressalta das linhas que vamos percorrendo.
Outros ainda, perturbam , tal é a confusão de ideias imprecisas que percorrem todo o seu discurso desconexo.

E o sr. Anónimo ainda assim acha que este espaço não nos dá tópicos para reflexão?
Mas há muito mais.

Sabemos ao que se refere . E confirma : acha que este espaço se resume apenas a ser canal de apoio a um casal que nada fez de errado.

Está enganado.
Primeiro porque o apoio não é ao casal.
É à pequena Esmeralda!
Uma criança que não tem culpa de ter nascido nas circunstâncias que conhecemos.

E quanto a aqui se achar que o casal não fez nada de condenável, também está equivocado.
Consulte os textos produzidos desde sempre pela Direcção do PorEsmeralda e verá que está a ser injusto na sua apreciação.
Mas assim como não acham justo que o erro inicial do sr. Baltazar seja tido em conta, pois ele o rectificou mais tarde, porque então continuar a punir o casal que já cumpriu e cumpre a sua pena pelos erros cometidos?
Será que quem comete um erro, deverá carregá-lo às costas para toda a vida? Mesmo que já tenha pago por ele?

E uma inocente criança que não pediu para nascer e muito menos nestas circunstâncias ?
Deve sofrer as consequências dos erros cometidos pelos adultos?
Sejam esses adultos quais forem ?

E o que seria melhor para ela ? Para evitar traumas e rupturas?
Será que a justiça foi justa com ela?
Ou apenas se aplicou a lei dos homens...aos homens crescidos?

E quem protege os homens e mulheres ainda em crescimento?
Esta lei?
Estes juizes?
Estes pais?
Estes advogados?
Esta Sociedade?

Tanta pergunta...
E afinal...tantos tópicos que nos convidam a reflectir, reflectir muito!

Fizessem todos os envolvidos estes exercícios de reflexão , e talvez se evitasse o sofrimento de uma criança indefesa que certamente estará marcada para toda a sua vida!

Bom fim-de-semana para todos.

Mª da Conceição

Anónimo disse...

Fico contente em saber que a princesa hoje partiu para casa da mãe. Só não entendo porque o Juiz diminuiu um dia de visita da menina aos papás. A história de ter que ver com a quebra de rotina da menor, não se justifica.
Assim como a mãe ajuda, o casal também a poderia ajudar. Aliás, foi o que eles sempre fizeram.
Não entendi esta decisão judicial, o que leva a crer que o Juiz não está a ter em conta o que a menina realmente pretende. Oxalá um dia este juiz ouça a princesa, e dê valor aos seus sentimentos.
No que diz respeito aos palavrões ouvidos na escola com a intenção de difamar a mãe e o casal, é claro que só pode vir de quem está do lado do pai biológico, e não da menina. Reparei num comentário de hoje aonde falavam nas mãos calejadas do amante da mãe. Os que estão mesmo do lado da princesa nunca se referiram ao pai biológico dessa maneira, pelo que sempre o respeitaram, apesar de este não estar a dar importância aos sentimentos da filha. Os que defendem os superiores interesses da princesa são pessoas bem formadas, educadas, sem nenhum desvio doentio, contrariamente ao que se verifica relativamente a alguns comentários publicados neste Blog. Repito mais uma vez que sou por Esmeralda, e o que queria mesmo era que todos se entendessem para o bem dela. O casal e a mãe estão a dar provas disso, contrariamente ao que se verifica com o pai biológico. Daí a minha revolta, porque no meio disto tudo temos uma inocente que, apesar de poucos anos de vida está a ser mal tratada psicologicamente, não só por alguns adultos, como também por alguns colegas, que talvez não tenham a noção do que deixam escapar.
Peço desculpa pela minha frontalidade, mas quando se trata de seres indefesos, expresso o que vai no coração. No céu existe uma estrela triste, impedida de brilhar. Para voltar a cintilar como nos primeiros anos de vida, seria bom que se aproximassem dela, respeitando os seus sentimentos. Mas para isso será necessário colocar o ódio de lado, e partir ao encontro da princesa sem ressentimentos. Afinal, esta criança não tem culpa dos erros cometidos pelos adultos, e não deve pagar.
Aliás, ela não pediu para nascer, devendo ser poupada de determinadas injustiças.
Princesa, tem um bom fim-de-semana.
Relativamente aos papás da menina, desejo-lhes muitos, mas muitos anos de vida para voltarem a ter nos braços a vossa estrela, porque ela precisa de vocês.
O amor que vos une é muito forte, e nenhum laço sanguíneo consegue separar-vos. A lei consegue, porque é cruel. Mas um dia a princesa vai crescer, dará um ponta-pé à senhora lei que tanto a fez sofrer, e escolher com quem pretende passar a maior parte do tempo.
Cristina

Anónimo disse...

Há quem defenda que a menina se sente melhor com o pai biológico, porque fica nervosa quando regressa a casa deste, depois de um fim-de-semana com os seus papás. Agora pergunto: Não ficará assim por ter que abandonar os papás que sempre conheceu? É que, meus senhores, isto pode ter mais do que uma interpretação. O melhor seria que o Juiz lhe perguntasse mais uma vez, e ficaria tudo resolvido.
Tem bons sonhos, princesa.
Cristina

Por Esmeralda disse...

Caro anónimo (18:37)

O Por Esmerlda não defende um mundo utópico como o que refere e também não entende a sua versão da culpa. Aliás caro anónimo, quer-nos parecer que como já várias vezes referimos, nesta história, como alguém disse, todos têm um pouco de vilões e de heróis, como acontece no mumdo que não é utópico.

Mas caro anónimo, pense connosco o seguinte:

- Esmeralda terá que pagar o erro de Baltazar e Aidida term feito sexo desprotegido ou poderá agradecer-lhes esse acto de onde nasceu?

-Esmeralda por certo aceitará as razões que Baltazar um dia lhe dará para justificar a sua aceitação de paternidade tão tardiamente.

- Esmeralda ama o pai e uma das razões é por que ela não foi retirada à força aos Gomes quando ainda era uma bébé.

- Esperamos que Esmeralda um dia entenda o que é a justiça e também o que deve ser.

-Esmeralda esteve a um passo de perder definitivamente 7 anos de vida, por sinal maravilhosa.

- Esmeralda não tem culpa de Baltazar não ter conseguido aproximar-se da filha. Essa culpa é dos Gomes e por isso foram julgados e condenados.

- Esmeralda um dia, quando crescer e começar a pensar como os adultos, entenderá que Baltazar não confia em Aidida e no casal. Esperamos que aí não seja tarde demais.

Quanto à pergunta que coloca: quando a menina foi retirada já tinha visitas semanais e regulares ao pai e à mãe. Julgamos que seria previsível ques os laços tendesem a fortalecer-se e as relações a estabelecer-se. Neste momento, é isso mesmo que está a acontecer, ao contrário do que o caro anónimo continua ainda a ressentir-se.

Por Esmeralda

Por Esmeralda disse...

Caro anónimo (18:59)

Não nos compreende.

Não compreende a nossa visão desta história. Que mais podemos explicar, se já dissémos tanto?

E de forma consciente e responsável não se coloca totalmente do lado de Baltazar no inicio desta história, não crê que pudesse ter um desfecho diferente.

Diz ainda que legalmente Baltazar não cometeu qualquer crime. E que moralmente, pode-se afirmar que deixou Aidida grávida sem apoio.

Então em que ficamos? Legalmente é inocente e moralmente é culpado?

Onde e como estava Esmeralda entre a moralidade e a legalidade?

Diz depois que Aidida cometeu um crime legal e moral. Deu a criança (crime legal, não se pode dar crianças), a um casal que não conhecia (crime moral, não conhecia as verdadeiras intenções desse casal).

Na sua visão Aidida é culpada legal e moralmente.

Como foi Esmeralda cuidada pelos Gomes? Os cuidados ques os Gomes prestaram e o afecto que proporcionaram à menina será moralmente aceite e legalmente culpado?

Parte o caro anónimo,a seguir, para um rol de hipóteses, nemhuma delas concretizada e como se não chovesse fazia sol ou vice-versa...

A seguir alvitra uma possível solução, mais correcta, mas no seu entender. Estariam por esta altura as instituições que acolhem crianças em risco esgotadas se os pais em dificuldade as fossem lá colocar até passar a crise.

Por Esmeralda

Por Esmeralda disse...

Caro anónimo (19:57)

Felizmente que 99% dos pais ou mães biológicos têm afecto pelos seus filhos.

A biologia e os laços de sangue estão na génese do ser humano. Toda a gente sabe isso.

Estaria o caro anónimo à espera que comentássemos as idiotices que julga que nós defendemos?

Quanto ao desabafo sobre biologia e paternidade, diríamos antes uma grande confusão.

Por Esmeralda

Por Esmeralda disse...

Caro anónimo (20:05)

Não entendemos porque de forma aleatória se pega num caso, que não é jurisprudência e que ainda não está resolvido e que desejamos do coração se resolva a pensar nos superiores interesses do Martim e que não é bom exemplo para ninguém, diga-se o que se disser.

Diz “ Afinal nem toda a gente abdica do seus filhos em nome do amor. Amor também é lutar por eles, ou não?” – respondemos-lhe perguntando-lhe, se numa mera hipótese perder um filho, põe-o a hibernar numa instituição e quando voltar a recuperar as condições necessárias para o criar e o educar, volta lá e reclama-o, como? “Filho, voltei!”

Caro anónimo, já nada nos surpreende na defesa de Baltazar.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Este texto publicado pelo PorEsmeralda é mais uma vez um manancial de questões pertinentes e oportunas , ao mesmo tempo que revela, à semelhança de todos os outros a que nos habituou, uma grande preocupação pelo bem-estar presente e futuro da pequenina Esmeralda.

Na verdade, este caso apaixonou o país inteiro.
Toda a gente que se interessa pelo desenrolar desta história, sente um pouco como sua esta criança.

Uma criança que se encontra no centro de um furacão de emoções e sentimentos. Uns mais nobres que outros. Uns que se reconhecem genuinos. Outros talvez mais nublados, direi mesmo, um tanto obscuros, pouco transparentes.
E no meio disto tudo há a lei dos homens. Que é suposto servir para fazer justiça .Cega ! Porque lhe colocaram uma venda nos olhos.Com uma balança .Esta não percebi ainda para quê, pois a dita justiça acaba sempre por pender para um dos lados, ou seja, nem é preciso pesar. Não interessa o fiel da balança. Porque há sempre interesses, circunstâncias, actores, que ditam as decisões tomadas . O que origina a que muitas vezes se acabe usando dois pesos e duas medidas. Ou talvez mais ainda.

Neste caso concreto, parece que se respeitou a figura da justiça.
Venda nos olhos. Cega!
E não devia. Porque no centro de todo o processo estava uma inocente, de olhos arregalados, perdida, não compreendendo o que lhe estava a acontecer. E aqui, a justiça deveria tirar a venda. Olhar os olhos tristes, inocentes,incrédulos, que imploravem : -hei! Estou aqui! Vejam-me! Ouçam-me!
Porque só falam nas minhas costas?
Mas não.Olhar olhos nos olhos , estes olhos, não interessou. Os olhos estavam vendados . Só retinham os códigos dos calhamaços do Direito. Que estavam sabidos. Porque são sempre os mesmos. Estão sempre lá. Nos livros. Não precisam de ser confrontados com um olhar frontal e sensato. Um olhar "para "baixo", se se tratar de crianças. Ao nível delas. Dos seus "dois palmos" de altura. Um colocar-se de joelhos se for preciso.
Mas não.
Os livros foram feitos por homens grandes(em centímetros).Por isso tratam sobretudo desses homens grandes. Dos seus direitos. Do que acontece se não cumprirem os seus "deveres". Está tudo lá. Muito bem formatado.
Mas afinal, quem deveria ser o centro desta demanda? Acusaram-se homens,relevaram-se acções de homens ( que também deveriam ter sido acusados) puniram-se uns homens, indemnizaram-se outros homens(e chorudamente) ...enfim...

E Esmeralda ?

Esmeralda foi a moeda. É atribuida a quem tem mais "direitos". Dos homens, claro!
Uma moeda é a paga de qualquer coisa. Paga-se e pronto! Toma lá que é tua!
Porque a justiça, como cega que é, não pode distinguir.Compreende-se. Só pode decidir o que pertence a quem. Porque os livros dizem. Não especificam o tipo de moeda. E se não pagam no tempo devido, carrega-se-lhe com juros. Elevados! ( neste caso 30 mil euros...bolas!)

Mas uma criança é muito mais que tudo isto.
Uma criança não entende nada disto.
Esta criança ,de nome Esmeralda, não tem culpa de ter nascido engeitada por um pai, e dada à luz por uma mulher em desespero.
Teve a estrelinha da sorte ao cruzar a sua tenra vida com alguém
que lhe deu um colo, a amou e educou desde cedo.

Porque lhe tiraram tudo?
Porque foi inevitável infligir tanto sofrimento a esta criança, só para sanar os conflitos dos adultos?

Quando penso neste caso , e noutros que por aí conhecemos, vem-me sempre à memória parte do poema de Augusto Gil :

"Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!..."

E continuam a querer infligir sofrimento à pequena Esmeralda
Por que é que seu pai quer à força expulsar da sua convivência o casal a quem sempre chamou pais?
Por que é que o pai desta menina teima em querer arrancar-lhe das etranhas, sentimentos , referências e estruturas emocionais que fazem parte do seu ser?
Se é a cegueira da vingança que o impele, não será também isso um crime ?

Mas a justiça parece que lá vai continuar de venda nos olhos...

Anónimo disse...

concordo plenamente
e dou todo o meu apoio ao
texto escrito das19:56
as crianças são o melhor
do mundo, não merecem
sofrer como fizeram a Esmeralda
esta menina realmente tem um
Pai que só quer vingança
e não pensa na quilo que é
mais importante os sentimentos
da Menina,que a justiça
olhe para esta inocente
que tanto precisa de ajuda
e não o Pai
ainda tenho fé que esta inocente
vai ainda ser feliz
com toda a família alargada...

alvaro disse...

ESCLARECIMENTO :

Mais uma vez ,venho esclarecer que o comentário do dia 23/10/09 das 22: 53 horas ,aonde menciona as palavras ( BESTA E FACADAS ) e supostamente assinado por mim é totalmente FALSO !!!..........

Questiono o PORQUÊ ?
Quais são os OBJECTIVOS ?
Aonde está o carácter e a Dignidade HUMANA DESTE TIPO DE PESSOAS ?
Será que são pessoas ?
Quem souber que me responda !

subscrevo: alvaro da florência murraças : s.m. do porto-alcobaça

Anónimo disse...

Mas como é possível existirem pessoas ainda na dúvida em relação às intenções de Baltazar?
A prova está à vista! Com que intenções os seus amiguinhos andam a usar o senhor Álvaro Flurência! Ele tem toda a razão e todo o direito à indignação!
A nós cabe-nos o dever cívico de lutar para que Ana Filipa regresse o mais rápido possível ao seio da sua verdadeira família, que a criou educou e muito amou, (continua a amar), que por ela se tem sacrificado! Bem-haja Luís e Lina.
É revoltante o carácter destas pessoas!
Catarina.

Anónimo disse...

Há pessoas que têm o coração demasiado longe da cabeça, pessoas que vivendo de costas para a vida, perdem o futuro e isso deixa-me triste especialmente porque algumas dessas pessoas têm poder para decidir sobre a vida dos outros. Esta criança deve sofrer imenso porque os actos de alguns adultos a empurram para um beco sem saida. Fala-se de amor, sem se saber amar e fala-se tanto na justiça, em respeitar e acatar as decisões, mas a justiça é feita por humanos por isso mesmo falível, lembro um caso noticiado há cerca de 15 dias, um homem condenado á cadeira eléctrica consegue provar a sua inocência e com o apoio da Amnistia Internacional anda agora a fazer uma campanha contra a pena de morte, é que a vida não se devolve, e o mal que estam a fazer à Ana Filipa ao retirarem-lhe a familia que sempre conheceu pode ser irreversível os anos de felicidade roubados também não se devolvem.
É preciso fazer acontecer e com urgência!
Catarina

Natércia disse...

Boa noite.

Eu por mim posso falar,e dizer que ao lêr as palavras de quem assina pelo sr Álvaro,fiquei com o pé atrás.

Mas isto não é novidade,para quêm anda cá há mais tempo,sabe que os nosso nomes são uso e desuso,de quêm não têm "coragem"(eu nesta altura já me apetecia dizer outra coisa,mas para manter o nivel,vou usar estas palavras)de se manisfestar abertamente e dizer ....o nome!

Na petição quantas vezes não fomos já "alvo"de pessoas sem carácter?

Mas isso é o de menos,que aqui ninguém sequer se importa,que um bando de arruaceiros,sem instrução,muitos vê-se que não sabem lêr(dado as interpretações que fazem dos post´s)ignorantes totais do que é têr amor por alguêm de modo incondicional(Luis Gomes,Adelina,Esmeralda)e desde logo iletrados no que toca a sentimentos.
Por isso só e sempre se debruçam sobre o pobre do "pai Baltazar"e esquecem quêm merece protecção atênçao,Esmeralda.

A disputa e o instinto maligno fazem parte da natureza do homem. Nietzsche, que dialogava com as descobertas científicas de sua época, como Spencer e Darwin, aponta a importância destes e outros instintos, necessários à perpetuação da espécie(instigação).
Podemos assim decifrar que espécie
se esconde por detrás de quêm comenta(usando falsamente,o nome de outros ),com o intuito de despertar o ódio.
Mas aqui ninguêm se intimida,por isso volto a dizer
perante os diversos alertas que, ao longo do tempo, têm sido feitas por médicos, psiquiatras , psicólogos e outros técnicos de saúde, os nossos Tribunais viram a cara para o lado, e aplicam o Direito... O direito frio, implacável, com toda a sua arrogância, como se apenas a dita ciência jurídica fosse válida.

Por Esmeralda disse...

Caros Amigos e Amigas,

O Por Esmeralda informa todos os amigos que aqui consultam e comentam sobre a defesa dos superiores interesses da Princesa que após varias confirmações acerca das nossas convicções, outras pessoas que não pensam exactamente como nós, finalmente mostraram perceber o motivo de algumas das nossas grandes preocupações.

Com efeito, no site da Petição, foi introduzida uma assinatura cujo comentário diz " ...porque gritava tanto?Que raio de "amoe" estaria a pertubar Esmeralda. O chorar e gritar serão sintomas de bem estar e felicidade em Esmeralda? è estranho. Normalmente nas crianças é sintoma de mal estar, violÊncia, maus tratos ..."

Quer-nos pois parecer que finalmente todos percebemos o verdadeiro significado, que nos atormenta tanto, daquele dia de Dezembro de 2008 nas traseiras do Tribunal de Torres Novas. Assim, este será menos um factor de desentendimento e por conseguinte, maiores esperanças de felicidade no futuro para a Princesa

Por Esmeralda

Anónimo disse...

alvaro disse:


ACABEI AGORA MESMO DE OUVIR NO NOTICIÁRIO DA SIC DAS DAS 20: OO HORAS O DESMONTAR DAQUELES QUE SÓ VÊEM O QUE ESTÁ

ESCRITO NOS DITOS ACTOS DOS PROCESSOS QUE ENVOLVEM OS CASOS

ALEXANDRA E ESMERALDA / ANAFILIPA

E NÃO VÊEM OS SUPERIORES INTRESSES DESTAS DUAS MENINAS ( E NÃO SÓ )

SENÃO VEJAMOS O QUE DIZEM AS AUTORIDADES RUSSAS SOBRE OS JUÍZES PORTUGUESES ,

SÓ NÃO LHE CHAMAM

(SANTOS) ...................................... E A ( BESTA ) BURRO SOU EU .!



26/10/09: 21: 30 HORAS

subscrevo-me .....: alvaro da florência murraças

Por Esmeralda disse...

Caro Senhor Álvaro Murraças,

O Senhor, o Por Esmeralda e muitos bons amigos da Princesa, também já há muito tinham desmontado os actos que envolveram o destino destas duas meninas.

Diríamos até que assim continuaremos, na força desta nossa convicção – não foram convenientemente defendidos os superiores interesses da Princesa.

Aos olhos de todo um Portugal, as autoridades russas, aquelas de que se acusava de não olharem devidamente pelas suas crianças, foram bem explícitas quanto à raiz de mais uma decisão que a todos nos envergonha.

Afinal não somos só nós que nestes casos da justiça a razão bem se podia casar com o coração.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Joana e Maddie estão mortas? Esmeralda e Alexandra bem entregues?

Primeiro, foi a Joana. A mãe e o tio foram presos e levaram forte condenação. O corpo não apareceu nem rastos. Um mistério e há quem ponha dúvidas no assunto.

Depois, foi a Madeleine. Raptada, morta ou o que quer que seja, virou novela e o corpo jamais foi visto. Correu mundo a pesquisa e nada de palpável aconteceu.

Pelo meio, surgiu a Esmeralda e o caso arrastou-se, entre a ideia de entrega ao pai biológico ou a uma família de acolhimento. A questão deu brado e emocionou o País. Felizmente, não há morte a lamentar.

Por fim, temos aí a Alexandra. Uma situação difícil de gerir. A miúda, filha de uma russa de mau porte – que, por isso, foi expulsa de Portugal – ficara numa família de acolhimento, desde os 17 meses, onde era bem tratada e ia agora entrar na escola…

Lá da Rússia, a mãe pediu a sua custódia. Um tribunal de 1ª instância, de Barcelos, negou-a mas um colectivo de juízes, de Guimarães, deu razão à mãe e a miúda foi enviada à progenitora.

O alarme chegou quando num programa de televisão foi vista a mãe a bater na criança e a dar sinais de alcoolizada. Os pais afectivos decidiram ir à Rússia. As televisões e jornais acompanharam o assunto. Os juízes admitiram ter-se enganado…

Enfim, mais um inexplicável erro da Justiça, “à portuguesa”. E talvez sem remédio. Aparentemente, quem irá sofrer é a criança – cuja educação e amizades já nada tinha a ver com a Rússia –, num meio em que a dor da Alexandra pouco conta.

A falta de sensibilidade dos juízes choca-nos. É provável que tenham cumprido a lei, mas não a presunção da lei e o perigo da inocência. Foram negligentes. Bem podem correr agora atrás do prejuízo…

É por estas e por outras que os julgamentos tendem a ser feitos (pela imprensa) na praça pública. Podem cometer-se muitos erros mas o tema não sai de cena. Fica entregue à opinião pública e esta faz justiça pela experiência e conhecimento. Mais, resolve com o equilíbrio da verdade.

Sem dar a voz ao povo e deixando tudo na barra dos tribunais, corre-se o risco da lei cortar a direito, sentimento à parte, prejudicando a justiça dos factos. E quando o arrependimento chegar, será demasiado tarde. É o facto em apreço. Ou não será?

Assim, não mais chegaremos a saber a verdade real. O poder do dinheiro faz truques. Impede a reconstituição dos factos, tal qual eles se passaram. As polícias naufragam em opiniões, não raro, contraditórias, sem sustento possível. Ficamos todos à espera de um “milagre” que faça luz definitiva.

Deste modo, entra-se num clima de não solução, Ou de solução apenas possível, imaginária, e não verdadeira. Os casos avolumam-se à luz do dia e prolongam-se no breu da noite. Os mais desfavorecidos continuarão a ser alvo de injustiças, sem ninguém que os defenda, de facto, da mentira.

A Joana está morta ou viva? A Maddie morreu ou não? A Esmeralda foi bem entregue ao pai? A Alexandra não devia ter sido devolvida à mãe biológica? As noticias atestam"bem"!


Marcelino Viegas

Anónimo disse...

Decisões contraditórias de juízes com base no superior interesse da criança levam IAC a pedir alteração da lei para garantir "a continuação das ligações afectivas".

Os partidos políticos estão disponíveis para discutir alterações à Lei de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo. Em causa está o conceito de superior interesse da criança que serve de base ao diploma e tem levado juízes a tomar decisões opostas, como nos casos da Alexandra, Esmeralda, Iara e Martim. A questão foi levantada pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), que organizou uma petição para assegurar "o direito da criança à continuação das ligações afectivas", explica Dulce Rocha, presidente da instituição.

A deputada socialista Maria do Rosário Carneiro admite que no Parlamento "ninguém está a tratar do assunto". Contudo, a presidente da Subcomissão de Igualdade de Oportunidades e Família reconhece que o artigo 4.º da lei "merece reflexão" e está disponível para o debate. Do mesmo modo, a deputada do BE Helena Pinto revela que a bancada está "aberta para reflectir a possibilidade de clarificar o conceito". Mais convicta Teresa Caeiro do CDS/PP frisa que "faz absolutamente sentido discutir o superior interesse da criança".

O PSD também está disponível a rever o conceito. Fernando Negrão concorda com a sua "maior especificação". E Nuno da Câmara Pereira, representante da bancada na subcomissão, considera "muito pertinente" a discussão.

Mas as eleições podem atrasar o debate. Isto porque "pode não haver tempo para tomar uma decisão correcta nesta legislatura", explica Teresa Caeiro. Do lado do PSD, Fernando Negrão garante que estará atento ao tema na próxima legislatura. "Aliás já estou", sublinha, justificando que "a prática tem mostrado que a lei precisa de ser clarificada".

Até agora mais de 300 personalidades, entre as quais Marcelo Rebelo de Sousa e Eduardo de Sá, subscreveram o documento do IAC entregue no Parlamento.

Dulce Rocha mostra-se "satisfeita" com a abertura que os partidos mostraram em discutir a lei.

Por Esmeralda disse...

Caro Anónimo (22:56)

Também por aqui muitos anónimos, amigos da Princesa, esperam com expectativa a discussão da alteração à lei.

Como verá a Princesa este país que não sabe defender as suas crianças, no futuro?

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Boa noite
Caros administradores do Blogue "Por Esmeralda", já repararam que mais uma vez o anónimo das 21:30 está a fazer-se passar pelo Sr. Álvaro da Florência Murraças?
Este anónimo deve sofrer de alguma psicose que lhe dá para fazer-se passar por outra pessoa. A diferença é que o Sr. Álvaro da Florência Murraças está de boa fé e defende o Superior Interesse da Ana Filipa Esmeralda, enquanto a outra pessoa age de má fé para lançar a confusão e desacreditar o Blogue.

MF

Por Esmeralda disse...

Caro Anónimo (23:16)

O Por Esmeralda informa que o comentário que cita pertence ao nosso amigo Sr. Álvaro.

Quanto aos que agem de ma fé, devemos perdoá-los porque são dignos de pena. Mostram-se sempre muito reduzidos na estatura e redutores nas apreciações.

Por Esmeralda

Anónimo disse...

Muito bom dia a todos!

Estou muito incomodada com as notícias de ontem sobre a pequena Alexandra.
Então, por associação de ideias, lembrei-me naturalmente da "nossa" pequena Esmeralda.

Embora as situações não seja exactamente as mesmas, pois,do que sabemos, felizmente, o sr. Baltazar não tem os problemas que são atribuídos á mãe russa ( alcoolismo, maus tratos, etc. ) mas no que conserne às decisões judiciais e à interpretação e cumprimento das leis tomadas por eles, existe um evidente paralelismo.
Nos dois casos, juizes diferentes tiveram interpretações diferentes .
E uns foram mais sensíveis do que outros às recomendações de técnicos de saúde.

A cena a que todos assistimos, quando a menina russa foi retirada violentamente do colo daquele a quem chamava pai, foi de cortar o coração.
Aquela cena viu-se.
Foi filmada. Embora eu tivesse ouvido dizer a alguns comentadores que se deveria ter evitado essa exposição.

Então foi por isso que, no caso de Esmeralda, a cena , que eu imagino ter sido idêntica ou pior, foi antecipadamente programada para as traseiras do tribunal.

Mas afinal o que é que está em causa ? A constatação pública do sofrimento de uma criança em nome de uma lei insensível ,ou o facto de se infligir esse sofrimente a quem não se pode defender ?
E que leis são estas, que não consigo entender?
Não seria suposto existirem para defender os mais fracos, os indefesos?
Nestes casos quem são ? As crianças, naturalmente!
Então não deveriam ser elas o centro das decisões?

No caso da menina russa, a gravidade de uma decisão judicial errada,lesiva dos interesses de uma pobre criança inocente, é capaz de ser difícil de ser revertida ou amenizada.
Está tão longe de quem tanto a ama e sempre a protegeu!
Colocá-la agora numa instituição???
Pobre criança !

Mas no caso de Esmeralda ainda há tempo de reparar o mal feito, se as vontades de quem decide não voltarem a faltar .

Ainda há poucos minutos ouvi uma entrevista com a drª Dulce Rocha do Instituto de Apoio à Criança a propósito destas notícias da Rússia, voltar a afirmar : "as ligações emocionais e os afectos criados desde os primeiros tempos de vida de uma criança são decisivos na sua formação e desenvolvimento como seres humanos equilibrados e saudáveis"

Por isso, continuo a não entender porque o pai de Esmeralda faz recursos para os Tribunais exigindo o afastamento total da sua filha do casal a quem ela considerou pais durante quase 7 anos.

Se o sr. Baltazar não tem muitos conhecimentos sobre desenvolvimento e educação de crianças ( e a isso não é obrigado), porque não escuta com o coração as opiniões de quem sabe do assunto , em vez de dar ouvidos a conselhos de quem apenas o atiça para continuar na senda da vingança jurídica?
Será que não viu ainda, que indo por aí, poderá ter a sua filha só para si....mas...a que preço ?
A um preço que, mais tarde ou mais cedo, infelizmente, será pago pela sua própria filha.
Não tenha dúvida!

Também não esqueço outra informação dada pela citada técnica do IAC há uns tempos . Dizia :
"Todos os jovens adolescentes problemáticos que nos aparecem, TODOS, têm uma coisa em comum :
" tiveram, na sua infância, violentas rupturas afectivas!"

Que dizer de um pai ou uma mãe que , por egoísmo ou vingança, desvalorizam uma realidade destas?

Responda quem de direito.

Mª daConceição

Anónimo disse...

Cara Natércia,e M.da Conceição

Levantam questões pertinentes sobre a jústiça.
Eu também!

Qualquer psicólogo, mesmo aqueles que saíram "agora" da universidade, sabe que o período essencial para que a criança reconheça totalmente os seus progenitores, são os 2 primeiros anos de vida!
Nenhum burocrata ou qualquer "lei" criada por eles e aplicadas por outros burocratas, terá qualquer impacto nas convicções já formadas na criança!
As nossas leis, cada vez mais se assemelham a leis criadas por animais racionais que as utilizam para jogos de poder e de afirmação partidária.
Actualmente existem na "justiça" 3 espécies de juízes:
a) Os que pensam por si próprios e utilizam a razão e o coração para julgar (a isto se chama bom-senso).
b) Os que por medo de utilizar os critérios acima mencionados, usam a "lei" pois em caso de dúvida ou decisão errada, podem sempre alijar a carga para cima do legislador, que são sempre empregados partidários e não deputados eleitos directamente pelo povo ( chamar DEPUTADO a esta canalha é ofender o significado da palavra DEMOCRACIA!
c) E os que pela sua falta de experiência na vida e profissão, são considerados pelo povo, como "juízes de "aviário"!

Acerca deste caso tenho visto opiniões vindas da parte de "juízes" que não compreendem o significado da palavra pois apoiam-se em normas que nada têm a ver com a vida real, tal como dita o significado de "lei"!

Um Estado significa dignidade e procedimentos que respeitem a ética nos actos dos homens públicos escolhidos e das respectivas instituições, mas o que temos nos tempos actuais é tal como relata Eça nas "As Farpas":
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«Estamos perdidos há muito tempo... O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada. Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O Estado é considerado na sua ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte, o país está perdido!». Eça de Queirós em "Farpas" 1871.
Mesmo centenário, as palavras e a intenção, ajustam-se que nem uma luva aos tempos actuais!


Muito boa tarde.
José da Costa.

Anónimo disse...

Estava a jantar e não pude deixar de ouvir no noticiário, que mais um recém-nascido foi colocado num contentor do lixo, no Funchal, tendo sido encontrado, já sem vida.


Fiquei a pensar na diferença entre uma mãe que tem a coragem de “dar” um filho seu, para alguém criar, e uma mãe que deixa morrer uma parte de si.

É por isso que eu apoiarei sempre a decisão que D. Aidida tomou.

Assim se conhecem as grandes mães, as que conseguem dar um filho por amor.

Anónimo disse...

Por favor, este é um pedido de esclarecimento a quem saiba esclarecer. Porque eu não sei mesmo a resposta e pode ser que a resposta me ajude a perceber. Porque sem saber a resposta eu só acho a lei idiota, completamente desprovida de sentido. Mas pode ser por não estar a ver bem a lógica, a razão, o enquadramento.
A minha dúvida, agora, não tem nada que ver com o "caso Alexandra" ou com "o caso Esmeralda". É uma dúvida geral: Porque raio não podem as famílias de acolhimento acabar por adoptar as crianças que acolhem e com quem estabeleceram laços? É que não podem! Ou seja: uma família decide ser família de acolhimento. Pronto. Pensa: Ok, vamos ajudar esta pobre criança a não estar enfiada numa instituição e vamos aqui mostrar-lhe o que é uma família. Tudo começa assim, sem grandes ligações afectivas e tal. Mas depois, com o tempo, todos criam laços fortes. E esta família pensa: "é pá, e se a gente adoptasse esta criança, que é já como se fosse nossa, no nosso coração?" E depois vai-se a ver e não podem. As famílias de acolhimento não podem adoptar aquela criança que acolheram. Mas isto faz sentido para alguém? Alguém consegue explicar-me porquê, que eu não estou a chegar lá? Então é melhor para a criança ser abandonada duas vezes? Pela família de origem e pela família de acolhimento? É o quê, isto? Um jogo? O jogo do "vamos lá ver quantas vezes conseguimos destruir a vida a este puto?"
Muito agradecida a quem me guie nas teias desta lei que não entendo. Muito agradecida.


"Do blog cocó na fralda"

Anónimo disse...

Segurança Social, Prot.de menores, legisladores e a quem de direito, analisem o processo de adopção de países como o Canadá. Lembrem-se da Menina do Porto que foi queimada e atirada ao Douro.Se for possível recuperar a Alexandra e a Esmeralda, assinem a petição que eu e milhares de Portugueses (estou certo) contribuímos com o possível.Isto é uma das maiores atrocidades que vi do estado português.José Carvalho

Anónimo disse...

O que se está a passar com a Alexandra não me surpreende, porque os senhores juizes gostam imenso de fazer valer a senhora Lei, mesmo sabendo que irá por em causa o bem-estar de gente indefesa. A justiça portuguesa envergonha-me, porque os direitos dos nossos príncipes e princesas não são defendidos. E há gente que ainda insiste em optar pela biologia, mesmo sabendo que, por vezes, as condições não são as melhores.
Envio o link que remete para o que se está a passar com Alexandra.

Ministro dos Negócios Estrangeiros oferece apoio para resolver ...

http://www.publico.clix.pt/Sociedade/ministro-dos-negocios-estrangeiros-oferece-apoio-para-resolver-situacao-da-menina-russa_1407057


Deixo um beijo para a nossa princesinha Ana Filipa/Esmeralda.

Cristina

Anónimo disse...

Bom dia
espero que com este drama de Alexandra, os nossos juízes possam
reflectir como as leis que eles
próprios aplicam contra crianças que nós há partida achamos injustas
é doloroso a criança ser imposta
contra a sua vontade, sair do seu mundo em que foi criada os seus verdadeiros Pais são aqueles que as
criam com muito amor
este caso Esmeralda está a ser vitima desta própria justiça esta
menina está a ser neste momento a ser usada, como vingança do seu Pai em
que o desejo dele é afastar a criança dos seus Pais do coração
atitude muito reprovável,
esperemos que este caso tanbem
não deixe de ser apreciado
e reposto a FELICIDADE DE ESMERALDA

Maria

Anónimo disse...

Há alturas em que temos uma dificuldade absoluta em compreender certas decisões da justiça, por incapacidade nossa, ou porque essas mesmas decisões são absolutamente incomopreensíveis! Não posso compreender a defesa sobre tudo e todos dos laços biológicos, qundo é no seio das familias biológicas que se cometem as maiores atrocidades. Confio que este governo que em certas situações mostrou coragem politica altere a lei das adopções, por isso é que votar é tão importante, por isso é que de certo a nossa amiga Catarina apelou e bem ao voto, Aguardemos pois novas leis em que as crianças sejam ouvidas, para bem delas e de todos os que se preocupam efectivamente com os seus direitos.
Rita