“AMIGOS (?)
AMIGOS MEUS (?)
Quem SOIS ???
DIZEI-ME EM FORMA DE ESPELHO MÁGICO E MEU!!!
Afinal quem sou Eu, a ESMERALDA/ANA FILIPA…???
QUEM TERÁ NESTE TEMPO, NESTE CAMINHO E NESTA HISTÓRIA QUE É A VIDA MINHA, MAIS DIREITOS DO QUE EU???”
Sou pequenina, franzina, tenho cabelos e olhos castanhos, tenho pés pequeninos, gosto do Cor de Rosa, gosto de tanta coisa...Sou menina apenas, e não conheço muitos dos que falam de mim.
Sou um pouco de tudo isto, mas SOU GENTE, tenho uma família grande; mas que culpa tenho de parecer ser tão querida e amada, quando na vida de muitos dias, alguns tanto me fazem sofrer.
Tenho um pai e uma mãe, aqueles com quem aprendi as doces e ternas palavras (Mãezinha, Paizinho) e onde cresci. Tantos mimos e carinhos e de repente roubaram-me os meus pais. Mas ninguém nunca me perguntou o que eu senti naquele dia triste perto do NATAL, em que por OBEDIÊNCIA, sim os meus pais ensinaram-me a ser obediente, simpática e a saber ouvir os senhores mais velhos.
Aquele dia e os outros que se seguiram, foram dias de medo e de espera, porque nas noites escuras, eu só pensava que se calhar foi porque algumas vezes me portei mal e até fazia birras que aquela senhora juíza me tinha castigado.
Não me lembro de tudo…
Foi tanta coisa…Ofereceram-me tanta coisa… Prometeram-me e prometem-me tanta coisa…
Que faria outra criança, ou que fariam estes meus amigos no meu lugar???
Mas TIVE TANTO MEDO!!!
O meu coração batia tanto, lá naquele sítio que o pai Baltazar queria que eu gostasse.
Também não percebi porque é que só depois do meu choro se lembrassem de regressar. Mas não me levaram para a minha casa como prometeram e depois foi um NATAL sem a Consoada como eu gostava.
Eu acho que ninguém percebe ainda o que eu gosto, o que sinto…como sou…
A minha mãe a quem eu só chamava de Aidida, apareceu um dia e pude estar com ela num jardim, lá na Sertã.
Parecia como que uma fada que naquela maneira diferente de falar, conseguiu que o meu coração não batesse tão forte…e
O tal medo se tivesse esquecido de mim…
Era pouco o tempo, mas eu acreditei sempre, que ela iria voltar.
E valeu a pena acreditar. Ela voltou sempre, mesmo que eu não estivesse á espera, e também eu, quando estava sozinha, já pensava nela como uma amiga que me dizia palavras doces e me chamava amor, querida e tinha e tem um sabor tão parecido com o da Mãe Lina e do Pai Luís. E sempre pude falar com ela sem medos, dos meus paizinhos, perguntar-lhe por eles, e saber que ainda se lembravam de mim. Aqueles que tanto tempo estive sem ver. Mas eu sabia pela Mãe Aidida que eles nunca me tinham abandonado e não se esqueceram de mim!
E naquela vez que eu tive de gritar muito, fechada naquele quarto para cumprir o…
(Mas isso foi tão triste que não quero falar disso agora)...
Deram-me noutro dia uns papeis para eu guardar e que sei que falam dos DIREITOS DAS CRIANÇAS…Eu ainda não sei ler tudo bem, mas bem gostava de saber o que ISSO É…Tão depressa tenho que ser grande como os que se chamam adultos, e escutar bem e fazer o que me mandam, e lá vou eu ter de falar, de responder tantas vezes ás mesmas perguntas que nem sequer sei contar as vezes que fui chamada pelas doutoras, para me perguntarem sempre o mesmo, e responder as mesmas coisas.
A Srª Juíza Mariana, essa era meiguinha e eu até gostava de falar com ela. Mas há outras, que parece que não acreditam em mim. Julgam que eu sou mentirosa, mas foram muitas as vezes que nesta nova casa me ensinaram que eu tinha que dizer assim, ou de outra maneira, e eu nunca percebo as razões.
A minha professora do ano passado era minha amiga e eu sei que ela sabe que eu não gosto de mentir. Mas naquelas confusões eu ás vezes dizia e digo o que eles querem que eu diga, e até acredito no que me prometem.
A Ilda é minha amiga, mas não é minha mãe, como o Baltasar me obrigou a chamá-la.
O que será isso dos Direitos das Crianças, se parece que quem tem todos os direitos é o pai Baltazar?… Não acho que ele seja mau, mas é tão diferente do meu verdadeiro paizinho Luís . Eu gosto de brincar e já tirámos até muitas fotografias na brincadeira, mas diziam-me:
Dá um beijinho ao pai Esmeraldinha, agora vamos fazer uma roda, e lá vinham aqueles das fotografias que se punham ao longe, mas eu sabia que eles estavam lá.
Noutro dia, mentiram-me muito, e isso eu nunca vou esquecer e ás vezes penso que já não vou ser mais amiga deles.
Será justo que eu tenha que estar todos os dias com o pai Baltazar e ainda tenha que passar fins de semana com ele?
Se querem que eu fique dividida e tenha tantas casas, deixassem-me passar os fins de semana com a mãe Aidida.
E com a mãe Lina e o pai Luís.
Se tenho que estar naquela escola e á noite estar naquela casa, então não é mais justo até, que eu saiba para onde vou, estar sempre nos fins de semana junto da mãe Aidida e depois nos meus paizinhos? assim é que era dividir por três.
Acham que eu vou aguentar uma vida assim?
Será que há muitas crianças como eu? Será por isso que a Dra Ana me falou desses DIREITOS DE CRIANÇAS
A Mãe Aidida contou-me e tem-me contado a minha história e nas nossas férias, eu aprendi tanto do que foi a minha vida e de coisas que eu não conseguia recordar, mas ao escutá-las, eu tinha a certeza de que já as tinha vivido…
Também lhe fiz muitas perguntas, e até temos alguns segredos que guardamos. E depois, foi sempre tão bom ver os meus paizinhos juntos connosco. Com a minha Mãe Aidida também voltei a ver e a estar com os meus avós de Mação e os meus avós do Alentejo. Também ganhei outra avó que tem um nome muito lindo. Até sei que há uma música feita por um músico famoso que foi escrita como se fosse para ela - PARA ELISA!-É Bué da Gira aquela música. Mas é triste como a minha vida.
A minha avó Esmeralda parece que também gosta de mim, mas há coisas que ainda não me habituei…É tudo tão diferente.
Acho que nunca me vou habituar às maneiras de vida daquela casa.
Na casa da mãe Aidida é bem diferente, nas férias aprendi tanta coisa e gosto muito dela, até parece que ela já me conhece bem, mesmo quando eu faço birras.
É assim, ela explicou-me que os senhores juízes não deixam eu ficar em Torres Novas e só quando eu tiver 14 anos é que vou ter o tal Direito que os filhos têm, e vou poder decidir.
Então eu acho que se eu tenho direitos agora é porque eu sou criança e então eu decidia já.
O pai Baltazar é diferente, e eu de vez em quando ia visitá-lo e quem sabe se não posso passar umas férias e uns fins de semana. E até poder voltar para a minha verdadeira casa e viver sossegada com os meus paizinhos, vivia com a mãe Aidida e andava numa escola lá em Tomar.
Eu tenho amigos em Tomar e Torres Novas, porque é que o Baltazar não mos deixa levar lá?
Uma amiguinha de Lisboa, perguntou-me se eu estava presa.
Ás vezes, mesmo muitas vezes, eu brinco muito, muito, e até tenho medo que venham aquelas pessoas fazer-me perguntas. Apetece-me nunca mais responder a ninguém. Se eles acreditassem em mim, percebiam porque é que eu tenho até medo de responder. Eles não entendem nada. Quando for grande hei-de ensiná-los a escutar os meus silêncios…e tudo o que eles não percebem…
Aqueles que me entendem e que sabem como eu sou não podem salvar-me, e parece que tenho que ser eu a verdadeira PRINCESA E HEROÍNA NESTA HISTÓRIA QUE É A MINHA….”
*********
MOTIVOS DE REFLEXÃO??
SIM!!!………..
Se não somos capazes de acolher os apelos da Srª. Da. Maria da Conceição que desde a primeira hora e em todos os seus textos nos convida a esse esforço, que também para mim é o motor e o sinal de que é esse o CAMINHO que nos levará ao entendimento da realidade com o sentimento, pois que escutemos os desabafos atrás escritos muito sintetizados da pequena Esmeralda/Ana Filipa/Princesa ou porventura o nome mais doce e terno que lhe queiramos chamar.
Estes desabafos (poucos, por sinal) são pedacinhos do que ela ao longo destes LONGOS dez meses foi e vai deixando escapar, na sua inocência, nos momentos em que está descontraída e perto daqueles que ama e que ela sabe que a protegem. Por eles se escuta, a mistura da vida e das Leis a que tem e teve de aprender a obedecer.
Quem com ela priva, sabe que por aqui não há inverdades, nem invenções, como alguns querem fazer parecer.
Esmeralda/Ana Filipa é um SER que teve que crescer muito, por dentro, abraçando cada dia ao sabor do que lhe tem sido oferecido.
As marcas, as confusões, os danos só quem de mais íntimo com ela vive, nos pequenos grandes tempos de fim de semana de “libertação” poderiam partilhar, mas nesses poucos acreditariam, porque nesta coisa de misturar o AMOR com a LEI, prevalece o mais fácil de cumprir –“ CUMPRA-SE A LEI!!!”
E qual de nós tem o direito de culpar moral ou legalmente tanta incompreensão e tanta falta de atenção para saber entender uma criança???
Juízes, Doutores, Técnicos, Advogados, Amigos, Amas, PAIS e demais familiares de sangue ou de Coração: SÃO PRECISAS MUITAS HORAS, MUITOS MESES; TALVEZ ANOS PARA PERCEBERMOS: O QUE SIGNIFICA TALVEZ E APENAS O SILÊNCIO, UM ACENO DA CABEÇA, OU OUTRO COMPORTAMENTO DE UMA CRIANÇA QUE SOFRE OU ESTÁ EM RISCO…
E esqueçam-se aqueles que pensam que são os pais os detentores dos DIREITOS, porque é a CRIANÇA que tem o DIREITO MAIOR !!!
Centenas de palavras, afirmações parecem transparecer por aqui e de mais, ultimamente sinais dos direitos que os adultos se dizem Detentores.
MAS QUEM NISTO TUDO TEM DIREITO A TER DIREITOS???
Os adultos (alguns ligados ao sr. Baltazar) vitimizam-no e tornaram-se defensores do que jamais pode existir.
Tomar partido por este ou aquele lado, será o maior erro.
Presto aqui a minha gratidão ao Por Esmeralda que por vezes tão ingloriamente tem lutado pela maneira de fazer compreender e de sempre se assumir, que todos mas TODOS os que se reclamam por Esmeralda/Ana Filipa/Princesa é apenas por ELA que aqui ESTÃO! E continuam com uma paciência por vezes inimaginável a acolher e a responder, como quem ensina calmamente um “filho” ou um “velhinho” que não consegue ainda, ou já, entender tanta confusão, e sejamos honestos, MALDADES construídas para desunir.
Os Direitos pertencem aos filhos enquanto crianças menores e desprotegidas.
Os Deveres cabem aos pais, e adultos que como educadores se considerem como tal.
O DEVER DE OS PROTEGER cuidando deles, criando-os e educando-os, com esse “Direito” natural e fundamental que lhes assiste.
Ninguém pode reclamar como posse sua, ALGUÉM, que afinal é apenas OUTRO ALGUÉM !!! Na VIDA ninguém é dono de NINGUÉM!....
Parece que estamos sempre a esquecermo-nos disto, e também nos alheamos que Todos somos Existência neste Universo Infinito e Misterioso.
A Esmeralda/Ana Filipa sente isto, mas não sabe dizê-lo, tal como não sabe interpretar, as formas complicadas e os caminhos que vai seguindo.
Aos pais, apenas cabe seguir os deveres, que deverão estar inscritos na nossa consciência.
O AMOR é realmente a palavra chave, mas só se enquadrar nele o Sentimento NOBRE que entrelaça, todos os pormenores da nossa existência desde os VALORES da LIBERDADE, DA SEGURANÇA, e sobretudo o RESPEITO ESSENCIAL para tornar forte e verdadeiro o compromisso de assumir e fazer feliz uma CRIANÇA…
Os deveres são afinal os meios de redenção pessoal, diante da nossa consciência, A NOSSA, que tal como a DELES é INDIVIDUAL E PRÓPRIA!!!
Será que assentam aqui os tais papeis que deram à Esmeralda/Ana Filipa aquilo a que chamam os DIREITOS DA CRIANÇA???
Direitos esses, que Ela ainda está á ESPERA…???
Até quando???
Se não somos capazes de acolher os apelos da Srª. Da. Maria da Conceição que desde a primeira hora e em todos os seus textos nos convida a esse esforço, que também para mim é o motor e o sinal de que é esse o CAMINHO que nos levará ao entendimento da realidade com o sentimento, pois que escutemos os desabafos atrás escritos muito sintetizados da pequena Esmeralda/Ana Filipa/Princesa ou porventura o nome mais doce e terno que lhe queiramos chamar.
Estes desabafos (poucos, por sinal) são pedacinhos do que ela ao longo destes LONGOS dez meses foi e vai deixando escapar, na sua inocência, nos momentos em que está descontraída e perto daqueles que ama e que ela sabe que a protegem. Por eles se escuta, a mistura da vida e das Leis a que tem e teve de aprender a obedecer.
Quem com ela priva, sabe que por aqui não há inverdades, nem invenções, como alguns querem fazer parecer.
Esmeralda/Ana Filipa é um SER que teve que crescer muito, por dentro, abraçando cada dia ao sabor do que lhe tem sido oferecido.
As marcas, as confusões, os danos só quem de mais íntimo com ela vive, nos pequenos grandes tempos de fim de semana de “libertação” poderiam partilhar, mas nesses poucos acreditariam, porque nesta coisa de misturar o AMOR com a LEI, prevalece o mais fácil de cumprir –“ CUMPRA-SE A LEI!!!”
E qual de nós tem o direito de culpar moral ou legalmente tanta incompreensão e tanta falta de atenção para saber entender uma criança???
Juízes, Doutores, Técnicos, Advogados, Amigos, Amas, PAIS e demais familiares de sangue ou de Coração: SÃO PRECISAS MUITAS HORAS, MUITOS MESES; TALVEZ ANOS PARA PERCEBERMOS: O QUE SIGNIFICA TALVEZ E APENAS O SILÊNCIO, UM ACENO DA CABEÇA, OU OUTRO COMPORTAMENTO DE UMA CRIANÇA QUE SOFRE OU ESTÁ EM RISCO…
E esqueçam-se aqueles que pensam que são os pais os detentores dos DIREITOS, porque é a CRIANÇA que tem o DIREITO MAIOR !!!
Centenas de palavras, afirmações parecem transparecer por aqui e de mais, ultimamente sinais dos direitos que os adultos se dizem Detentores.
MAS QUEM NISTO TUDO TEM DIREITO A TER DIREITOS???
Os adultos (alguns ligados ao sr. Baltazar) vitimizam-no e tornaram-se defensores do que jamais pode existir.
Tomar partido por este ou aquele lado, será o maior erro.
Presto aqui a minha gratidão ao Por Esmeralda que por vezes tão ingloriamente tem lutado pela maneira de fazer compreender e de sempre se assumir, que todos mas TODOS os que se reclamam por Esmeralda/Ana Filipa/Princesa é apenas por ELA que aqui ESTÃO! E continuam com uma paciência por vezes inimaginável a acolher e a responder, como quem ensina calmamente um “filho” ou um “velhinho” que não consegue ainda, ou já, entender tanta confusão, e sejamos honestos, MALDADES construídas para desunir.
Os Direitos pertencem aos filhos enquanto crianças menores e desprotegidas.
Os Deveres cabem aos pais, e adultos que como educadores se considerem como tal.
O DEVER DE OS PROTEGER cuidando deles, criando-os e educando-os, com esse “Direito” natural e fundamental que lhes assiste.
Ninguém pode reclamar como posse sua, ALGUÉM, que afinal é apenas OUTRO ALGUÉM !!! Na VIDA ninguém é dono de NINGUÉM!....
Parece que estamos sempre a esquecermo-nos disto, e também nos alheamos que Todos somos Existência neste Universo Infinito e Misterioso.
A Esmeralda/Ana Filipa sente isto, mas não sabe dizê-lo, tal como não sabe interpretar, as formas complicadas e os caminhos que vai seguindo.
Aos pais, apenas cabe seguir os deveres, que deverão estar inscritos na nossa consciência.
O AMOR é realmente a palavra chave, mas só se enquadrar nele o Sentimento NOBRE que entrelaça, todos os pormenores da nossa existência desde os VALORES da LIBERDADE, DA SEGURANÇA, e sobretudo o RESPEITO ESSENCIAL para tornar forte e verdadeiro o compromisso de assumir e fazer feliz uma CRIANÇA…
Os deveres são afinal os meios de redenção pessoal, diante da nossa consciência, A NOSSA, que tal como a DELES é INDIVIDUAL E PRÓPRIA!!!
Será que assentam aqui os tais papeis que deram à Esmeralda/Ana Filipa aquilo a que chamam os DIREITOS DA CRIANÇA???
Direitos esses, que Ela ainda está á ESPERA…???
Até quando???
ML- 27Outubro 14H15